Saúde
Transplantes de fígado e rim no DF crescem em 2020, apesar da pandemia
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) e a reorganização do sistema de saúde, no Distrito Federal cresceram os transplantes de fígado e de rim. No caso de outros órgãos, houve queda nos procedimentos.
Foram realizados 100 transplantes de fígado em 2020 – em 2019 foram 92 – e os de rim foram 80 – em 2019 foram 78.
Já os transplantes de coração caíram de 29 para 22 e os de córnea sofreram uma redução de 408 para 221 em 2020.
Ao longo de 2020, houve um foco das autoridades de saúde em organizar os sistemas de atendimento para atender a demanda de casos e de tratamento de pessoas com a covid-19, o que impactou outras áreas e procedimentos.
Segundo a chefe do Núcleo de Distribuição de Órgãos e Tecidos da Central de Transplantes do DF, Ludmila Santos Lamounier, nesse cenário de pandemia foi um feito importante o aumento dos transplantes de fígado e rim.
Ela credita o aumento de transplantes à continuidade do trabalho da central e de seus profissionais. “Apesar da pandemia, que restringiu um pouco, foi positivo. Isso também considerando que doadores e receptores com a covid-19 não podiam fazer o transplante. Mas mesmo assim conseguiu aumentar o número”, disse Ludmila.
Para além da restrição de pessoas com a covid-19, houve outros impactos nas cirurgias de transplantes. Em razão da pandemia, algumas equipes deixaram de ir buscar órgãos fora do Distrito Federal, ficando apenas com a oferta local de órgãos doados.
No caso do transplante de córnea, o fato da operação não ser de emergência fez com que houvesse uma diminuição maior do número de procedimentos. Diferentemente dos demais, em que os órgãos precisam ser repassados logo após uma morte encefálica, no transplante de córnea a operação pode ser agendada e adiada.
Ludimila Lamounier disse que, diferentemente de outras áreas, na Central de Transplantes do DF não houve deslocamento de profissionais para reforçar as equipes de atendimento de outras unidades para ajudar no tratamento contra a covid-19.
Para este ano, a perspectiva, segundo a chefe do Núcleo da Central de Transplantes do DF é um novo aumento, mesmo diante da permanência da pandemia. “Um dos desafios é o trabalho da campanha de doação de órgãos. Outro é a manutenção do trabalho junto com a Central Nacional de Transplantes e os hospitais transplantadores”, ressalta.
Edição: Fernando Fraga
Saúde
Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes
Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças
Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.
A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.
Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.
A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.
Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.
Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
-
Esportes27/05/2024
Ministério do Esporte e embaixadas africanas comemoram Dia Mundial da África com partida de futebol
-
Economia27/05/2024
Juros recuam, mas rotativo do cartão sobe, atingindo 423,5% ao ano
-
Economia28/05/2024
BNDES volta a reduzir juros de linha para exportações brasileiras e torna melhorias permanentes
-
Justiça28/05/2024
STF volta a derrubar restrição de mulheres em concurso da PM de Goiás