Distrito Federal

Momento histórico para a primeira paciente com covid-19 no DF

Publicado

em


Passava das 14h desta terça-feira (11) quando uma senhora de 53 anos chegou acompanhada do marido para se vacinar contra a covid-19, na Policlínica do Lago Sul, localizada na QI 21. Aparentemente, nada diferente naquela cena corriqueira. Ali, porém, estava um caso simbólico para o Distrito Federal: Cláudia Patrício Costa, a primeira paciente diagnosticada com a doença na capital do país recebia a vacina.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília
Cláudia fez seu agendamento nessa segunda-feira (10) e tomou a primeira dose da vacina dentro de seu veículo nesta terça (11) | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

A advogada, moradora do Lago Sul, viveu seu “momento histórico”, como ela própria define. Portadora de comorbidade, Cláudia fez seu agendamento na segunda-feira (10) e tomou a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz dentro de seu veículo já no dia seguinte. Ela, que passou 105 dias internada em dois hospitais e travou longa luta contra a morte, tinha os olhos marejados e vibrou.

“Estou muito emocionada. Para quem passou o que passei, estive no limiar entre a vida e a morte, ser imunizada é a glória. É a esperança de dias melhores”, afirmou. “Volto a dizer que eu já vivi um dia por vez na minha vida. Hoje em dia, eu vivo um minuto por vez. Não me importa o que vai acontecer”, complementou.

“Acho que tanto o governo federal quanto o GDF fizeram a parte deles. A vacina é boa e vai chegar para todo mundo. Mas temos que contribuir para que dê certo, tomando as medidas de proteção”Claudia Patrício, advogada

Cláudia não exagera quando afirma que “renasceu”. No dia 5 de março de 2020, ela foi internada às pressas no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento para a doença no DF. Passou 46 dias em coma induzido. Depois, seguiu a recuperação em uma unidade particular. Ela e o marido, também advogado, André Costa, 48, testaram positivo após retornarem de uma viagem a trabalho no Reino Unido.

Festa no Dia das Mães

Alegre e de fisionomia aliviada, Cláudia ainda carrega sequelas da covid-19. Voltou a andar há apenas dois meses e teve a perda do movimento de dedos da mão direita. Mas não lamenta o drama vivido. Prefere louvar a vida. “Foi meu primeiro Dia das Mães, depois de tudo. Passei com minhas filhas e meu marido amado”, ressalta. E disse que nunca deixou de acreditar na ciência e nos governantes.

“Acho que tanto o governo federal quanto o GDF fizeram a parte deles. A vacina é boa e vai chegar para todo mundo. Mas temos que contribuir para que dê certo, tomando as medidas de proteção”, lembra. Cláudia, por sinal, vai lançar agora em junho um livro sobre o processo de enfrentamento ao novo coronavírus. Os originais já seguiram para revisão, diz ela.

No caso de André, ainda não chegou a hora de ser imunizado por causa da faixa etária. Mas ele se diz tranquilo e agradece toda a atenção que ambos receberam. “Como fomos os primeiros casos da doença, era a luta contra o desconhecido”, observa. “Não esqueço do olhar dos médicos do Hran. Naquele momento, não temiam tanto pela vida deles, mas pela da Claudia. Isso para mim é a lição do amor que todos têm dentro de si”, complementa o advogado.

Referência

Segundo o diretor do Hran, Paulo Roberto Silva Jr., a unidade conta com médicos de referência na área de pneumologia e clínicos especializados. “O aprendizado foi intenso no último ano. Todos os dias damos alta para pacientes de covid no hospital. Lá, fomos adquirindo expertise em relação aos medicamentos, à fisioterapia e à recuperação pós-covid. O tratamento avançou muito não só lá, mas em vários hospitais do Distrito Federal”, ressalta o médico.

Segundo balanço da Secretaria da Saúde divulgado nesta terça-feira, cerca de 35 mil pessoas com comorbidades já foram vacinadas no DF.

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Continue lendo
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

Publicados

em


No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA