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Sistemas de águas dos afetados pelas chuvas na Bahia são religados

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Todos os 59 sistemas afetados pelas chuvas na Bahia já foram reabilitados e o abastecimento de água em municípios das regiões do Recôncavo, Vale do Jiquiriçá (baixo sul), Sul, Sudoeste e Extremo Sul está sendo retomado gradativamente. “O único sistema que ainda não foi colocado em operação é o do município de Caetanos, porque continua chovendo na bacia do rio Gavião e o acesso à captação do sistema continua muito difícil. A estimativa é colocar o sistema em operação até a noite de hoje (02)”, informou neste domingo a assessoria de imprensa da Empresa Baiana de Águas e Saneamento ( Embasa).

Uma força-tarefa com cerca de 500 colaboradores foi mobilizada para recuperar os sistemas no menor prazo possível. Técnicos da Embasa também estão trabalhando para reconstruir as estações de bombeamento dos sistemas de esgotamento sanitário de municípios situados no Vale do Jiquiriçá. Ao todo, foram seis estações destruídas pela força da correnteza durante a enchente.

Ainda de acordo com a empresa, os temporais provocaram avarias em equipamentos, rompimentos em adutoras e redes distribuidoras de água e impediram o acesso às áreas onde estão localizadas captações ou estações de tratamento da Embasa, inviabilizando sua manutenção imediata. As chuvas causaram ainda danos também em redes elétricas dos municípios, paralisando sistemas de abastecimento de água por falta de energia.

Números

Por causa das fortes chuvas já são 165 municípios afetados pelas enchentes deste o início do mês de novembro. Desse total subiu para 153 o número de cidades do estado em situação de emergência. Segundo a última atualização feita ontem (1) pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), já são 32.737 desabrigados, 57.531 desalojados, 25 mortos e 517 feridos. O número total de atingidos chega a 661.508 pessoas.

Rodovias

Segundo a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) as ações de monitoramento nas rodovias baianas atingidas pelas fortes chuvas das últimas semanas continuam sendo feitas neste domingo (02). A equipe técnica do órgão acompanha a situação de dois trechos de rodovias na região do Extremo Sul da Bahia, a BA-284 e a BR-489, para a prevenção em caso de novas ocorrências. Ambas estão entre os 54 pontos de via afetadas durante o período chuvoso e que são observadas pela Seinfra.

Na BA-284, o trecho entre Itamaraju e Jucuruçu é monitorado pela Secretaria de Infraestrutura para que os reparos necessários sejam realizados imediatamente se houver algum registro de ocorrência. Os desvios provisórios nos quilômetros (Kms) 10, 17 e 30 da rodovia precisaram ser construídos no mês passado após a pista ceder. Outra rodovia avaliada pela equipe técnica da Seinfra é a BR-489. Também foram implantados desvios provisórios nos Kms 02, 13 e 15 da ligação de Prado com Itamaraju em dezembro por conta das chuvas.

Estão sendo monitoradas nove pontes e pontilhões em sete diferentes regiões do estado. Os trechos são importantes vias de acesso às cidades e distritos e foram danificados por conta do rompimento de aterro ou por ter cedido um dos encontros. Nessa lista estão as pontes sobre o Rio Água Piranga; da Urissangas; de acesso à Itapitanga; sobre o Rio Cipó; entre Inhobim e Encruzilhada; no acesso ao distrito de Guaibim; entre o distrito de Itaibó, em Jequié, e Baixa Alegre; de acesso à Prado; entre os distritos de Ventania e Caiubi, em Itapebi. O tráfego foi liberado em alguns locais e outros somente serão retomados após a execução de serviços.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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