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Proposta de Antônio Gomide, Alego realiza sessão especial em homenagem à Campanha da Fraternidade

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A Assembleia Legislativa de Goiás promoveu, na noite dessa segunda-feira, 28, sessão solene em homenagem à Campanha da Fraternidade de 2022, cujo tema é Fraternidade e Educação. O evento foi realizado por proposta do deputado Antônio Gomide (PT). 

Participaram da mesa diretiva dos trabalhos, além de Gomide, o arcebispo Metropolitano de Goiânia, DomJoão Justino; a reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima; o secretário-geral da Sociedade Goiana de Cultura (SGC) e ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Wolmir Amado; e o padre Cleiton Bergamo, representando o bispo de Anápolis, Dom João Casimiro Wilk.

Antônio Gomide falou da importância de realizar essa sessão no Legislativo goiano para debater, ouvir e se informar melhor sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano. 

“Sabemos o quanto a Campanha da Fraternidade cumpre um papel de buscar movimentos sociais, trazendo temas importantes para a sociedade, mas não tenho dúvidas de que a Educação abrange todos eles. É o momento correto de fazer esse debate, num momento de pandemia global, em que precisamos saber ensinar, escutar e compartilhar”, enfatizou Gomide.

O deputado frisou, ainda, que a educação pública, inclusiva e de qualidade se trata de uma condição de justiça social, que ainda é buscada no Brasil. “O tema da campanha faz com que as pessoas pensem um pouco mais sobre a situação que vivemos. A alfabetização é um direito humano e deve ser assegurado a todas as pessoas.”

Discussões da Campanha

O secretário-geral da SGC e ex-reitor da PUC-GO, professor Wolmir Amado, discursou na sessão especial da noite. Ele agradeceu a Gomide pela iniciativa e lembrou que, desde a década de 1970, a Campanha da Fraternidade ganhou amplitude nacional e vem ajudando a educar o conjunto da igreja, através de temas sociais, que se voltam para toda a sociedade.

“São diversos temas que fomos aprofundando ao longo de décadas, e é claro que isso precisa ser dito para o conjunto da sociedade. Também, para dar o nosso ponto de vista como cristãos e realizarmos intervenções sociais. Queremos ser, nessa Casa de Leis, uma semente do bem comum. É preciso repensar esse desafiante campo da educação, o mais afetado no mundo todo, ainda mais depois de uma pandemia mundial”, falou Amado.

O secretário apontou, ainda, que, em Goiás, segundo dados da própria Secretaria de Educação, a cada dez crianças, nove delas, na faixa de seis a dez anos, faixa da alfabetização, não aprenderam nem a ler nem a escrever. “Trata-se de uma defasagem muito demorada para se recuperar. São desgastes mais profundos que o próprio impacto econômico da pandemia. E é essa a discussão que a campanha quer propor”, destacou.

Em seguida, a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, foi à tribuna para saudar a iniciativa de uma sessão solene, que mobiliza a sociedade e as pessoas para homenagear a educação. Segundo ela, trata-se de um ato de generosidade e de muita importância, e que isso só foi possível graças à temática da Campanha da Fraternidade.

“É uma ação muito necessária, ainda mais depois de uma pandemia global. Precisamos nos unir para superarmos os abismos criados em relação à educação, sendo um deles a evasão escolar e, outro, a qualidade do ensino. São muitos desafios nesse período e não bastará gritarmos contra isso, mas precisamos desenvolver mecanismos, parcerias e alianças para que superemos o momento”, disse Angelita.

A reitora compartilhou, ainda, seu medo de que, nos dois anos de pandemia da covid-19, o prejuízo na formação de cidadãos no nosso país seja imensurável. “Temos metodologias disponíveis, precisamos agora de vontade política e ações concretas. E termos a Igreja Católica como aliada nesse tema é uma boa notícia”, enfatizou.

Por fim, foi ouvido o arcebispo Dom João Justino, que agradeceu a oportunidade de falar na Assembleia Legislativa e registrar a contribuição que a Campanha da Fraternidade tem para a nação brasileira. Ele afirmou que a histórica contribuição da Igreja Católica na construção de uma sociedade justa e fraterna ganhou, neste ano, a terceira edição da campanha com o tema educação. Isso, segundo ele, tem inspiração no agir de Jesus Cristo e O apresenta como modelo de todo educador.

“Aquele que fala com sabedoria e ensina com amor, segundo o Evangelho. Por mais óbvia que seja a resposta, a igreja realiza essa campanha, pois a fraternidade está no DNA do cristianismo. Jesus viveu e pregou a fraternidade, através do amor ao próximo, e foi quem disse aos seus discípulos que são todos irmãos” lembrou D. João.

O arcebispo recordou, ainda, as primeiras palavras do Papa Francisco, ao assumir em 2013, pregando a fraternidade, amor e confiança entre as igrejas e todo o mundo. “O objetivo geral da campanha deste ano é promover um diálogo a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos através do humanismo integral e solidário. A igreja no país compreende que pode contribuir significativamente para a educação, sobretudo num tempo em que o Papa convocou a todos para refazerem o pacto educativo global”, afirmou Dom João.

Ele lembrou, ainda, que quando se pensa em educação no contexto brasileiro, não se pode ignorar a questão da desigualdade social, que é estrutural. “É raro um setor da vida que não tenha as marcas da desigualdade. Mas não se pode confundir desigualdade com diversidade e individualidade. É preciso de um projeto de educação com humanismo solidário”, finalizou.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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