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UFRJ vai apoiar projetos na chamada Favela e Universidade

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Estão abertas até o dia 28 de fevereiro as inscrições para a chamada Favela e Universidade 2022, promovida pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o objetivo de apoiar projetos de coletivos e organizações externas à UFRJ no estado do Rio de Janeiro, atuantes em áreas vulneráveis, como favelas e periferias.

A iniciativa é uma parceria com o Laboratório de Inovação Cidadã da UFRJ (Labic) e vai distribuir R$ 140 mil a 40 projetos. As inscrições podem ser feitas no endereço do laboratório. Os recursos são provenientes de emendas parlamentares, projetos de incentivo do Parque Tecnológico da UFRJ e de agências de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Serão selecionados projetos ou ações que estejam mais adequados à ideia de inovação cidadã, que estejam implantados no território há mais tempo, que tenham uma rede em torno deles, que sejam relevantes, que tragam impacto à comunidade, que tenham possibilidade de continuidade e tenham parcerias, informou à Agência Brasil a pró-reitora de Extensão da UFRJ, Ivana Bentes. “A nossa ideia é apoiar os projetos que já existem mas, também, a gente tem uma parte da premiação para projetos mais iniciantes que precisam de apoio e tecnologia para se desenvolver”.

Coletivo Frente Cavalcanti foi um dos projetos apoiados pelo Laboratório de Inovação Cidadã da UFRJ, na edição Territórios, que ocorreu em 2021. Coletivo Frente Cavalcanti foi um dos projetos apoiados pelo Laboratório de Inovação Cidadã da UFRJ, na edição Territórios, que ocorreu em 2021.

Coletivo Frente Cavalcanti foi um dos projetos apoiados pelo Laboratório de Inovação Cidadã da UFRJ, na edição Territórios, que ocorreu em 2021 – Divulgação Frente Cavalcanti

Mentorias

Os projetos já desenvolvidos receberão apoio de R$ 5 mil, cada. Para os projetos em estágio inicial, será conferido aporte de R$ 2 mil, cada. Ivana Bentes disse que o recurso financeiro é importante, mas ressalta que o maior recurso que está sendo disponibilizado é em mentoria, tecnologias, em conexão com outros projetos similares, formação de rede (network), equipes. “Isso tudo hoje é recurso valioso”.

Durante cerca de quatro meses, em 15 encontros semanais, equipes de três pessoas, incluindo professores da UFRJ, lideranças comunitárias do Rio de Janeiro e do Brasil e convidados, vão ajudar a acelerar os projetos. As ações selecionadas farão parte do Laboratório de Inovação Cidadã (Labic). Podem se inscrever iniciativas voltadas para o enfrentamento à covid-19; mídias e diversidade; tecnologias, redes, dados e plataformas; ações culturais; formação livre; economia; e cidadania. “A universidade tem expertise, mas os territórios também desenvolveram logística. A gente viu isso na pandemia, os grupos criarem soluções para suas comunidades”, destacou a professora.

Os encontros são públicos e podem ser acompanhados virtualmente por quem quiser se tornar um colaborador. Essa é a quinta edição da chamada Favela e Universidade. A primeira ocorreu em 2017 e, até 2019, todas foram realizadas presencialmente. A partir de 2020, com a pandemia do novo coronavírus, elas ocorreram virtualmente. Este ano, o evento será híbrido, seguindo as recomendações de biossegurança da UFRJ. Vai começar virtualmente mas, se a pandemia acabar arrefecendo, a ideia é fazer encontros presenciais também, com algumas reuniões, inclusive, acontecendo nos próprios territórios, explicou a pró-reitora de Extensão.

Inovação Cidadã

Os Laboratórios de Inovação Cidadã são espaços de criação e experimentação de soluções para problemas e desafios da sociedade, com o envolvimento das próprias comunidades. A última edição contou com a participação de nomes como Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (Cufa), e Raull Santiago, cofundador do Coletivo Papo Reto e do Perifa Connection, entre outras lideranças. O Labic UFRJ tem como referência a metodologia da Inovação Cidadã, promovida pela Secretaria Geral Iberoamericana (Segib).

Extensão

A Pró-Reitoria de Extensão é o setor da UFRJ responsável por conectar a universidade à sociedade. Com 3 mil projetos de diferentes áreas, as ações de extensão beneficiam um público de mais de 2 milhões de pessoas por ano, em todo o Brasil, com pesquisas, eventos, cursos, oficinas e capacitações.

A chamada completa Favela e Universidade 2022 pode ser acessada na página do laboratório.

Dúvidas e informações podem ser esclarecidas no e-mail do Favela Universidade.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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