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Segurança jurídica para atender pessoas em vulnerabilidade

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“As parcerias com essas instituições são de fundamental importância para o Estado, para a sociedade e, principalmente, para o cidadão” Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Há quase 30 anos, Deise Lourenço Moises aguarda a regularização do terreno onde executa projetos sociais em Samambaia Sul. Presidente da Assistência Social Casa Azul, instituição que atende, atualmente, cerca de duas mil pessoas, ela conseguiu realizar seu sonho na manhã desta quarta-feira (7). Com a sanção do Projeto de Lei nº 1.614/2020, foi instituída a política pública de regularização fundiária de unidades imobiliárias ocupadas por entidades sem fins lucrativos no Distrito Federal.

“É uma segurança que passamos a ter”, comemora Deise, sempre envolvida com ações voltadas à inserção de jovens no mercado de trabalho. “Agora podemos ampliar tudo aquilo que já fazemos.”

Deise Lourenço Moises (C) comemora a conquista: “Agora podemos ampliar tudo aquilo que já fazemos” | Foto: Renato Raphael/Sedes

Conhecido como moeda social, o benefício para as organizações da sociedade civil (OSCs) institui a política pública de regularização fundiária de suas unidades imobiliárias. São terrenos da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) ou do Governo Distrito Federal (GDF) ocupados por essas organizações sem fins lucrativos e, prestadores de serviços gratuitos ao cidadão, como entidades socioassistenciais.

Atualmente, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) tem 52 parcerias com OSCs 13 serviços, atendendo mais de 13 mil pessoas em diversas situações de vulnerabilidade. “Essas entidades colaboram com o poder público no atendimento direto à população”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Muitas vezes, eles chegam aonde o governo tem dificuldades para chegar, oferecendo serviços, campanhas e ações. As parcerias com essas instituições são de fundamental importância para o Estado, para a sociedade e, principalmente, para o cidadão”.

Parceria

Pela Política Nacional de Assistência Social, essas parcerias formam a Rede Complementar Socioassistencial. Trata-se, de maneira objetiva, de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, que ofertam e operam benefícios, serviços, programas e projetos.

Compõem essa rede as OSCs que assinam Termo de Colaboração com a Sedes para a execução, no DF, de serviços socioassistenciais, da política pública de assistência social, do Sistema Único de Assistência Social (Suas). O objetivo da legislação é agilizar a regularização de imóveis de propriedade da Terracap ou do Distrito Federal ocupados, de forma irregular, por associações e entidades assistenciais e religiosas.

Para ter direito ao benefício da moeda social, é preciso que, até a data de publicação da lei, a entidade socioassistencial tenha adquirido o imóvel em licitação pública, mediante escritura pública de compra e venda com alienação fiduciária lei. Isso independe do tempo de ocupação.

Critérios para obter o benefício

As unidades devem comprovar que se instalaram no local do imóvel até 22 de dezembro de 2016, com documento estatal expedido por órgão ou entidade competente.

A associação ou a entidade também precisa comprovar que, de forma contínua, planejada, frequente e gratuita para os atendidos, presta ou executa serviços, programas ou projetos de atendimento a um ou mais dos seguintes grupos destinatários:

  • Pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social;
  • Alunos de instituições públicas de ensino do Distrito Federal;
  • Cidadãos encaminhados por organizações da sociedade civil regularmente inscritas no conselho de política pública setorial, especialmente idosos e pessoas com deficiência;
  • Pessoas encaminhadas por entidades de assistência social do Distrito Federal que preencham os requisitos da Lei Federal nº 8.742/1993;
  • Pessoas encaminhadas pelos centros e núcleos de formação olímpicos e paralímpicos ou pelos centros universitários do Distrito Federal;
  • Pessoas encaminhadas pelos órgãos e entidades da administração direta e indireta indicados no decreto.

A associação ou entidade precisa assinar a escritura pública de concessão e o plano de trabalho bienal com a programação de atividades a serem promovidas aos grupos indicados. É preciso se atentar a algumas questões, como:

  • Previamente aprovado pela Sedes e apresentado no prazo de um mês após a assinatura da escritura, o plano de trabalho deve contemplar, discriminadamente, os serviços, programas ou projetos de natureza contínua, planejada, frequente, e gratuita para os atendidos;
  • Esse documento precisa apresentar viabilidade jurídica, econômica e operacional do serviço, programa ou projeto; relevância do serviço, programa ou projeto, em termos de impacto social; número mínimo de pessoas físicas a serem efetivamente atendidas por mês; e desenvolver o mínimo de oito horas semanais de atendimento.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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