Política

Proposta da Governadoria que trata de aposentadoria aos policiais civis está pronta para 2ª votação

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A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) iniciou debate sobre o projeto de lei nº 8839/21, da Governadoria , que altera a Lei Complementar nº 161, de 30 de dezembro de 2020, que, entre outras providências, dispõe sobre o Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Goiás – RPPS/GO. Objetiva-se, especificamente, acrescentar o § 3º ao art. 73 dessa lei.

Diz o texto proposto: “A aplicação do disposto neste artigo ao servidor que tenha ingressado nos quadros da Delegacia-Geral da Polícia Civil até 6 de julho de 2017 será com os proventos correspondentes à totalidade da remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, também com a revisão na mesma data e proporção dos que se encontram em atividade, inclusive em decorrência da transformação ou reclassificação do cargo ou função.” (NR)

Em justificativa à Alego, o governador Ronaldo Caiado (DEM) coloca: “O objetivo é permitir a concessão de aposentadoria aos policiais civis com os proventos correspondentes à totalidade da remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, além da revisão desses proventos na mesma data e proporção dos servidores que se encontram em atividade”.

Caiado frisa ainda: “A proposta fundamenta-se na nova redação conferida ao § 3º do art. 40 da Constituição federal, por meio da Emenda Constitucional federal nº 103, de 12 de novembro de 2019. Esse dispositivo conferiu aos entes federados a competência legislativa para estabelecer a forma de cálculo dos proventos das aposentadorias dos policiais civis. No Estado de Goiás, isso foi feito pela Lei Complementar estadual nº 161, de 2020. O § 5º do art. 69 dessa lei preceitua que os proventos da aposentadoria do policial civil serão calculados e reajustados na forma da Emenda Constitucional nº 103, de 2019. Essa emenda trouxe a previsão de que os policiais civis que ingressaram na respectiva carreira até a data em que ela entrou em vigor poderão se aposentar na forma da Lei Complementar federal nº 51, de 20 de dezembro de 1985”.

O chefe do Executivo ressalta que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) atestou a viabilidade jurídica da proposta. “Foi destacado pela PGE que a reforma realizada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019, proporcionou uma verdadeira mudança paradigmática do regime previdenciário brasileiro, com a redução das matérias tratadas pela Constituição federal e a consequente ampliação da competência estadual e da municipal. Nesse sentido, nos termos do § 3º do art. 40 da Constituição de 1988, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019, as regras para o cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. Assim, outorgou-se aos estados a competência para legislar sobre o tema de forma a atender às necessidades regionais, sem a obrigatoriedade de lei nacional para disciplinar a questão.”

E acrescenta: “A PGE também declarou em seu pronunciamento que o Estado de Goiás, nesse cenário, promoveu alterações na sua ordem jurídica interna com a Emenda Constitucional nº 65, de 21 de dezembro de 2019, cujos dispositivos determinaram a aplicação, no âmbito estadual, das normas aplicáveis aos servidores públicos federais no que se refere à concessão de benefícios previdenciários, seus requisitos e critérios de cálculo e de reajustamento. Especificamente com relação aos policiais civis, essa emenda fez a distinção entre a situação daqueles servidores que ingressaram antes e os que ingressaram após a publicação da Emenda Constitucional nº 103, de 2019”.

E, depois de colocar outras razões para aprovação da sua proposta, Caiado conclui: “Assim, diante do pronunciamento da PGE, também em razão do entendimento do STF quanto à competência legislativa concorrente dos estados para a fixação de requisitos, critérios e forma de cálculo de proventos das aposentadorias de determinadas categorias funcionais, referente ao período que precede à Emenda Constitucional nº 103, de 2019, decidi apresentar o presente projeto de lei complementar na expectativa da aprovação dele por esse Parlamento”.

A proposta, que foi relatada favoravelmente na Comissão Mista, pelo deputado Wilde Cambão (PSD), foi aprovada em primeira votação na sessão desaa quarta-feira, 24, e, agora, após cumprido o interstício legal,  retorna a plenário para segunda e definitiva votação.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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