Política

Reportagem especial da Agência de Notícias da Alego relaciona disputa eleitoral com um clássico roteiro de cinema

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Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidatos ao cargo de presidente da República nas eleições 2022, enfrentam a reta final de uma batalha para consolidar, ou não, as suas respectivas candidaturas, no dia 30 de outubro. Além disso, em 12 estados brasileiros, haverá disputa para o cargo de governador. Façamos, aqui, uma observação da disputa eleitoral como se fosse um clássico roteiro de um filme hollywoodiano. Mas, claro, sem spoiler. 

Na maioria dos roteiros, percebe-se uma estrutura que pouco muda: o filme dura em torno de 120 minutos e é dividido em início, meio e fim (Ato I, Ato II e Ato III), ou seja, partes relativas à apresentação, ao clímax e à resolução da história. “Todo drama é um conflito. Sem conflito, não há personagem; sem personagem, não há ação; sem ação, não há história; e sem história, não há roteiro”, diz Syd Field, roteirista estadunidense, referência na cinematografia.

Esse script hollywoodiano lembra um pouco as eleições. O candidato é apresentado aos eleitores, bem como toda sua proposição, buscando conseguir algo, que é ser eleito; se alia aos apoiadores e vai para a disputa. Do outro lado, um ou alguns concorrentes e certos empecilhos dificultam essa conquista. Ele consegue avanços; repentinamente sofre ataques; oscila nas pesquisas. O desfecho acontece. Chega o dia da eleição. As urnas são apuradas, a história se resolve e, em seguida, se encerra com a divulgação do resultado final.

No “Manual do roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico”, Field explica que os primeiros minutos são dedicados a apresentar os personagens, a premissa dramática, a situação (circunstâncias em torno da ação) e para estabelecer os relacionamentos entre o protagonista e os outros personagens que habitam os cenários do seu mundo.

A partir daí, o personagem principal enfrenta obstáculos que o impedem de alcançar sua necessidade dramática (relativa ao que ele quer vencer, ganhar, ter ou alcançar); há sempre alguém ou alguma coisa criando empecilhos e o impedindo de conseguir o seu objetivo. Esse conflito vai se acirrando até atingir o auge; a reviravolta da trama. Nessa disputa, vão acontecendo surpresas, avanços e os retrocessos até que, por fim, a história é resolvida e, em seguida, termina.

Algumas pessoas preferem filmes épicos a filmes de ação, suspense, drama, aventura, comédia, ou tantos outros gêneros. Existem aquelas que se apaixonam pela fotografia da filmagem, outras pelo figurino; as que enaltecem os efeitos visuais e as que se comovem com a trilha sonora. Há pessoas que gostam do roteiro, mas não gostam do diretor; que aplaudem a interpretação dos atores, mas criticam o discurso do personagem.

Como em todo filme, alguns ficarão felizes e eufóricos com o final; outros, tristes e frustrados. Muitos dirão que não deveriam ter gastado seu tempo indo ao cinema assistir aquele desfecho, e outros esbravejarão o seu desinteresse na continuação. E isso é democrático.

Na democracia é assim: vence o conjunto da obra que agrada mais a maioria do público. No dia 30 de outubro de 2022, data em que ocorre o segundo turno das eleições brasileiras, as urnas eletrônicas serão a tela de cinema dos 156.454.011 eleitores aptos a votar em todo o Brasil; 4.870.354 eleitores só em Goiás.

Esse é o único filme que o telespectador pode escolher o final.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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