Distrito Federal
Restaurante-escola começa a virar realidade
Há um prédio pequeno, baixo, redondo e espelhado que passa despercebido ao olhar de quem trafega no Eixo Monumental a caminho do Congresso Nacional. A paisagem à direita no início da Esplanada dos Ministérios é dominada pelas curvas do Museu Nacional e pelo amplo prédio da Biblioteca Nacional.
Entre os dois, o prédio menor foi imaginado por Oscar Niemeyer para abrigar um restaurante. Mas ele jamais foi ocupado. A vida dentro daquela estrutura de concreto e vidro começou a nascer precisamente na manhã desta quarta-feira, 10: numa solenidade simples, os secretários de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues, administrador do Complexo da República, e de Educação, Leandro Cruz, assinaram o ato de parceria que criará o Oscar – Escola de Sabores.
Queremos proporcionar educação profissional para jovens e adultos, desenvolver estratégias para que as pessoas que fizerem os cursos sejam inseridas no mundo do trabalho e incentivar o empreendedorismoLeandro Cruz, secretário de Educação
Trata-se de um restaurante escola, o primeiro gerido pela Secretaria de Educação, com início de funcionamento previsto ainda para o primeiro semestre do ano letivo de 2021. A iniciativa partiu de uma ideia de Leandro Cruz, prontamente aprovada pelo secretário de Cultura. O objetivo da nova escola é oferecer oportunidades de qualificação e de emprego, além de ser opção gastronômica nacional e internacional com preços abaixo do mercado, aberta no coração da capital.
“Queremos proporcionar educação profissional para jovens e adultos, desenvolver estratégias para que as pessoas que fizerem os cursos sejam inseridas no mundo do trabalho e incentivar o empreendedorismo. O Distrito Federal tem um potencial muito grande na área de gastronomia, no turismo, para aqueles que querem iniciar seu próprio negócio na produção alimentícia. Com esta iniciativa, vamos qualificar ainda mais esta prestação de serviço, gerar emprego e renda”, afirma o secretário de Educação, Leandro Cruz.
Escola de Sabores
“Neste momento que assinamos o ato, eu gostaria de fazer uma sugestão sobre o nome do lugar. Que não seja simplesmente Restaurante-Escola, mas Escola de Sabores, e que tenha Oscar, já que o projeto é dele”, disse, bem humorado, o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues. “Vai ser uma linda homenagem quando, no futuro, a gente possa dizer: vamos ali comer no Oscar.”
Localizado no Setor Cultural Sul, o restaurante-escola, ou Oscar – Escola de Sabores, será coordenado pelo Centro de Educação Profissional – Escola Técnica de Planaltina (CEP-ETP). O espaço cedido tem dois pavimentos e área total construída de 495 metros quadrados. O local será readequado pela Secretaria de Educação, com reforma, compra de equipamentos e de mobiliário.
Os cursos de educação profissional vão atender jovens e adultos do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (RIDE), de diversos níveis de escolaridade, desde pessoas da comunidade em geral até estudantes do ensino médio, na parte flexível do currículo. As aulas serão tanto para quem já tem emprego e quer se aperfeiçoar ou mudar de área como para quem pretende ingressar no mundo do trabalho, seja prestando serviço a terceiros ou montando se próprio negócio.
O restaurante-escola terá uma dupla finalidade, de um lado formando mão-de-obra especializada numa área em que o Distrito Federal tem potencial para expandir-se cada vez mais, e, de outro, contribuindo para dinamizar o espaço externo do Museu da República, referência no coração da cidadeBartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura
“O restaurante-escola terá uma dupla finalidade, de um lado formando mão-de-obra especializada numa área em que o Distrito Federal tem potencial para expandir-se cada vez mais, e, de outro, contribuindo para dinamizar o espaço externo do Museu da República, referência no coração da cidade. Em breve, dentro da normalidade que tanto aguardamos, teremos um lugar onde a gastronomia pode explorar a diversidade cultural que vai além do regional, explorando também as experiências de outros países com representação na capital do País”, avalia o titular da Cultura, Bartolomeu Rodrigues.
O cronograma de realização, o número de vagas e os processos seletivos serão divulgados em março. Os cursos e os pré-requisitos já estão definidos:
⇰ Qualificação profissional para a comunidade em geral
Curso | Carga horária | Escolaridade mínima exigida | Idade mínima exigida | |
Agente de gestão de resíduos sólidos | 240 h | Ensino médio | incompleto | 18 anos |
Agente de segregação e coleta de resíduos sólidos | 160 h | Ensino fundamental – anos iniciais | incompleto | 18 anos |
Atendente de lanchonete | 160 h | Ensino fundamental – anos finais | incompleto | 16 anos |
Auxiliar de cozinha | 220 h | Ensino fundamental – anos finais | completos | 16 anos |
Auxiliar em nutrição e dietética | 240 h | Ensino fundamental – anos finais | completos | 18 anos |
Barista | 160 h | Ensino fundamental – anos iniciais | completos | 16 anos |
Bartender | 200 h | Ensino fundamental – anos finais | completos | 18 anos |
Churrasqueiro | 160 h | Ensino fundamental – anos iniciais | incompleto | 18 anos |
Cozinheiro | 400 h | Ensino fundamental – anos iniciais | completos | 16 anos |
Cozinheiro industrial | 360 h | Ensino fundamental – anos iniciais | completos | 16 anos |
Garçom | 200 h | Ensino fundamental – anos finais | completos | 16 anos |
Operador de tratamento de resíduos sólidos | 160 h | Ensino fundamental – anos iniciais | completos | 18 anos |
Pizzaiolo | 160 h | Ensino fundamental – anos iniciais | completos | 18 anos |
Salgadeiro | 160 h | Ensino fundamental – anos iniciais | completos | 16 anos |
Sommelier | 200 h | Ensino médio | completo | 18 anos |
⇰ Cursos técnicos de nível médio
*Podem ser feitos de forma subsequente, ou seja, depois da conclusão do ensino médio, ou de maneira concomitante para os que estiverem cursando o ensino médio regular ou a educação de jovens e adultos.
Curso | Carga horária |
Técnico em confeitaria | 800 horas |
Técnico em panificação | 800 horas |
Técnico em serviços de restaurante e bar | 800 horas |
*Com informações da Secretaria de Educação
Distrito Federal
Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental
No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.
No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.
Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.
Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.
“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental
A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.
O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.
*Com informações do Brasília Ambiental
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