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GDF lança programa de enfrentamento às drogas

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Segundo levantamento nacional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quase 10% da população brasileira já fez uso de drogas pelo menos uma vez na vida

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), lançou, nesta quarta-feira (2), o programa Acolhe DF, visando a um Distrito Federal livre das drogas. Em parceria com o governo federal, o programa atenderá um público de mais de 20 mil pessoas, ao longo do primeiro ano.

Representando o governador Ibaneis Rocha, o vice-governador Paco Britto recebeu, no evento, o ministro da Cidadania, João Roma, no Salão Nobre do Palácio do Buriti. Para o ministro, o Acolhe DF é uma “ação social transformadora de vida e crucial para a sociedade”. Ele também ressaltou o fato de que esse trabalho representa o caminho do empreendedorismo e uma oportunidade de renda e emprego.

Segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quase 10% da população brasileira já fez uso de drogas pelo menos uma vez na vida. O Brasil, inclusive, como aponta uma pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é o segundo consumidor mundial de cocaína e derivados, atrás apenas dos Estados Unidos.

Prevanção, acolhimento e tratamento são os três eixos da política de enfrentamento nos quais o programa atuará | Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

“As drogas são um grave problema social. Esses dados assustam e levam o nosso governo a criar políticas públicas”, disse Paco Britto. “Não podemos fechar os olhos. O governo Ibaneis Rocha tem mantido os olhos bem abertos nessa questão. Sozinhos não somos nada. Temos nosso maestro, o governador Ibaneis Rocha, que dá o tom, como uma orquestra. Este acolhimento é para fazer o bem”, concluiu.

O programa Acolhe DF atuará nos três eixos da política de enfrentamento às drogas –  prevenção, acolhimento e tratamento –, além da reinserção social dos recuperados e na codependência que acomete as famílias do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).

Comunidades terapêuticas

A Sejus tem parceria com 12 comunidades terapêuticas que oferecem, ao todo, 330 vagas por mês.

Márcio Afonso, 39 anos, está há nove meses se tratando na comunidade terapêutica Deus Proverá. O paciente tem, na família e na vontade de voltar para casa, a força de que precisa para ficar livre das drogas. “Busco a ressocialização e a reintegração a mim mesmo, pois me encontro perdido, fazendo uso das drogas ilícitas. Fundamental essa ajuda aqui [na comunidade]. Sozinho não é possível”, esclareceu.

“Damos as mãos em interesses comuns. São vidas. São cidadãos do DF”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania

O fortalecimento de vínculos familiares, além de compor políticas e diretrizes de serviços públicos, é também uma das medidas cabíveis para o alcance de objetivos relacionados à prevenção do uso e abuso de álcool, tabaco e outras drogas, tratamento e acolhimento, reinserção socioeconômica e codependência.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, falou sobre o trabalho “duro e persistente”, sob os pilares da responsabilidade e da respeitabilidade, cuja ação será um legado do governo para a população de Brasília. “Damos as mãos em interesses comuns. São vidas. São cidadãos do DF. E esse legado da gestão tem custo zero, pois todo processo será feito pelos servidores da Secretaria de Justiça e Cidadania”, pontuou.

O coordenador da comunidade terapêutica Recanto Mercê, Frei Rogério Soares, explica que a população em situação de rua tem várias faces e é bastante complexa. “Ela [pessoa em situação de rua] precisa de um atendimento e um olhar diferenciado e de uma equipe que tenha sensibilidade. Esse programa tem esse olhar e essa capacidade”, elogiou.

Participaram também da cerimônia de lançamento os secretários Gustavo Rocha (Casa Civil) e Júlio Danilo Souza (Segurança Pública), o deputado federal Júlio César Ribeiro, e o presidente do Instituto Barba na Rua, Rogério Barba, além de representantes das comunidades terapêuticas e da sociedade civil.

Mais sobre o programa

Com o atendimento aos dependentes químicos, seus familiares e as ações de prevenção no ambiente educacional, o programa oferecerá serviços de palestras, seminários e demais atividades destinadas à redução dos fatores de vulnerabilidade e risco para a promoção e fortalecimento dos fatores de proteção.

Também atuará no encaminhamento do dependente químico que busca acolhimento em comunidade terapêutica, com auxílio na reinserção social do adicto em fase final de tratamento.

Em abril deste ano, o GDF também firmou um Acordo de Cooperação com a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, do Ministério da Cidadania. O intuito é o acompanhamento da execução, monitoramento e fiscalização das comunidades terapêuticas parceiras da União, que totalizam 850 vagas por mês.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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