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Sala de situação permanece em atividade até crise acabar em Petrópolis

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Equipes da Secretaria de Saúde de Petrópolis se reúnem diariamente para definir as ações do dia, além de compartilhar experiências e resultados sobre os trabalhos que vêm sendo feito nos últimos 13 dias. A sala de situação montada na Casa da Educação conta com equipes das secretarias municipal e estadual de Saúde e do Ministério da Saúde para alinhamento dos trabalhos.

Na avaliação do secretário de Saúde de Petrópolis, Marcus Curvelo, a parceria entre os três poderes foi essencial para nortear as equipes em uma situação de crise. “Os técnicos que vieram colaborar conosco já estiveram em campo nas tragédias de Brumadinho e, mais recentemente, na Bahia. Toda essa expertise nos ajudou a perceber que a saúde municipal era capaz de dar respostas rápidas ao status de tragédia que foi imposto à cidade”, disse Curvelo hoje (28).

 “As equipes da prefeitura têm uma capacidade de resposta e escuta que nos surpreendeu. Isso é mérito da gestão transparente e franca que vimos aqui. Não encontramos resistência para compartilhar as experiências que já adquirimos em outros sinistros. Reforço que aprendemos muito com Petrópolis, e isso vai servir de experiência para próximos eventos”, disseram integrantes da equipe do ministério, durante reunião realizada nesta manhã. Uma das equipes deixou a cidade serrana hoje (28) elogiando a capacidade de organização e resistência da secretaria e dos servidores municipais.

Atuação

Desde o dia 16 de fevereiro, as equipes da Atenção Básica, Vigilância em Saúde e Epidemiológica estão atuando nos abrigos oficiais e comunitários para atendimento à população afetada pela chuva. São verificadas situações de infecção por covid-19, doenças parasitárias, qualidade da água. São atestadas ainda as condições de higiene dos locais e promovido atendimento psicossocial, entre outros.

“Nos organizamos para cobrir toda a área quente do evento, com os Postos de Saúde da Família e as Unidades Básicas de Saúde que não foram atingidas por deslizamentos. E com equipes volantes dando atenção especial aos abrigados,criamos uma rede de atendimento eficaz. As equipes estão empenhadas e realizando um ótimo trabalho”, destacou Marcus Curvelo.

A sala de situação continuará atuando até que o status de crise seja normalizado no município, informou o secretário de Saúde.

Gabinete integrado

A prefeitura de Petrópolis continua acompanhando os trabalhos do Gabinete Integrado de Gestão de Desastres, instalado no Colégio Estadual D. Pedro II, de onde as equipes de diferentes órgãos municipais, estaduais e federais seguem orientando os trabalhos de buscas, atendimento à população e recuperação das áreas afetadas. Militares do Corpo de Bombeiros dão andamento hoje (28) às buscas pelo Rio Piabanha, onde há suspeita de desaparecimento de três vítimas, além de outras duas no Chácara Flora.

O governo municipal atua em diferentes frentes no atendimento às pessoas afetadas. A Defesa Civil mantém reforço nas equipes para as vistorias em ocorrência que chegaram a 3.386 nesta segunda-feira (28). Até o momento, 1.747 vistorias estão em andamento. Um efetivo de mais de 50 agentes da Defesa Civil procura dar atendimento a todos os chamados.

Além dos deslizamentos, as equipes atuam na avaliação de fatores que causam danos estruturais em imóveis e vias públicas, riscos geológicos em encostas, quedas de árvores e postes, além de vistorias preventivas. Os agentes da Defesa Civil trabalham na avaliação por área afetada, para delimitar as regiões de maior risco. Na sequência, atuam na análise específica por imóvel.

Para agilizar a realização de todas as vistorias, o órgão conta com o suporte de diferentes setores do moverno municipal, como as secretarias de Obras, Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, Assistência Social, além da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (COMDEP) e da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). A Defesa Civil conta também com apoio de órgãos como o Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), além de engenheiros e geólogos voluntários para a agilidade dos atendimentos.

Atendimento

Por outro lado, a Secretaria de Assistência Social segue prestando atendimento a 876 pessoas nos 14 pontos de apoio que o município mantém em escolas da rede pública. As famílias que estão temporariamente abrigadas recebem alimentação, suporte para os cuidados com a higiene, atendimentos de assistência social, saúde e psicólogos. As pessoas que estão nos abrigos já foram cadastradas no programa Aluguel Social.

A secretaria esclareceu que o número de pessoas atendidas temporariamente nos pontos de apoio pode variar, uma vez que as famílias conseguem acolhimento em casas de familiares ou já estão sendo direcionadas para as residências, a partir da concessão do benefício do aluguel social. Os pontos de apoio também têm sido referência para as pessoas que até o momento estavam sendo atendidas nos abrigos solidários, estruturados de forma voluntária pelas comunidades.

Nesta segunda-feira (28), os locais abertos para receber a população de área de risco são: E.M. Papa João Paulo; E. Germano Valente, E. Rubens de Castro Bomtempo, CEI Chiquinha Rolla, E. M. Geraldo Ventura Dias, E. M. Duque de Caxias, E. Paróquia Bom Jesus, E. M. Alto Independência, E. M. Joaquim Deister, E. Comunidade Santo Antônio, E. M. Maria Campos, E. São João Batista, E. Paroquial N. Sra. da Glória e Colégio Estadual Rui Barbosa. 

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Educação

Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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