Economia

Setor de seguros mantém recuperação consistente no semestre

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A recuperação do setor segurador vem se mantendo de forma consistente após o início da pandemia do novo coronavírus, no ano passado. Os números do primeiro semestre – sem saúde e sem Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat) – divulgados hoje (9) pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), confirmam os “bons resultados”. “É uma recuperação muito forte’, afirmou o presidente da entidade, Marcio Coriolano, em entrevista à Agência Brasil, .

De janeiro a junho deste ano, o mercado de seguros brasileiro cresceu 19,8%, com arrecadação de R$ 145,1 bilhões, superando a do segundo semestre de 2019, antes da pandemia, que atingiu R$ 144,7 bilhões. Os destaques no semestre foram o segmento de cobertura de pessoas, que inclui vida e previdência, cuja arrecadação evoluiu 23,7%, seguido pelos segmentos de danos e responsabilidades (15,4%) e títulos de capitalização (8,4).

Segundo Coriolano, em danos e responsabilidades, o segmento patrimonial aumentou 20,7%, e de o seguro residencial, que movimentou o mercado, crescimento de 19,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado. “É a questão das pessoas estarem em casa, investindo nos imóveis e trazendo junto o seguro.”

O seguro habitacional também teve evolução de 12,5%, procurado por pessoas para compra de material de construção, e o seguro rural (+37,9%), “que foi espetacular”, informou. Ele hamou a atenção também para os planos de risco, no segmento de coberturas de pessoas, que subiram a arrecadação em 16,3% no semestre. Os seguros cobrem morte, invalidez, doença e sobrevivência. Todos tiveram boa alavancagem nos últimos meses de maio e junho.

O seguro de responsabilidade civil também surpreendeu no semestre, com alta de 37,4%. O presidente da confederação comentou que não é um seguro muito comum no Brasil, mas ganhou proporção grande por conta de processos judiciais, “porque tem muita gente que entra na Justiça contra o fornecedor que não entregou a mercadoria ou por paralisação de atividades, por exemplo”. Os seguros de transporte também tiveram incremento de 34,1% em seis meses.

Expansão

O resultado do ano revela expansão de 12% da arrecadação, similar à do período pré-pandemia, de 2019, sendo 13,1% no segmento de pessoas, 12,3% de danos e responsabilidades e 3,3% dos títulos de capitalização. Marcio Coriolano ressaltou que já a partir de maio do ano passado, o mercado tinha recomeçado a crescer.

“Agora, já estamos comparando com taxas do ano passado que haviam voltado a crescer. O desafio é saber se a demanda por produtos de seguros vai continuar crescendo ou se vai estacionar”. No primeiro caso, a tendência é fechar o ano com dois dígitos. “Todo mundo continua muito preocupado em proteção de seguros. Aí, eu acho que tem tudo para ir para um patamar superior ao que tivemos até agora”. A expectativa é alcançar algo em torno de 12,5%.

“Estamosos, nos últimos três meses, com taxas anualizadas beirando dois dígitos ou superando. É uma tendência de aumento. Acho que chegaremos no segundo semestre com taxa de dois dígitos”, disse. O presidente da CNSeg destacou que o mercado de seguros brasileiro continua crescendo acima de qualquer outro setor da economia.

“Tem um efeito importante aí para a população que está comprando mais seguros do que qualquer outro serviço”. O desempenho de 2021 vai depender ainda da vacinação da população, do comportamento da inflação, que já acumula alta de 8,4% em 12 meses, e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Expectativa

A expectativa é que o segmento de danos e responsabilidades continmuer liderando, com ênfase nos seguros rural, residencial e voltado para empresas, informou o presidente da confederação. No caso dos seguros para pessoas, ele ressaltou que deve ser dada atenção para os seguros VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que são, respectivamente, seguro de pessoa e seguro de previdência. Coriolano acredita que agora, com o aumento da taxa de juros básica Selic, esses seguros passem a ter um fator de competição adicional, que haviam perdido quando a taxa de juros caiu. “Com os juros mais altos, eles passam a ser mais competitivos. É um produto de previdência”, reiterou.

