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Orquestra Sinfônica recebe investimento na qualidade do som

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R$ 690 milInvestimento a ser feito pela Secretaria de Cultura na renovação de instrumentos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai investir R$ 690 mil na renovação de instrumentos musicais da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), com ênfase para a aquisição de uma harpa, para substituir a que está em uso há mais de 30 anos, e de componentes do naipe de percussão – seção da sinfônica que está mais defasada e demanda maior compra de instrumentos institucionais. Essa lista inclui xilofone, dois conjuntos de pratos de choque de dois tamanhos, sinos tubulares, marimba, gongos orquestrais (ou tantãs, um tipo de tambor de formato cilíndrico ou afunilado) e crotales (pequenos discos afinados de bronze ou latão).

Além da compra de instrumentos, a OSTNCS recebeu outros investimentos neste ano: recursos para gravação dos concertos (R$ 120 mil) e compra de barreiras acrílicas de proteção dos músicos, quando houver o retorno das audições envolvendo o conjunto do corpo sinfônico no pós-pandemia (R$ 35 mil). A orquestra tem ainda um projeto de memória institucional, com investimentos no tratamento de partituras antigas.

O maestro Claudio Cohen considera que instrumentos antigos podem comprometer a performance da orquestra, que a cada dia alcança maiores níveis de excelência | Fotos: Divulgação Secec

“Estamos preparando o retorno gradual de uma das mais importantes sinfônicas do país e precisamos, não só adaptar, com segurança, os musicistas, como também propiciar essa modernização”, destaca o secretário, Bartolomeu Rodrigues,

Qualidade técnica

A aquisição de novos instrumentos significa um investimento na qualidade técnica e artística da orquestra. A busca da excelência sonora passa indubitavelmente pela qualidade dos instrumentos utilizados pelos músicos.

“O instrumento usado é antigo e entrou no período de declínio sonoro que é esperado após tanto tempo de uso. Além desse fator, a tecnologia de construção das harpas atuais evoluiu muito.”Fernando Ouriques, diretor da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro

“A orquestra tem alcançado a cada dia que passa maiores níveis de excelência na sua performance, e instrumentos antigos ou de má qualidade podem comprometer esse resultado”, destaca o maestro Claudio Cohen.

O diretor da orquestra, Fernando Ouriques, anota que “a compra também se justifica porque alguns instrumentos que estavam na orquestra eram emprestados e foram devolvidos na pandemia”.

Segundo o gestor, o ideal é que a orquestra tivesse dois conjuntos de instrumentos, um de qualidade superior, que ficaria para os concertos principais, em local fixo (no Cine Brasília até antes do fechamento dos espaços públicos, por exemplo) e outro, com menor exigência de qualidade, para os concertos itinerantes, como em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais, embaixadas, clubes e eventos externos em que a orquestra se apresenta.

Fernando explica que, apesar dos cuidados de manejo no transporte – com o uso de estojos e veículos apropriados -, mudanças de luz, temperatura e umidade sempre causam leves desgastes.

“O instrumento usado é antigo e entrou no período de declínio sonoro que é esperado após tanto tempo de uso. Além desse fator, a tecnologia de construção das harpas atuais evoluiu muito. Hoje, as harpas possuem uma projeção sonora e precisão de afinação muito superiores às construídas há tantos anos”, relata.

Cristina acredita que o novo instrumento, que cotado em dólar está na casa de US$ 65 mil, “contribuirá para que a orquestra obtenha o justo reconhecimento de seu alto nível técnico e sonoro, para poder entregar ao nosso público um trabalho com o respeito e a dignidade que ele e os músicos merecem”, defende. Cristina, que também é professora de harpa da Escola de Música de Brasília.

Com novas peças do naipe percussão, a OSTNCS terá instrumental à altura dos trabalhos apresentados por artistas de todo o mundo em Brasília

O chefe da seção de percussão, Marcelo Riela, comemora a aquisição do material para o naipe que ocupa. “Sem a substituição desse material, não haveria ensaio”, exclama.

Ele lembra que cada instrumento de percussão sinfônica é único e muito específico. Ressalta que são instrumentos em sua maioria importados, de difícil acesso, e “cada aquisição é de suma importância”.

Riela é bacharel em percussão sinfônica, tem mestrado em educação profissional e trabalhou como percussionista em várias orquestras pelo Brasil antes de entrar na OSTNCS, no qual é o chefe do naipe desde 2007.

O timpanista solista Carlos Tort relata a situação de desconforto que os músicos do naipe de percussão experimentam quando são obrigados a improvisar, utilizando instrumentos que não são exatamente os que a partitura pede. “Alguns maestros ficam contrariados por não ouvir o som da percussão para determinada passagem da obra”, narra.

Tort lembra que a OSTNCS tem uma capacidade enorme de incorporar inúmeros estilos musicais ao seu repertório. “Artistas de todo o mundo apresentam seu trabalho frente à orquestra, solistas ou regentes. Com quantidade de repertório tão heterogênea, do barroco ao contemporâneo, passando pela música popular de diferentes países, arranjos sinfônicos diversos, o instrumental de percussão disponível tem de estar à altura da tarefa”, enfatiza.

Ele explica ainda que, para a percussão tenha como se estender a tudo que produza som que o músico queira experimentar, existe uma base da percussão sinfônica para uso cotidiano, formada por tímpanos, caixas claras, xilofones, glockenspiels, pratos de choque e suspensos, vibrafones, marimbas, tantãs, bateria completa, congas, bongôs, sinos tubulares, triângulos, pandeiros sinfônicos, wood blocks, gongos, matracas, chicotes e crotales.

“Impossível determinar quantos instrumentos existem nesse naipe. O limite é o da imaginação”, sintetiza o bacharel em percussão pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com especialização em teclados de percussão no Conservatório de Estrasburgo (França) e mestre em composição pela Federal do Rio Grande do Sul.

*Com informações da Secretaria de Cultura e  Economia Criativa do DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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