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Rio tem patrulhamento reforçado neste fim de semana e feriado

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O patrulhamento no Rio durante o período do feriado prolongado conta com 2,5 mil policiais militares de hoje (4) à terça-feira (7). As ações para garantir a segurança de moradores, turistas e frequentadores das praias do Rio foram definidas pela Subsecretaria de Gestão Operacional da Secretaria de Estado de Polícia Militar.

O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) fez um reforço de 55% no efetivo nas estradas, ampliando o policiamento nos 6 mil quilômetros da malha rodoviária estadual. O esquema foi incluído na Operação Verão 2021, que começou no sábado passado.

A orla de toda a região metropolitana tem monitoramento por helicópteros e drones do Grupamento Aeromóvel (GAM). As imagens são transmitidas em tempo real para o carro-comando da Corporação baseado no Arpoador, na zona sul da capital. Além dos policiais militares, agentes da Guarda Municipal fazem o policiamento das praias da região, que estão cheias com o tempo bom com céu azul e sol forte. O esquema foi planejado também para evitar os tumultos nas ruas na saída da praia, como os que ocorreram no domingo (22) em Copacabana, na zona sul, inclusive com a depredação de ônibus.

A PM vai utilizar também cavalos do Regimento de Polícia Montada (RPMont) e cães do Batalhão de Ações com Cães (BAC) no patrulhamento. De acordo com a secretaria, o reformo dá “mais efetividade ao policiamento preventivo e ostensivo nas ruas internas dos bairros de Copacabana, Ipanema, na zona sul; e Barra da Tijuca, na zona oeste”. O esquema tem ainda equipes das Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) que atuam em áreas específicas. “Todo esse efetivo se juntará aos policiais dos programas Segurança Presente e Bairro Seguro já implantados nos bairros que compõem a orla da capital do estado”, informou a secretaria.

O planejamento tem também o reforço no patrulhamento das vias expressas por policiais do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) e nos corredores estruturais que dão acesso à orla, que fica sob responsabilidade das unidades operacionais da área. Os ônibus que se movimentam em direção à orla são monitorados e poderão ser interceptados se ocorrerem ações que coloquem em risco a segurança no transporte público, que é um crime previsto no artigo 262 do Código Penal. O policiamento está presente também nos terminais de ônibus e nas estações do Metrô.

Guarda Municipal

O patrulhamento na capital se completa com a Guarda Municipal que montou um esquema com 175 agentes que atuam na areia, calçadão e vias de acesso que vão da praia do Leme, na zona sul, até a do Pontal, na zona oeste da cidade. As ações contam com apoio de 24 viaturas, 10 motocicletas e cinco tendas operacionais instaladas em pontos estratégicos na areia.

O trabalho com grupamentos Marítimo Municipal (GMM), de Operações Especiais (GOE), Tático Móvel (GTM), de Guardas Motociclistas (GGM), Especiais de Trânsito (GETs), de Defesa Ambiental (GDA) e de Cães de Guarda (GCG) é em conjunto com a Polícia Militar e a Subsecretaria de Operações da Secretaria Municipal de Ordem Pública, que realiza ações de fiscalização para combater desordens na orla, como a ocupação indevida do espaço público por ambulantes sem autorização.

PRF

Nas rodovias, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou a Operação Independência 2021 no Rio de Janeiro ontem (3). Como se verifica em períodos de feriados, há aumento relevante no fluxo de veículos e de ônibus de passageiros nas vias federais e cresce também o risco de acidentes graves e outras ocorrências de violência no trânsito.

As ações de combate a embriaguez ao volante, de fiscalização de ultrapassagens em trechos de pista simples e o controle do excesso de velocidade foram intensificadas pela PRF. “O uso do cinto de segurança, do capacete, dos dispositivos de retenção para crianças e do uso de telefone celular, além de fiscalizações específicas de motocicletas e condições de conservação dos veículos, também estão entre os focos das equipes da PRF”, informou.

A operação inclui uma atuação reforçada no combate ao crime, principalmente, com abordagens focadas em informações do serviço de inteligência e a utilização de equipamentos de comunicação, para prender criminosos, recuperar veículos roubados e retirar armas ilegais, drogas e produtos contrabandeados de circulação.

Dicas

A PRF sugere a quem vai pegar a estrada nesse período que antes de começar a viagem faça uma avaliação do veículo, use de faróis acesos para ver e ser visto; pneus calibrados e em bom estado; motor revisado, com óleo e nível da água do radiador em dia. “Não esquecer de verificar a presença e estado dos equipamentos obrigatórios, principalmente pneu estepe, macaco, triângulo e chave de roda, além dos limpadores de para-brisa e luzes do veículo. Não esquecer também da cadeirinha, no caso de transporte de crianças”, recomendou.

No caminho é importante também observar as placas que indicam os limites de velocidade e as condições de ultrapassagem. “Nos trechos em obras, o motorista deve reduzir a velocidade e obedecer a sinalização local. Os condutores também devem redobrar a atenção em cruzamentos e áreas urbanas e jamais desviar a atenção do trânsito”, orientou.

A PRF alertou ainda que, se estiver chovendo, os motoristas devem trafegar com velocidade moderada, sempre à direita da via, acender os faróis baixos, manter distância segura do outro veículo que segue à sua frente, evitar manobras e freadas bruscas.

Edição: Kelly Oliveira

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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