Economia
Mapa digital atualizado indica estoques de carbono no solo brasileiro
Pouco mais de seis anos após a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) disponibilizar o primeiro mapa digital criado para identificar os estoques de carbono orgânico acumulados no solo brasileiro, o comitê Executivo do Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos no Brasil (PronaSolos) apresentou hoje (27) uma versão atualizada da ferramenta.
Disponível na página do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) na internet, o mapa é um instrumento valioso para a tomada de decisões sobre o manejo dos solos, seja no âmbito do poder público, ao qual compete, por exemplo, decidir sobre zoneamento ambiental, seja pela iniciativa privada, como no setor agrícola. Além de indicar a qualidade do solo, a presença do carbono fornece pistas importantes sobre a emissão de gases de efeito estufa, que contribuem para o aumento do aquecimento global.
“Isto é [uma iniciativa] muito importante para a sociedade brasileira em geral e para nossos produtores rurais [em particular], pois precisamos conhecer nosso maior patrimônio, que é o solo”, disse o secretário adjunto da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cléber Soares, acrescentando que o conhecimento sobre os estoques de carbono contribui para que o solo seja usado de forma ambientalmente correta.
“Dependendo da forma como o solo é utilizado, pode estar emitindo ou sequestrando carbono [da atmosfera], pois, quanto maior o conteúdo de matéria orgânica no solo, maior o poder deste sequestrar o carbono”, acrescentou Soares. Ele explicou que um solo degradado – seja por erosão, desmatamento, compactação ou outras causas – não só perde matéria orgânica e capacidade produtiva, como passa a emitir mais carbono para a atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.
O secretário destacou que as informações contidas nas sucessivas atualizações do mapa digital de carbono orgânico nos solos brasileiros já vêm sendo empregadas para subsidiar o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), com o propósito de reduzir a emissão de gases de efeito estufa pelo setor agropecuário.
Maiores estoques
Em uma breve apresentação sobre os resultados verificados com a atualização do mapa, o pesquisador da Embrapa Solos Gustavo Vasques explicou que os maiores estoques de carbono presentes no subsolo brasileiro se concentram na região Sul do país e na Amazônia.
“No Sul, há grandes bolsões na região das serras, onde há solo formado por material mais rico e em altitude – um ambiente onde há uma boa produção de massa vegetal e que propicia o acúmulo [de matéria orgânica] porque a degradação é mais lenta devido ao frio”, afirmou Vasques. “Já na Amazônia, a produção de massa vegetal é muito grande. Então, apesar do clima quente e de muitas chuvas, o que promove a degradação, a ciclagem [absorção] de nutrientes é muito grande, o que promove o acúmulo de carbono.”
Em contrapartida, ressaltou o pesquisador, os solos do Pantanal e da Caatinga retêm menos carbono. “O Pantanal por ter um solo mais arenoso, menos argiloso, que, apesar da grande quantidade de água, mantém pouco carbono. E na Caatinga também temos estoques baixos devido às poucas chuvas, o que afeta a pouca produção vegetal, que é rala e aporta pouco carbono”, disse Vasques.
Ele destacou que, com estoque estimado de 36 bilhões de toneladas de carbono só nos primeiros 30 centímetros de profundidade, o Brasil, pela extensão de seu território, é um destaque internacional quando se trata do assunto. O fato foi também destacado pela coordenadora do Comitê Executivo do PronaSolo e chefe-geral da Embrapa Solos, Lourdes Mendonça Santos Brefin, que atribuiu ao uso racional dos solos “papel crucial e decisivo” nos esforços para conter o processo de mudanças climáticas.
“Trazer o solo para uma agenda global, para uma governança corporativa entre as instituições que trabalham com este recurso natural pode ter um papel muito importante nas mudanças climáticas. E estes mapas têm muito que ver com isto, com este entendimento, especialmente neste momento da COP26 [Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, previsto para o período de 31 de outubro a 12 de novembro, na Escócia], quando os solos agrícolas podem e devem ser parte da solução de mitigação das mudanças climáticas”, acrescentou.
Edição: Nádia Franco
Economia
Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes
Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital
O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.
A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.
Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.
A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.
Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.
Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).
Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.
Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.
No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.
Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás
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