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Políticas públicas para a população com espectro autista

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Joyce, 25 anos, dona de casa, conseguiu tratamento para o filho no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI) de Taguatinga | Foto: Paulo H Carvalho/ Agência Brasília

“Ele não conversava, era muito agitado, chegaram até a achar que o caso dele fosse mais severo. Hoje é outra criança, melhorou 100% na interação, no nervosismo” Joyce Santiago, a mãe de Heitor, 6 anos

Esta sexta-feira (2) marca o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para alertar a necessidade de superação dos preconceitos sobre a condição.

O Governo do Distrito Federal (GDF) oferece uma série de serviços voltados a essa parcela da população, colocando em prática políticas públicas para levar mais conforto e praticidade às famílias das pessoas afetadas. No Distrito Federal, estima-se que 13 mil pessoas tenham Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Centro de Atenção Psicossocial

Heitor tem seis anos e recebeu o diagnóstico de autismo moderado há quatro. “No começo foi muito difícil, chorei bastante. Eu senti que já sabia, mas tinha esperança de que pudesse não ser nada”, conta Joyce Santiago, 25 anos, a mãe de Heitor.

Moradora do P Norte, em Ceilândia, a dona de casa relata que procurou se informar e foi atrás de cuidados especializados para o filho. Nessa busca, encontrou o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI) de Taguatinga e, desde então, tudo mudou.

“Ele não conversava, era muito agitado, chegaram até a achar que o caso dele fosse mais severo. Hoje ele é outra criança, melhorou 100% na interação, no nervosismo”, afirma a mãe.

A cadeia de assistência aos pacientes com casos de TEA é formada por nove organizações na Rede de Atenção Primária, além de ambulatórios especializados, CAPSIs, do Centro de Atenção Psicossocial tipo I (Caps I) e do Adolescentro

Assistência

Em 2019, a Diretoria de Serviços de Saúde Mental da Secretaria de Saúde definiu o fluxo de atendimento para pessoas com transtorno do espectro autista. O acolhimento para esses pacientes pode ser feito por meio de demanda espontânea.

A cadeia de assistência aos pacientes com casos de TEA é formada por nove organizações na Rede de Atenção Primária, em ambulatórios especializados e por unidades como os CAPSIs, o Centro de Atenção Psicossocial tipo I (Caps I) e o Adolescentro.

Além disso, as demandas para reabilitação neuromotora dos pacientes com TEA são realizadas por três centros especializados: os Centros Especializados em Reabilitação Física e Intelectual (CERs) de Taguatinga; o Hospital de Apoio; e do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP).

> CAPSI Brasília
Endereço: SMHN, Qd. 03, Conj. 1, Bloco A, Ed. COMPP – Asa Norte
Telefone: 2017-1900 (ramais 7710 e 7711) / E-mail: [email protected]
Abrangência: Plano Piloto, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Lago Norte, Lago Sul, Varjão, Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Jardim Botânico, SCIA/Estrutural, Guará, Park Way

GDF adota medidas para reforçar foco nas pessoas com transtorno autista | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

> CAPSI Taguatinga
Endereço: QNF, AE 24 – Taguatinga
Telefones: 2017-1145 (ramais 4260 e 4261) ou 99124-2067 / E-mail: [email protected]
Abrangência: Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires, Ceilândia, Arniqueira

> CAPSI Recanto das Emas
Endereço: Quadra 307, A/E 1 – Recanto das Emas (na UBS 1 do Recanto das Emas)
Telefone: 2017-1145 (ramal 6001) / E-mail: [email protected]
Abrangência: Recanto das Emas, Samambaia, Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Riacho II, Núcleo Bandeirante, Candangolândia

> CAPSI Sobradinho
Endereço: Quadra 4, Área Especial, Lote 6 – Sobradinho
Telefone: 2017-1145 (ramal 1838) / E-mail: [email protected]
Abrangência: Sobradinho, Sobradinho II, Planaltina, Fercal

> CAPSI I
Endereço: Quadra 01, AE 2, Setor Veredas – Brazlândia
Telefone: 2017-1300 (ramal 3978) / E-mail: [email protected]
Abrangência: Brazlândia

> Adolescentro
Endereço: SGAS 605 Lotes 33/34 – Asa Sul
Telefone: 2017-1145 (ramal 3214) / E-mail: [email protected]
Abrangência: todo o DF

> CER Taguatinga
Endereço: Área Especial 16, Setor “C” Norte – Taguatinga
Telefone: 2017 1145 (ramal 4270)

> CER Hospital de Apoio
Endereço: AENW 3 Lote A – Setor Noroeste
Telefone: 2017-1259

> CER Ceal-LP
Endereço: SGAN 909 Módulo B – Asa Norte
Telefone: 3349-9944

Em 2020, governador Ibaneis Rocha editou decreto que cria a Carteira de Identificação de Pessoa com Espectro Autista para acesso prioritário aos serviços públicos e privados

Carteira de Identificação

Em setembro do ano passado, o governador Ibaneis Rocha publicou o decreto nº 41.184 regulamentando a Lei Distrital nº 6.642, de 21/07/2020, que dispõe sobre a instituição da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). O documento terá validade de cinco anos e dá ao portador acesso prioritário aos serviços públicos e privados.

A Ciptea é parecida com uma identidade e nela constam as seguintes informações: foto, nome completo, filiação, local e data de nascimento, RG, CPF, tipo sanguíneo, endereço residencial completo e número de telefone. Além disso, o documento também tem registrado dados do responsável legal ou cuidador como nome completo, documento de identificação, endereço residencial, telefone e e-mail.

A Lei Distrital nº 4.568/2011 garante ao condutor de veículo que estiver conduzindo pessoa autista o direito de uso das vagas especiais de estacionamento reservadas às pessoas com deficiência

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Credencial de Estacionamento

Há pouco mais de um ano, o Departamento de Trânsito (Detran-DF) lançou a Credencial de Estacionamento para Autista, iniciativa pioneira no país. Com o documento, os deficientes terão um modelo especial para identificação do veículo, diferentemente do que ocorre em outros estados do Brasil. A nova credencial traz o símbolo universal do autismo – um laço com estampa de quebra-cabeças – e dobrou a validade para 10 anos.

A Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, assegura a reserva de 2% das vagas em estacionamento regulamentado de uso público para serem utilizadas exclusivamente por veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção. Já a Lei Distrital nº 4.568/2011 garante ao condutor de veículo que estiver conduzindo pessoa autista o direito de uso das vagas especiais de estacionamento reservadas às pessoas com deficiência. Os carros estacionados nessas vagas deverão, obrigatoriamente, exibir a credencial de estacionamento sobre o painel, com a frente voltada para cima.

3,5 mil estudantes com espectro autista são atendidos em escolas inclusivas do GDF

Educação

A Secretaria de Educação oferece atendimento educacional especializado a cerca de 3,5 mil estudantes com TEA em escolas inclusivas da rede pública de ensino, com atendimento especializado em sala de recursos no horário contrário ao turno de aula regular. Também são realizados atendimentos em 13 centros de ensino especial, distribuídos em várias regionais de ensino, voltados aos estudantes com comprometimentos mais graves e que necessitam de aulas voltadas para melhoria de sua independência, autonomia e qualidade de vida.

O trabalho educacional para menores com TEA é iniciado no Programa de Educação Precoce, abrangendo bebês e crianças com até 4 anos de idade ainda em investigação diagnóstica. Nesse atendimento, a atuação dos professores especializados é voltada para a estimulação do desenvolvimento global das crianças e orientação às famílias dos estudantes.

*Com informações das secretarias de Educação e de Saúde

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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