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Impacto e conjuntura econômica da covid-19 em debate

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“Estamos aqui teorizando, mas, enquanto isso, diversos atos econômicos estão sendo praticados com diversos efeitos na vida das famílias, das pessoas e, obviamente, impactando todo o Estado” André Clemente, secretário de Economia

A Secretaria de Economia (Seec) promoveu, nesta quarta-feira (7), mais um encontro para debater o cenário econômico pós-pandemia do coronavírus. Na edição desta semana do Tempo de Economia, o encontro teve como tema “Impacto e conjuntura econômica da covid-19 no Distrito Federal”.

O evento foi realizado de forma on-line no canal da pasta no YouTube, com apresentação mediada pelo secretário de Economia, André Clemente, e conduzida pelos pesquisadores da Companhia de Planejamento (Codeplan) Rafael Richter e Clarissa Schlabitz – diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da companhia. Os estudiosos projetam um cenário de recuperação e crescimento econômico ainda este ano.

Durante o encontro virtual, foram apresentados painéis sobre o desempenho da economia local | Foto: Divulgação/Seec

Durante a abertura do evento, André Clemente destacou a importância do debate para o planejamento e execução das políticas públicas. “Estamos aqui teorizando, mas, enquanto isso, diversos atos econômicos estão sendo praticados com diversos efeitos na vida das famílias, das pessoas e, obviamente, impactando todo o Estado”, disse.

O secretário enfatizou que conhecer o cenário econômico e traçar os planos a serem seguidos é essencial para o estado. “O planejamento é essencial para que possamos otimizar os resultados, e otimizar resultados em governo, em área pública, significa entregar mais serviços à população, entregar mais qualidade de vida paras as gerações atuais e futuras”, reforçou. “Além das políticas locais, por várias vezes já aderimos à prorrogação de impostos, como o Simples Nacional. O DF é inquieto na adoção de medidas que favorecem e nos permitem não só passar por esse momento de grave pandemia, mas também deixar um legado”.

Impactos na economia

No primeiro painel, Rafael Richter mostrou a evolução dos casos de covid no DF, os impactos na economia local e a forma como a Codeplan tem mapeado e analisado o distanciamento social desde o ano passado. Segundo o pesquisador, no início deste ano os jovens foram mais impactados pela doença, e o número de óbitos foi maior entre os idosos. Porém, junho foi o primeiro mês em que, apesar da redução do número total de óbitos, morreram mais jovens que idosos. “[Isso é] provavelmente devido ao aumento da vacinação”, afirmou. Rafael lembrou ainda que não existe distinção entre infecção pela covid-19 e idade.

No caso das regiões administrativas (RAs), as mais afetadas pela doença foram Ceilândia, Plano Piloto e Taguatinga. Já o número de falecimentos foi maior em Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. De acordo com o pesquisador, nos meses em que foram decretadas medidas de isolamento social, a população do DF aderiu ao isolamento. “Na maioria dos locais, a gente vê que houve sim uma restrição da frequência e que as pessoas tendem a ficar mais em casa, como mostra o distanciamento residencial”, apontou.

Ciclos econômicos

Com relação à atividade econômica, os dois pesquisadores da Codeplan afirmam que os ciclos econômicos são mais suaves no DF. “A atividade econômica não cresce tanto e não cai tanto quanto a do Brasil, e isso foi observado durante a pandemia”, explicou Rafael.

Há uma projeção de 30 mil empregos a mais para o DF até o fim deste ano

A diretora Clarissa Schlabitz, por sua vez, ressaltou que há uma forte expectativa de recuperação da atividade econômica ainda este ano: “A expectativa é que agora em 2021, com o programa de imunização e vacinação e com a dissipação de crise sanitária, a gente consiga recuperar a queda do nível de atividade que tivemos no ano passado”.

Clarissa fez comparações entre a atividade econômica local e nacional e apresentou dados sobre o nível de emprego no Distrito Federal até maio. Falou sobre os resultados e, sobretudo, do aumento no número de postos de trabalho com oferta de carteira assinada. “O saldo positivo tem sido constante desde janeiro, e há uma tendência de recuperação dos empregos perdidos em 2020”, disse.

Segundo a Codeplan, setores como saúde e serviços sociais, construção e comércio são os que mais apresentaram oferta de vagas.  De acordo com os pesquisadores, há uma projeção de 30 mil empregos a mais para o DF até o final do ano.

Confira aqui a live.

*Com informações da Secretaria de Economia

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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