Saúde

Pesquisa aponta eficácia da vacinação em profissionais de saúde no CE

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A vacinação no Ceará teve efeito direto na redução dos casos de covid-19 entre profissionais de saúde. A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues, vinculada ao governo do estado.

A imunização dos trabalhadores na linha de frente do atendimento a pacientes com covid-19, diz o estudo, contribuiu para evitar uma nova onda de contaminações entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.

Enquanto no pico da pandemia, em 2020, na chamada 1ª onda, as contaminações dos trabalhadores de saúde tiveram intensidade maior do que na população em geral, neste ano, o movimento foi diferente.

De dezembro de 2020 a janeiro de 2021, a evolução das curvas era semelhante. A partir do início da vacinação, elas vão em sentido distinto. No início de março, os casos positivos de covid-19 bateram a marca de mais de 1,2 mil por dia na população em geral. Já entre trabalhadores da saúde, que começavam a ser imunizados, o número ficou na casa dos 300.

“O gráfico mostra uma mudança na curva bem interessante e é um dado ilustrativo dos primeiros benefícios da vacinação, já que essa população dos profissionais de saúde tem tido acesso à vacinação mais rapidamente”, explica a infectologista Keny Colares.

A pesquisa consistiu em uma análise de dados do sistema de informações IntegraSUS.

De acordo com o governo do estado, foram aplicadas, até o momento, 494,2 mil doses de vacinas contra a covid-19 em profissionais da saúde. Deste total, 237,6 mil já receberam duas doses da Coronavac. Outros 260 mil ganharam a primeira dose do imunizante da Oxford/AstraZeneca.

O médico cirurgião Ramon Rawache, que atua no Ceará, foi um dos profissionais vacinados. Ele conta que o processo foi confuso, nas primeiras semanas, mas que depois houve um ajuste da dinâmica.

“Na primeira semana tivemos alguma desorganização, tivemos liberação para todos os profissionais, depois notou-se que nem todos estavam na linha de frente e depois andou na velocidade satisfatória. O problema é a limitação da quantidade de doses, o que ainda tem tornado o processo lento”, avalia.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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