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Recanto das Emas terá mais 12 km de novas calçadas

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A construção de calçadas para melhorar a mobilidade urbana está a todo vapor no Recanto das Emas. O trabalho conjunto entre a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e a administração regional da cidade já resultou em sete quilômetros de passeios novos em 2020. Agora, mais 5 quilômetros estão sendo executados em diferentes pontos da cidade.

Cinco quilômetros de calçadas estão sendo executados em diferentes pontos da cidade| Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Recursos empregados, de R$ 1,5 milhão, são originários de emenda parlamentar

As obras, que começaram nesta semana pela Quadra 310, serão estendidas para as quadras 309 e 308, a Praça da 205 e os arredores do terminal de ônibus da Quadra 511. Os recursos são originários de uma emenda parlamentar do deputado distrital Valdelino Barcelos, no valor de R$ 1,5 milhão, destinados a melhorias em infraestrutura na região administrativa.

Trinta operários de uma empresa contratada pela Novacap já trabalham duro na Quadra 310, que receberá 1,1 km de passeios com dois metros de largura. Além de concreto polido, as passagens receberão meios-fios e serão rebaixadas em alguns pontos, visando garantir a acessibilidade de moradores com necessidades especiais.

Francisco das Chagas: “Lugar sem calçada é desconfortável demais”

População aprova

Para o aposentado Francisco das Chagas, 73 anos, a reforma na frente de sua casa é um progresso. “Lugar sem calçada é desconfortável demais”, aponta. “Faltava segurança para as pessoas e também para o pessoal que se desloca de bicicleta”.

A faxineira Miriam Silva, 42 anos, reside na Quadra 311 e todo dia passa pela região. As caminhadas matinais, ela acredita, serão mais confortáveis com as novas passagens. “Quase todo dia faço exercício físico, e caminhar na calçada é muito melhor, não tem a buraqueira do asfalto”, conta. “Também acho que vai valorizar o local”.

Na sequência, as quadras vizinhas 309 e 308 serão as beneficiadas. Segundo a Coordenação de Obras e Licenciamento da Administração Regional do Recanto das Emas, o mapeamento dos locais foi feito a partir de vistorias pela cidade e pedidos da população, via ouvidoria. A expectativa é atender ainda mais regiões em 2021.

Miriam Silva acha que o local será valorizado

Calçadas prontas

Próximo às quadras 309 e 308 está localizada a Unidade Básica de Saúde 10 (UBS 10). O equipamento público já tem calçadas novas em todo o seu redor, com acessibilidade e piso tátil que auxilia deficientes visuais. Assim como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) que fica na 602, a unidade de saúde recebeu as melhorias ainda no ano passado.

“Nossa missão é cuidar das pessoas”, reforça o administrador do Recanto das Emas, Carlos Dalvan. “As calçadas trazem qualidade de vida à população, principalmente a nossos idosos e cadeirantes. A mobilidade é essencial nos dias de hoje, e estamos nos esforçando para expandir essas melhorias por toda a cidade.”

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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