Política

Proposta de Chico KGL valoriza os imigrantes no contexto local

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A Comissão de Constituição, Justiça e Redação começou a analisar, quanto ao aspecto constitucional, legal e jurídico, o projeto de lei nº 1278/22, que propõe instituir a Política Estadual de Integração da Cultura do Imigrante. O texto é de autoria do deputado Chico KGL (UB) e foi distribuído para relatoria da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT).

Em termos gerais, a proposta tem o objetivo de fomentar a integração da cultura do imigrante no estado, tendo o poder público como fiador do processo. O deputado justifica que é do conhecimento comum que cada estado possui sua identidade, todavia, segundo ele, existe o fator histórico imigratório que marca algumas singularidades no processo de formação da identidade cultural de cada um deles. 

Chico KGL diz, ainda, que faz parte do espírito atual o consenso da importância do diálogo entre as mais variadas identidades culturais que compõem cada um dos estados. Ele explica que sua proposta visa estabelecer diretrizes e ações políticas para o enfrentamento de uma realidade crescente e, frequentemente, excludente.

Atualmente, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, 1,3 milhão de imigrantes residem no Brasil. Em dez anos, de 2011 a 2020, os maiores fluxos foram da Venezuela, Haiti, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos. 

Integração

O projeto de lei é composto por 11 artigos, com descrição minuciosa das iniciativas que devem ser seguidas a fim de promover integração das ações do poder público junto à iniciativa privada que conduzam, entre outros, a integração e valorização do patrimônio cultural do imigrante; produção, promoção e difusão de bens culturais originados pela fusão da cultura do imigrante com a cultura goiana; democratização do acesso aos bens culturais e a valorização da diversidade étnica e regional.

A proposta elucida ainda que a política proposta deve ser regida por alguns princípios, entre os quais, a liberdade de expressão; diversidade cultural; respeito aos direitos humanos; direito à informação, à comunicação e à crítica cultural; direito à memória e às tradições e a responsabilidade dos agentes públicos pela implementação de políticas culturais que promovam a integração de todos os povos que compõe a sociedade que constrói o estado de Goiás.

Segundo o deputado, a meta é promover o respeito à diversidade e à interculturalidade, além de fomentar a participação social e desenvolver ações coordenadas com a sociedade civil. Para alcançar o objetivo, o 4º artigo da lei formaliza as diretrizes que devem ser adotadas:

Garantir a implementação de políticas públicas de cultura;

Garantir a representatividade da comunidade artística e cultural na elaboração de políticas públicas de cultura;

Instituir, por solicitação de entidades representativas da sociedade civil organizada, Câmaras Setoriais representativas de cada segmento cultural, a fim de possibilitar um diálogo permanente com a gestão;

Incentivar a criação e implementação dos Conselhos Municipais de Cultura do Imigrante por solicitação de entidades representativas da sociedade civil, por meio do oferecimento de orientação técnica e jurídica;

Incentivar o coletivismo, o cooperativismo e a produção independente por meio da capacitação e qualificação das entidades culturais da sociedade civil para a estruturação e realização de suas atividades.

O 7º artigo da propositura versa sobre o acesso, segundo o qual, o poder público precisa desenvolver um plano de atuação junto às rádios educativas e comunitárias de todo o estado, visando à vinculação da produção artística estadual na programação dessas emissoras.

O 9º artigo disserta sobre a política setorial e é composta por 15 instruções, entre elas: Incentivar a realização de festivais itinerantes que contemplem linguagens artísticas e culturais e criar núcleo de orientação para grupos e coletivos artísticos. 

Por fim, o 10º artigo diz que a política proposta deve ser revista periodicamente, a cada três anos, com a finalidade de manter suas metas atualizadas e aperfeiçoar suas estratégias e ações.

Segundo o deputado Chico KGL, o estado de Goiás desenvolveu nas últimas décadas, em todos os seus segmentos artísticos e culturais, uma produção considerável, em alcance e qualidade, contudo, é preciso ser aperfeiçoada.

“O conjunto é bastante heterogêneo em relação à distribuição espacial, às oportunidades de formação, à difusão dos produtos, à mobilidade dos produtores e produtoras. É preciso dar maior acessibilidade aos imigrantes às ações culturais promovidas pelo Poder Público,” reforça o parlamentar.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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