Saúde

Saúde abre consulta pública para atenção odontológica de gestantes

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A fim de ampliar e qualificar a saúde bucal das gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde abriu consulta pública para que a sociedade, gestores e profissionais de saúde possam enviar sugestões para o atendimento e tratamento odontológico de mulheres grávidas. O objetivo é dar suporte à realização de consultas odontológicas durante o pré-natal das gestantes.

As colaborações aprovadas serão incorporadas ao documento de suporte ao trabalho das equipes de saúde bucal nos serviços da Atenção Primária. As contribuições poderão ser enviadas até 25 de junho.

A proposta integra o projeto do Ministério da Saúde para a construção de diretrizes clínicas para a saúde bucal na Atenção Primária, em parceria com o Global Observatory for Dental Care, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Um dos principais objetivos da medida é desenvolver, disseminar e promover acesso às recomendações baseadas em evidências científicas para a inclusão das melhores decisões de tratamento e prática de cirurgiões-dentistas no SUS.

De acordo com a coordenadora de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Caroline Martins, é preciso que os profissionais dos serviços de odontologia estejam seguros e bem respaldados pela ciência para o cuidado das gestantes. “Com o conjunto de recomendações, equipes e usuários poderão desmitificar alguns tabus relacionados ao atendimento odontológico de grávidas, encontrando evidências que apoiem sua prática. Esse documento e mais 23 que estão em formulação são uma entrega inédita para apoiar as equipes de saúde bucal, aproximando a prática cotidiana da ciência e motivando os profissionais a se manterem atualizados sempre, em busca da oferta de cuidado mais qualificado”, explica Caroline.

Segundo o responsável pela concepção geral e supervisão metodológica do projeto, o professor da UFPel Maximiliano Cenci, o intuito é responder à necessidade de criar um grupo dedicado ao desenvolvimento e disseminação de diretrizes focadas em saúde bucal no contexto mundial, mas com forte ênfase no Brasil e no contexto latino-americano.

“Essa parceria com o Ministério da Saúde permitiu, em um curto prazo, um interessante trabalho de identificação de temas prioritários e diretrizes existentes no mundo sobre esse tema e um trabalho de adaptação ou de desenvolvimento de novos protocolos contextualizados para a realidade brasileira e o SUS”, destacou Cenci.

O material deve dar suporte à realização de consultas odontológicas durante o pré-natal das gestantes.

Parceria

Estão em desenvolvimento cerca de 24 diretrizes clínicas de temas considerados prioritários para a Atenção Primária. Os temas foram definidos com base em análises de dados assistenciais de procedimentos e serviços ofertados na atenção primária.

Os 24 documentos estão sendo executados em parceria com a UFPel e conta com a colaboração de 13 pesquisadores que realizam as buscas e síntese de dados e que, em conjunto com a pasta, conduzem e organizam os painéis de especialistas e desenvolvem as recomendações clínicas.

Com a definição dos temas e questões estruturantes para a assistência odontológica na atenção primária pelo Ministério da Saúde, o observatório da universidade inicia a busca de orientações clínicas baseadas em evidências existentes que possam responder questionamentos ou fazer novas propostas. Para os próximos meses, outras diretrizes serão submetidas a consulta pública para contribuições de toda a sociedade.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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