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Setor de Rádio e TV Sul com qualidade de vida para população

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Menos de um ano após máquinas e trabalhadores “invadirem” o Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), a primeira grande obra de urbanização do setor foi entregue à população nesta quinta-feira (19) pelo governador Ibaneis Rocha. Um trabalho inédito que trouxe à região uma qualidade de convivência urbana nunca vista anteriormente.

Durante a visita, o governador anunciou obras no Setor Comercial Sul – além da já em andamento reforma da Praça do Povo –; a licitação para reforma das calçadas no lado residencial da W3 Sul e também a reforma completa da W3 Norte, que será realizada em 2022.

O setor ganhou novas calçadas em concreto. São acessos mais largos, sem degraus ou obstáculos, o que facilita o deslocamento das pessoas com dificuldade de locomoção | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília

Ibaneis Rocha percorreu toda área a pé para conferir de perto a reforma. No local, foram investidos R$ 4,5 milhões para transformar a região, o que permitiu a geração de 300 postos de trabalho.

As obras de urbanização do SRTVS beneficiam mais de 40 mil pessoas que circulam na região diariamente. A organização urbanística na área foi pensada para melhorar o trânsito de pessoas e veículos, com avanços na acessibilidade; solução das ocupações irregulares de área pública; estacionamentos e segurança para facilitar o acesso aos estabelecimentos.

O setor ganhou centenas de metros de novas calçadas em concreto. São passeios mais largos, sem degraus ou obstáculos, o que facilita o deslocamento das pessoas com dificuldade de locomoção. Os locais de travessia para pedestres também foram melhorados, com uma plataforma elevada, que nivela o asfalto à calçada.

Nas cinco praças do SRTVS, os pisos foram revestidos com placas de vidro prensado, com tons de vermelho, cinza e branco, formando diferentes desenhos. O paisagismo incluiu o plantio de 85 mudas de árvores do cerrado. Todo o espaço recebeu também 46 lixeiras duplas, com capacidade para 60 litros cada.

“Tive meu primeiro escritório de advocacia neste local e por muitos anos era uma reforma pretendida por todos aqui. É uma revitalização feita com todo cuidado e carinho, valorizando o pedestre e as pessoas que transitam aqui”, apontou o governador, que trouxe novidades.

“Isso faz parte de um grande projeto que nós temos de revitalização de todo o Plano Piloto. Temos a W3 Sul, que era um pedido de mais de 30 anos, e também o Setor Comercial Sul, onde estamos fazendo a Praça do Povo e vamos reformar todo aquele setor. Para o ano que vem, esperamos fazer a revitalização da W3 Norte também”, listou.

O secretário de Obras, Luciano Carvalho, reforçou que o setor nunca tinha sido olhado com carinho e que as obras sempre foram pontuais, mas não resolviam os problemas da região. “Estamos implantando a urbanização que nunca existiu aqui no Setor. Agora o setor está de fato urbanizado. Foram feitas calçadas, estacionamentos, pintura nova, sinalização viária, iluminação toda remodelada. Uma urbanização de acordo com o que a região merece”, explicou.

Administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, que conhece bem a região, destacou a grande movimentação de pessoas que transitam no local. “Este é um corredor que liga o SRTVS até a Galeria dos Estados. É o ponto de maior fluxo de pedestres do Plano Piloto. Era um setor muito degradado, com uma série de ocupações irregulares, e essa obra inédita e necessária veio para colocar ordem em tudo que precisava aqui.”

A partir de agora, o SRTVS passa a ser uma Zona 30, a velocidade máxima permitida no local será de 30 km por hora; e bicicletas foram lembradas, com a instalação de 36 paraciclos, estruturas metálicas que permitem apoiar e trancar as bikes com segurança

Titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Mateus Oliveira reforçou a vocação da gestão em cuidar dos espaços públicos. “O SRTVS passa agora a ser qualificado. A gente fala em revitalização, em requalificação, mas aqui é qualificação. É a primeira vez que o setor tem praças, tem estacionamento organizado, calçadas de verdade. Essa é uma das grandes premissas desse governo, é ter uma cidade bonita, agradável e com espaços públicos de qualidade”, ressaltou.

Veículos

O número de vagas para carros e motos também foi ampliado. O local passou a oferecer 475 vagas, um aumento de 64% na oferta de estacionamento público. Até então, eram 288 vagas. Os motociclistas também receberam novas vagas e, agora, são 58 locais exclusivos para as motos. Bicicletas também foram lembradas, com a instalação de 36 paraciclos, estruturas metálicas que permitem apoiar e trancar as bikes com segurança.

Comerciante da região há mais de 20 anos, Joselita Gomes disse nunca ter visto uma obra desse porte na região. “Foi a primeira assim, ficou muito boa, o setor todo revitalizado e as vagas muito organizadas. Foi uma obra muito boa porque aqui estava muito abandonado”, apontou.

A partir de agora, o SRTVS passa a ser uma Zona 30. A exemplo do que já ocorre no Setor Hospitalar Sul, a velocidade máxima permitida no local será de 30 km por hora, medida que vai permitir a humanização do espaço, já que, além dos ciclistas, os pedestres foram priorizados na readequação de espaços.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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