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Inmet emite alerta de chuvas fortes em quatro estados do Nordeste

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) manteve alerta hoje (26) com aviso de chuvas mais intensas a partir de amanhã (27) à noite e se estendendo até o final de semana no litoral do Nordeste, com maior intensidade na Paraíba, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e em Alagoas. Segundo o instituto, são esperadas chuvas que podem variar de 150 a 200 milímetros (mm) por dia.

“Há a previsão de mais chuvas, que podem variar entre 150 mm e 200 mm por dia até o final de semana. Elas devem retornar com mais intensidade a partir de amanhã, sexta-feira à noite se estendendo até o domingo e devem novamente atingir áreas que já sofreram impactos nos últimos dias”, disse a coordenadora geral de Meteorologia Aplicada do Inmet, Márcia Seabra, durante entrevista coletiva sobre o tema.

Desde o início da semana, esses estados já sofrem com os impactos das chuvas que têm causado desastres como deslizamentos, inundações e rompimento de barragens. Ontem (25) o instituto já havia emitido um alerta de perigo, que incluiu também Sergipe.

“Desde a semana passada a gente começou a emitir notícias e notas sobre as condições de chuva na Região Nordeste para os dias seguintes. Essa chuva ficaria concentrada principalmente no leste, desde o litoral de Alagoas até o Rio Grande do Norte e elas foram bem mais intensas desde ontem”, esclareceu Márcia.

Segundo a coordenadora, houve uma elevação acima da média na temperatura das águas dos oceanos que gerou um aumento na umidade. Essa umidade está sendo transportada pelos ventos para o continente, o que acaba gerando um grande volume de chuvas.

Diante da previsão de grande acumulado de chuvas, o Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), responsável pelo acompanhamento desse tipo de situação, disse que já entrou em contato com as defesas civis estaduais e municipais e segue monitorando o cenário.

A secretária nacional de Proteção e Defesa Civil substituta, Karine Lopes, afirmou que já foi feita reunião com as defesas civis nos estados para a troca de informações e antecipação de possíveis situações.

“Essas ações objetivam uma preparação dos órgãos nos estados e municípios para que o risco seja diminuído. Estamos também com equipe em campo para compartilhar as informações para que cheguem aos cidadãos para que eles estejam preparados em caso de ocorrência de desastres”, disse.

Alagoas

Em Maceió, na noite desta quinta-feira, foram registradas 28 ocorrências, a maioria por deslizamento de terra, mas sem vítimas. Já são 75 família desalojados, das quais, 5 estão em abrigo municipal.

Karine disse que a secretaria já encaminhou uma equipe Grupo de Apoio a Desastres (GADE), para atendimento a Maceió e demais municípios atingidos no estado de Alagoas. Para instruir os municípios a fazer a gestão do desastre e instruir no pedido para que o governo federal reconheça como situação de emergência ou calamidade pública para a liberação de recursos.

“Como o desastre está em curso, a gente ainda não recebeu nenhuma solicitação de apoio dos municípios ou do estado. A equipe em campo está acompanhando a situação e nossa equipe aqui no Cenad está monitorando os desdobramentos”, disse.

Karine lembrou que a solicitação para o reconhecimento federal de situação de emergência ou de calamidade pública, bem como pedido para a liberação de recursos, deve ser feita pelos municípios por meio de um sistema integrado de informações sobre desastres.

“Os municípios têm que estar cadastrados e fazer a solicitação do reconhecimento por lá”, enfatizou.

Recomendações

O coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), Tiago Molina Schnorr, disse que os principais riscos esperados são de desastres geológicos, como deslizamentos de terra, e hidrológicos, como inundações, enxurradas e alagamentos. Nesses casos é importante ficar atento a sinais de deslizamentos de terra como rachaduras em paredes, inclinação de postes e a qualquer sinal de elevação do rio, de alagamentos ou enxurradas nas ruas.

“Se o rio tiver aumentando próximo de sua residência sempre é recomendado desligar os equipamentos de energia elétrica, a chave geral, encanamento de gás ou água. São ações importantes para proteger a residência de riscos adicionais provocados pela invasão das águas. A recomendação bastante importante é não enfrentar alagamentos, enxurradas e inundações”, alertou Schnorr.

O integrante do Cenad adverte ainda para a importância de a população ficar atenta às informações divulgadas pelas defesas civis locais.

“É importante a população ficar atenta às recomendações publicadas pelos órgãos oficiais, principalmente pelas autoridades locais, prefeitura e as demais autoridades. Aquelas informações que são assertivas e vinculadas sempre no sentido de proteger a população”, lembrou. “Ficar bastante atento a informações publicadas em mídias sociais e que não são oficiais. Muitas vezes essas informações não oficiais podem trazer um risco adicional se disseminadas”, acrescentou.

Em caso de emergência, a Defesa Civil pode ser acionada no telefone 199 e os bombeiros, no 193.

A população também pode receber mensagens de alerta por SMS da Defesa Civil Nacional no celular. Para isso, basta cadastrar os telefones celulares, por meio do envio de mensagens de texto para o número 40199, com o CEP da região onde mora.

Além disso, é importante ficar atento aos alertas enviados por meio de SMS, TV por assinatura e pelas redes sociais da Defesa Civil Nacional (@defesa civilbr) e do Inmet (twitter: @inmet_ | Instagram: @inmet.oficial).

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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