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Um curso de maquetes especial para professores

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O Instituto Brasília Ambiental, por meio da Unidade de Educação Ambiental (Educ), vai ministrar curso de produção de maquetes topográficas para 12 professores da Secretaria de Educação (SEE) integrantes do programa Parque Educador e para agentes de unidades de conservação do próprio instituto. O curso será realizado dos dias 28 e 29 deste mês a 1º de julho, no Centro de Práticas Sustentáveis (Mangueiral), das 9h às 16h. No dia 30 não haverá aula, porque as maquetes estarão em fase de secagem.

A técnica de produção de maquetes que será repassada no curso é chinesa, muito simples e artesanal | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental

O curso será teórico e prático ao mesmo tempo. Professores e agentes aprenderão a fazer e apresentarão, como produto final do curso, as maquetes das seis unidades de conservação (UCs) que integram o Parque Educador. A iniciativa visa colaborar para a aprendizagem de educação ambiental pelos estudantes do ensino público local que fazem parte do programa. Os educadores devem repassar a técnica aos seus alunos.

“Pedagogicamente, é uma coisa fantástica. Eles vão aprender fazendo e terão condições de passar a técnica adiante para os alunos”Marcus Paredes, chefe da Educ

As maquetes topográficas também serão mais um atrativo para os frequentadores dos parques. O chefe da Educ, Marcus Paredes, autor da ideia de miniaturizar as UCs, explica que a equipe estudou mapas, curvas de nível, relevo e as especificidades de cada uma das seis unidades.

“Será muito interessante. O pessoal vai olhar de cima e enxergará o parque de uma maneira completamente diferente, vista até agora por mapa ou mesmo caminhando no local. Além de colaborar na aprendizagem, isso torna as aulas e o contato com o espaço ecológico mais atraente e divertido”, ressalta Paredes.

A Educ esclarece que a técnica de produção de maquetes que será repassada no curso para os professores é chinesa, muito simples e artesanal. “Pedagogicamente, é uma coisa fantástica. Eles vão aprender fazendo. Ao final do curso teremos as maquetes prontas, e eles terão condições de passar a técnica adiante para os alunos”, completa Paredes.

Utilizando a técnica chinesa, a Educ já produziu maquetes topográficas do Lago Paranoá, do DF inteiro, da região administrativa de Santa Maria e do Parque da Chapada dos Veadeiros

Experiência

A Educ já acumula experiência na produção de maquetes topográficas. Em 2018 e 2019, a área produziu as maquetes do Lago Paranoá, do DF inteiro, da região administrativa de Santa Maria e a do Parque da Chapada dos Veadeiros. Todas usaram a técnica chinesa que será ensinada no curso.

Essas produções foram feitas dentro do programa Ambiente com Ciência, que era desenvolvido no instituto à época. “São maquetes simples, com mais toque artístico que precisão técnica, mas baseadas nos mapas, nas curvas de nível, com boa representatividade da realidade do relevo local”, detalha Paredes.

A Educ pretende já incluir nas maquetes as trilhas ecológicas que estão sendo organizadas nos seis parques, a pedido dos professores, para que eles possam dar aulas ao ar livre, quando as atividades escolares voltarem a ser presenciais. Atualmente, devido à pandemia, o Parque Educador é executado virtualmente. A oficina será filmada, e um vídeo sobre a produção de maquetes vai ser disponibilizado no site e nas mídias sociais do Brasília Ambiental.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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