Saúde

Covid-19: mortes voltam a passar de 2 mil por dia na média móvel

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Depois do pico em abril e uma queda em maio, a última semana registrou alta nos casos e nos óbitos por covid-19 no Brasil. Os dados do Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), registraram, nessa quarta-feira (16), uma média móvel de sete dias para os óbitos pela doença de 2.025,43 pessoas. Desde 11 de maio, essa média estava abaixo de 2 mil.

O pico da segunda onda ocorreu entre 1º e 14 de abril, quando a média móvel registrou sete vezes números acima de 3 mil mortes. As maiores médias ocorreram nos dias 1º de abril, com 3.117,43 óbitos, e em 12 de abril: com 3.123,57. Uma queda acentuada foi verificada até o dia 6 de junho, quando a média móvel de óbitos ficou em 1.639 e desde então voltou a subir.

No ano passado, a média móvel de mortes por covid-19 ficou por volta de mil por dia entre 25 de maio e 25 de agosto. A redução ocorreu até novembro, quando, no dia 11, houve um mínimo de 323,86 óbitos na média móvel de sete dias. 

Até o dia 9 de janeiro o aumento foi gradual, chegando ao patamar de mil mortes por dia até 21 de fevereiro, quando a curva passou por um aumento acentuado até o pico do início de abril.

No estado de São Paulo, a média móvel de óbitos ficou acima de 700 entre 3 e 21 de abril, com queda acentuada até 15 de maio, quando houve 478 mortes. Entre 4 e 10 de junho, a média ficou abaixo de 500 óbitos e ontem foram 563,57. 

O Rio de Janeiro teve média acima de 200 mortes por dia entre 1º de abril de 25 de maio, chegou a um mínimo de 136,57 no dia 7 de junho e voltou a subir, atingindo 210,71 no dia 14. Ontem foram 197,43 óbitos na média móvel. No Distrito Federal, o pico de óbitos ocorreu no dia 4 de abril – 75,86 – e se mantém estável por volta de 20 mortes diárias desde o dia 22 de maio.

Casos

A curva de casos de covid-19 do monitoramento da Fiocruz aponta para uma média móvel acima de 60 mil por dia desde 6 de março, ficando acima de 70 mil entre 12 de março e 14 de abril, com poucos dias abaixo disso nesse período.

A queda nos registros ocorreu até o dia 25 de abril, com o mínimo de 56.816,57, passando por uma subida gradual até 26 de maio, nova queda até 9 de junho e, nos últimos dois dias, a média móvel voltou a passar de 70 mil casos, com 72.244,43 registrados ontem (16).

Na primeira onda da covid-19 no Brasil, o registro de casos ficou acima de 30 mil entre 20 de junho e 21 de setembro, com pico acima de 40 mil entre 24 de julho e 19 de agosto. A queda nos registros ocorreu até 6 de novembro com o mínimo de 16.727.

São Paulo registrou um pulo na curva, passando de 9.688,14 casos em 9 de junho para 18.217 ontem. No Rio de Janeiro, após o pico de 5.578,57 casos em 8 de maio, o estado teve queda até o dia 28 de maio e se mantém estável desde então entre 2.600 e 3.600 casos na média móvel de sete dias. O Distrito Federal mantém a média móvel por volta de 900 casos diários desde o dia 5 de maio.

O mapa da Fiocruz de tendência da doença no Brasil aponta crescimento de casos em Rondônia, Roraima, Amapá, Rio Grande do Norte, Goiás e São Paulo. Os demais estados estão com tendência de manutenção. Para óbitos, Paraná e Rondônia têm tendência de alta, os demais mantêm estáveis os níveis de óbitos.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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