Em relação os títulos de capitalização, o presidente da CNSeg avaliou que a tendência é de recuperação, mas não devem chegar a níveis alcançados em outros anos, pelo fator de competição de outros ativos. “Depende muito do apetite do consumidor. Com juros altos, a capitalização tende a ser beneficiada”, concluiu.

Junho

A análise dos dados de junho mostra que o setor cresceu 18,8%, em comparação ao mesmo mês de 2020, com arrecadação de R$27,7 bilhões. Embora tenha sido um desempenho positivo, ficou abaixo do resultado do mês anterior (41,1%) que sofreu forte influência da baixa arrecadação de maio de 2020 devido ao pico da pandemia da covid-19 no Brasil.

O segmento de danos e responsabilidades evoluiu 18,4% em prêmios, enquanto o de cobertura de pessoas registrou aumento de 19,7% comparativamente a junho do ano passado. Os planos de risco mantiveram o bom resultado apresentado ao longo do ano e cresceram 23,1% sobre junho de 2020.

O seguro viagem, que aumentou 70,4% em relação a junho de 2020, é destaque, embora esse resultado seja parcialmente explicado pela base comprimida daquele ano.

Nos planos de acumulação, a Família VGBL seguiu mostrando resultados positivos, embora menores que os observados nos últimos três meses. Em junho, esse conjunto de planos evoluiu 20,3% em relação ao resultado do ano passado, indicou Marcio Coriolano. Já os títulos de capitalização tiveram incremento de 12,5% sobre o mesmo mês do ano passado. 

Edição: Maria Claudia

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Economia

Sorteio da Nota Fiscal Goiana premia moradores de 34 municípios

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Ao todo foram 158 ganhadores em abril. Prêmio máximo de R$ 50 mil foi sorteado para uma moradora de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Economia, realizou na manhã desta quinta-feira (25/04), o sorteio mensal da Nota Fiscal Goiana (NFG) com premiações que somam R$ 200 mil. O maior prêmio, de R$ 50 mil, saiu para a moradora da capital, Catarina Amato Ferreira. A relação de todos os ganhadores já está disponível para consulta no site do programa.

O coordenador da Nota Fiscal Goiana, Leonardo Vieira de Paula, revela que a ganhadora do prêmio máximo concorreu com 16 bilhetes, em um universo de quase 3,7 milhões gerados para essa edição, de número 88. Foram consideradas as notas fiscais com CPF das compras do mês de março no varejo goiano.

Outros 157 inscritos tiveram seus bilhetes sorteados e vão ganhar os demais prêmios: três de R$ 10 mil; quatro de R$ 5 mil; 50 de R$ 1 mil e 100 de R$ 500,00 cada. Os nomes dos ganhadores já estão divulgados no site do programa https://goias.gov.br/nfgoiana, que também deve ser acessado para solicitar o pagamento do dinheiro.

Do total, 80 residem em Goiânia, 15 em Aparecida de Goiânia, nove em Anápolis, cinco em Trindade e cinco em Rio Verde. Moradores de outras 28 cidades goianas e dois do Distrito Federal também foram sorteados. A premiação foi acompanhada por vários servidores da Economia e pelo superintendente de Informações Fiscais, Luciano Pessoa.

Dia das Mães
Quem não foi sorteado neste sorteio pode continuar pedindo o CPF na nota para concorrer à edição de maio, prevista para o final do mês. “O Dia das Mães é uma das datas em que o comércio está mais aquecido. Então, é uma excelente oportunidade para os participantes no programa aumentarem suas chances de ganhar. A compra pode ser de qualquer valor, não existe valor mínimo, basta ter o CPF na nota para concorrer. Ao somar R$ 100 em compras, o inscrito ganha um bilhete”, detalha Leonardo.

Quem ainda não é inscrito, terá a oportunidade de participar do sorteio de maio desde que se inscreva, pelo site, e peça o CPF na nota em todos os estabelecimentos do varejo goiano. A NFG também concede desconto de até 10% no valor do IPVA do participante, além de beneficiar os times de futebol da primeira divisão do campeonato goiano.

Fotos: Secretaria da Economia / Secretaria da Economia – Governo de Goiás

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