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Conheça quais são os serviços oferecidos pelos Cras e Creas

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Há 11 unidades do Creas em todo o Distrito Federal, que têm as atividades reforçadas com a atuação de dois centros POP  | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

“Muitas famílias passam por situações de risco, principalmente agora com a pandemia. Por isto, a intervenção da assistência social previne que haja um agravamento desta condição. Isso faz muita diferença na vida de quem é atendido”Nathália Eliza de Freitas, coordenadora de Proteção Social Básica da Secretaria de Desenvolvimento Social

Famílias vítimas de violência física, negligência, abandono, ameaça, maus tratos e discriminações sociais do Distrito Federal podem contar com dois órgãos públicos de proteção – Cras e Creas. Essas são as siglas do Centro de Referência de Assistência Social e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social, respectivamente, que realizam a proteção social básica e proteção social especial às famílias ou indivíduos.

O Cras é responsável pela prevenção de situações de vulnerabilidade ou de risco social. Já o Creas trata das consequências e acompanha as famílias e indivíduos que sofrem violação dos direitos ou que estão vivendo situação de violência.

“Famílias que passam por situação de privação material, por contexto de rompimento de vínculos, por algum tipo de contingência ou risco, podem procurar o Cras para passarem por um atendimento socioassistencial”, afirma Nathália Eliza de Freitas, coordenadora de Proteção Social Básica da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

O principal serviço ofertado pelo Cras é o Serviço de Atendimento e Proteção Integral às Famílias (PAIF), que envolve a escuta qualificada e o conhecimento dos processos de vida e relações sociais em que uma família está inserida. A partir dessa atividade são realizadas ações para que a família fique em uma condição mínima de proteção.

“O serviço envolve um conjunto de intervenções que variam de acordo com o contexto de cada família e pode perpassar a concessão de benefícios eventuais, de segurança alimentar ou de transferência de renda, além de processo para o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, e o acesso a demais direitos sociais dos membros da família”, informa Nathália Eliza.

Atendimento integral

A partir do histórico familiar revelado por meio da escuta qualificada, são definidas as intervenções. O atendimento é feito de forma integral. “A família pode passar por um processo que chamamos de acompanhamento, ou seja, um conjunto de ações sistemáticas, ofertada por um período, para que a família desenvolva seus processos de autonomia e bem- estar”, explica a coordenadora.

Segundo ela, isto conecta as ações da assistência social com outras políticas sociais e estende o atendimento a demais membros da família. “O benefício é parte da segurança de apoio e auxílio da assistência social. Muitas vezes, a população compreende que deve ser feito somente o acesso ao benefício”, completa Nathália.

Insegurança Alimentar

Atualmente, de acordo com Sedes, a situação mais recorrente é o contexto de insegurança alimentar e privação material de diversas ordens. O motivo está diretamente relacionado a covid-19. “O contexto da pandemia tem causado um forte empobrecimento da população. Isso leva a contextos onde a família precisa de apoio e auxílio do Estado, para que não haja mais prejuízos na sua condição familiar e diminua ainda mais os seus vínculos e sua condição de subsistência”, analisa a coordenadora da Sedes.

Creas

O Creas funciona em regime de porta-aberta, ou seja, recebe demandas espontâneas, quando as próprias vítimas procuram diretamente assistência. Por causa da pandemia, esse tipo de atendimento está sendo feito de forma remota, por telefone. A maioria dos casos, no entanto, é encaminhada pela rede de proteção social, composta por órgãos do sistema de justiça e de saúde.

O atendimento é realizado por uma equipe formada por assistente social, psicólogo, educador social, agentes sociais e auxiliares em assistência social. São esses profissionais que fazem o acolhimento e desenvolvem as ações para minimizar a situação de violência ou de violação de direitos, sofrida pelo indivíduo ou família. Não existe um tempo definido para que as vítimas fiquem sob a proteção do Creas.

“As pessoas são atendidas pelo tempo que for necessário para que acabe o risco pessoal de violência ou de violação de direitos”Jean Marcel Pereira Rates, coordenador de Proteção Social e Especial do Creas

Com um atendimento regionalizado, os Creas cobrem todo o DF. Atualmente, existem 11 unidades Creas, localizadas em Brasília, Brazlândia, Ceilândia, Estrutural, Gama, Núcleo Bandeirante, Planaltina, Samambaia, Sobradinho e Taguatinga, além do Crea Diversidade, que fica na Asa Sul. Já os centros POP estão localizados na quadra 903, na Asa Sul, e em Taguatinga.

Crea Diversidade

O Crea Diversidade é uma unidade específica para grupos culturais estigmatizados, de maneira geral. “Nesse local são atendidos o público que sofreu violação de direitos ou violência, mas que são de diversidade religiosa, étnico-racial, de gênero ou sexual”, explica Jean Marcel Pereira Rates.

O trabalho pode melhorar ainda mais com as novas instalações que serão montadas no DF. A décima-segunda unidade do Crea será inaugurada em abril, em São Sebastião. Itapuã e Recanto das Emas também deverão receber unidades do órgão.

“Realizamos um trabalho de qualidade com as unidades que temos, mas poderíamos fazer um trabalho mais abrangente e melhor executado com mais unidades. Conseguiríamos não ter unidades sobrecarregadas”, reflete Jean Marcel Pereira Rates. Ceilândia, Samambaia e Gama são as unidades mais procuradas.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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