Distrito Federal

Políticas públicas e de gênero em debate no Festival de Cinema

Publicado

em


Reprodução

Como um centro de discussão democrático, o 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) começou nesta terça-feira (15) tocando em temas urgentes para as políticas públicas de audiovisual. Com uma programação diversificada, o festival mais antigo do país reúne atividades que têm como objetivo discutir o momento do audiovisual brasileiro e prospectar os caminhos para o futuro.

Uma das primeiras atrações desta edição foi um debate sobre o protagonismo feminino no segmento cinematográfico. Por meio da plataforma Zoom, mulheres que marcaram presença nas realizações cinematográficas deste ano, além de críticas e estudiosas do setor, expuseram seus trabalhos e debateram sobre os desafios atuais da categoria.

Mediado pela cineasta brasiliense Cibele Amaral, o encontro virtual apresentou um debate sobre a igualdade de gênero no audiovisual, que vem cada vez mais ganhando destaque mundialmente. Diante de uma reflexão coletiva sobre os desafios e avanços no setor, mulheres do segmento cultural propuseram ações que podem aprimorar o cinema brasileiro, tanto por parte do Estado quanto da sociedade civil. Compuseram a mesa de debate a cineasta e ativista Viviane Ferreira, a crítica e acadêmica Luiza Lusvarghi e as produtoras Letícia Godinho, Minom Pinho e Débora Ivanov.

Interação

“Este momento proporciona a interação entre essas mulheres interessantes, mostrando seus projetos, expondo força e as reais demandas do audiovisual para elas”, ressaltou Cibele Amaral, na abertura do encontro. Criadora do projeto Mais Mulheres, a produtora Débora Ivanov destacou a importância da diversidade para o cinema nacional e falou sobre as ações desenvolvidas para potencializar a voz feminina no Brasil. “Temos que continuar ocupando o nosso espaço”, disse. “Diversidade não é só justiça social, é também um bom negócio”.

“Diversidade não é só justiça social, é também um bom negócio”Débora Ivanov, produtora

Militante do movimento negro, Viviane Ferreira ressaltou a presença feminina em busca de parcerias em lutas cotidianas. Diretora, roteirista e fundadora da Odun Filmes, ela falou sobre a necessidade de impulsionar o debate e pensar na revolução das mulheres negras no audiovisual, com papéis de destaque. “Ainda mais diante da pandemia, tivemos a necessidade de nos olhar como seres coletivos, exercitando a nossa capacidade colaborativa em sociedade”, apontou.

Há 20 anos morando em Paris, Letícia Godinho fez um relato sobre as oportunidades profissionais que a mantêm conectada – como o festival Séries Manias, evento voltado às séries audiovisuais. Ao falar sobre algumas webséries nas quais as mulheres ganharam destaque mundial, ela lembrou que a luta pelo destaque feminino no cinema é mais visível, e na Europa ainda precisa avançar. “Acho muito legal a força da mulher”, afirmou. “Espero criar uma força internacional. Seria meu papel e minha pequena missão para com o cinema brasileiro”.

Uma das autoras do livro Mulheres Atrás das Câmeras: As Cineastas Brasileiras de 1930 a 2018, Luiza Lusvarghi falou sobre as pioneiras do cinema no Brasil e o momento em que elas começaram a ganhar espaço para, além de produzir, escrever e opinar sobre o cinema brasileiro. “Vamos conversar mais sobre o audiovisual feminino e ocupar cada vez mais espaços das críticas de cinema”, sugeriu.

A mesa foi finalizada com a apresentação de Minom Pinho, fundadora do FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema. Adepta do taoísmo, tradição filosófica e religiosa originária do Leste Asiático que enfatiza a vida em equilíbrio, ela ressaltou que não é só no cinema que há um desequilíbrio, mas em quase todas as outras profissões. Pioneira em eventos on-line dos quais participam mulheres, ela contabilizou o sucesso e a pluralidade do festival. “Nossos filmes chegaram para 400 municípios e contaram com a participação de 45% de mulheres negras”, arrematou.

* Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

Publicados

em


No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA