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Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste contará com R$ 11,1 bilhões em 2024

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Programação orçamentária foi definida pelo Conselho Deliberativo da Sudeco, nesta quarta-feira (6). Recursos serão divididos igualmente entre as modalidades empresarial e rural

O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) terá à disposição, em 2024, até R$ 11,15 bilhões para financiar ações e projetos voltados ao desenvolvimento sustentável dos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. A programação orçamentária do Fundo para o próximo ano foi aprovada nesta quarta-feira (6), durante a 19ª Reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), em Brasília. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, presidiu a reunião.

“O FCO é um instrumento de grande importância para o financiamento da atividade produtiva na Região Centro-Oeste do Brasil, sobretudo para os micros e pequenos empreendedores e para os agricultores familiares”, destacou Waldez Góes. “Os recursos que serão disponibilizados para crédito vão contribuir para a geração de empregos e de renda e para a melhoria da qualidade de vida da população, o que é um dos principais compromissos do presidente Lula”, completou o ministro.

Dos R$ 11,1 bilhões previstos para o próximo ano, serão destinados R$ 3,31 bilhões para Goiás, R$ 3,31 bilhões para Mato Grosso, R$ 2,41 bilhões para o Mato Grosso do Sul e R$ 1 bilhão para o Distrito Federal. Os recursos serão divididos igualmente entre as modalidades empresarial e rural – 50% para cada. Além disso, o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) contará com R$ 1,11 bilhão.

“Nós precisamos fazer esse dinheiro chegar nas mãos do pequeno e médio empresário, do pequeno agricultor. Nossa região tem uma vocação muito forte para a produção e a gente não consegue ainda ver o nosso pequeno produtor voando como poderia por falta de apoio. É muito importante que a gente consiga democratizar esse recurso”, observou a superintendente da Sudeco, Rose Modesto.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacou que os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste são de grande importância para o desenvolvimento socioeconômico do estado.

 

Fonte: Sudeco

“O FCO foi um fator determinante, talvez a ferramenta mais importante que nós tivemos para atender aquilo que determina a Constituição Federal de 1988, que é a destinação de recursos para combater as desigualdades regionais e para dar condições de competitividade aos nossos setores diante de outros estados”, afirmou. “Esse crédito subsidiado para aqueles que realmente necessitam, com carência alongada de pagamento, vem possibilitando uma geração expressiva de empregos em nosso estado. Só neste ano chegamos a 116 mil”, informou Caiado.
O vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, mais conhecido como Barbosinha, também ressaltou a relevância do FCO para o Centro-Oeste. “Esses valores têm sido extremamente importantes para o desenvolvimento do setor empresarial, do turismo, do comércio, da indústria, na irrigação e na agricultura”, afirmou. “De forma que a manutenção desses recursos do fundo é muito importante, porque eles vieram exatamente para equalizar o desenvolvimento regional”, completou.

Também participaram da reunião, de forma remota, os vice-governadores do Distrito Federal, Celina Leão, e de Mato Grosso, Otaviano Pivetta.

Reunião de julho

A primeira reunião do Condel nesta gestão foi realizada no dia 7 de julho, quando foram aprovados o Plano Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste (PRDCO) para o exercício de 2024 a 2027 e uma proposta do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) que autoriza a criação de uma linha de microcrédito, com recursos do FCO, para negócios com renda bruta anual de até R$ 360 mil.

“O microcrédito tem sido uma prioridade desta gestão do Governo Federal, que tem chamado os bancos públicos, as agências de desenvolvimento regional, as superintendências e os Ministérios para assumir essa responsabilidade”, destacou, na ocasião, o ministro Waldez Góes. “Esta é uma proposta feita por nós, do MIDR, que vai trazer benefícios diretos para a região, tanto na geração de renda quanto de postos de trabalho”, completou.

Waldez Góes destacou que a linha de microcrédito vai ao encontro do compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reduzir as desigualdades regionais. “O presidente sempre ressalta a importância de incluir, novamente, os mais pobres no orçamento, de promover o crescimento das regiões mais vulneráveis e de fortalecer a agricultura familiar”, aponta. “Essa linha vai ser de grande importância nesse sentido”, afirmou na reunião de julho.

Confira neste link outras propostas aprovadas na reunião de julho do Condel da Sudeco.

Sobre o FCO

O FCO é um fundo criado pela Constituição de 1988 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste, mediante programas de financiamento aos setores produtivos, buscando maior eficácia na aplicação dos recursos. As empresas e os produtores rurais que desejarem iniciar, ampliar ou modernizar atividades produtivas, na região, podem contar com o apoio do FCO para financiar seus empreendimentos com longos prazos de pagamentos e de carência, além de taxas de juros diferenciadas.

A cada ano, a execução dos recursos do FCO é realizada por meio de programas de financiamento elaborados pelo Banco do Brasil, seguindo as diretrizes e orientações gerais do MIDR e pelas prioridades setoriais e espaciais estabelecidas pela Sudeco, em consonância com os Planos Regionais de Desenvolvimento.

O público prioritário do fundo são empresas e produtores rurais, pessoas físicas e jurídicas, além das cooperativas de produção e associações de produtores que desenvolvam atividades produtivas nos setores agropecuário, mineral, industrial e agroindustrial, preferencialmente pequenos tomadores.

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Governo de Goiás orienta pecuaristas sobre prazos e novas regras para declaração de rebanho

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Período para registrar informações no Sistema de Defesa Agropecuária começa no dia 1º de maio, mesma data de início da vacinação obrigatória contra raiva de herbívoros nos municípios de alto risco para doença

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), alerta os produtores rurais que começa no dia 1º de maio o prazo oficial da primeira etapa de declaração obrigatória de todo o rebanho existente nas propriedades rurais goianas e de vacinação contra a raiva de herbívoros no estado. O calendário, tanto de declaração quanto de imunização, está previsto na Portaria nº 182 da Agrodefesa, do dia de 10 de abril de 2024.

O documento estabelece que, no período de 1º de maio a 15 de junho deste ano, o pecuarista deverá imunizar animais de todas as idades de espécies bovina, bubalina, equídea (equina, muar, asinina), caprina e ovina nos municípios considerados de alto risco para a raiva em Goiás. Já o prazo para a declaração de rebanho nos 246 municípios goianos e de comprovação da vacinação antirrábica será de 60 dias, ou seja, de 1º de maio a 30 de junho.

A declaração deve ser realizada pelo Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), por meio de login e senha exclusivos do titular da propriedade. A orientação da Agrodefesa é que os dados informados na declaração sejam compatíveis com a realidade da propriedade, desde cadastro, quantidade de animais, mortes, nascimentos e evolução do rebanho.

A novidade deste ano é que o produtor terá que informar, de forma detalhada, o mês de nascimento de todos os bovinos e bubalinos que, na data da declaração, tenham entre zero e 12 meses de idade. Por causa dessa medida, que pode suscitar dúvidas no momento do preenchimento, os produtores que possuem até 50 cabeças de animais poderão fazer o lançamento das informações no Sidago de forma presencial nas Unidades Operacionais Locais (UOLs) da Agrodefesa. As equipes da Agência estarão disponíveis para receber o pecuarista e auxiliá-lo no lançamento dos dados no sistema. Não serão aceitas informações enviadas à Agência ou unidades via e-mail, fax ou Correios.

Produtor tem 60 dias para inserir dados sobre quantidade de animais e imunização do rebanho no Sidago, contando a partir de 1º de maio

Produtor tem 60 dias para inserir dados sobre quantidade de animais e imunização do rebanho no Sidago, contando a partir de 1º de maio

Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o produtor goiano já conhece os calendários de declaração de rebanho e de imunização e tem cumprido a legislação. “Porém, é papel da Agência, por meio de orientação e educação sanitária, reforçar as datas e informar como proceder para efetuar os processos. Goiás é, hoje, referência na pecuária e muito se deve ao compromisso de produtores em manter a sanidade animal e ao trabalho desenvolvido pelos profissionais da defesa agropecuária”, destaca.

O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Augusto Amaral, acrescenta que todos os dados devem ser cadastrados e atualizados no sistema, e estarem compatíveis com a quantidade que o pecuarista possui na propriedade. “Com essas informações, a Agrodefesa tem condições de monitorar os rebanhos, realizar ações pontuais e ainda promover respostas rápidas caso seja notificado algum foco de doença”, argumenta. “Esse trabalho protege o rebanho goiano e os produtores, bem como toda a sociedade, ao evitar a disseminação de doenças diversas”, reforça.

Etapas
A vacinação contra a raiva de herbívoros é realizada em duas etapas em Goiás, sendo a primeira de 1º de maio a 15 de junho; e a segunda de 1º de novembro a 15 de dezembro. O prazo passou a ser de 45 dias, a partir da segunda etapa de 2023, a pedido do setor produtivo rural. A Agrodefesa atendeu a demanda, com o intuito de proporcionar tempo hábil de imunização de todo o rebanho nos municípios de alto risco para a doença. Para mais informações, acesse goias.gov.br/agrodefesa ou procure o escritório local da Agrodefesa.

Fotos: Enio Tavares, Hellian Patrick e Adalberto Ruchelle / Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás

 

 

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