Saúde

Fiocruz ajuda mães de crianças com necessidades especiais

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Os 21 anos do Projeto Novos Caminhos, comemorados este ano, mostram a preocupação do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), de cuidar das mães de crianças especiais atendidas pela instituição. “Cuidar de quem cuida” é a proposta do trabalho.

Regina Almeida, uma das responsáveis atualmente pelo projeto, disse à Agência Brasil que o objetivo principal é dar condições às mães com crianças especiais de aprenderem artesanato e conquistar uma forma de ter renda para a família. O projeto constitui também apoio terapêutico para as mães que acompanham os filhos internados e aquelas cujos filhos vão para casa, mas continuam precisando de atenção especial.

Durante a pandemia do novo coronavírus, o projeto não teve condições de dar aulas presenciais e proporcionou às mães aulas no formato online, pelo Youtube e Facebook. “A gente disponibilizou um kit para as aulas”. No momento, o IFF/Fiocruz já retomou as aulas presenciais, que são dadas às segundas e quintas-feiras, embora com um número reduzido de alunos, para evitar aglomerações e seguindo todas as regras sanitárias, como uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e distanciamento. Algumas professoras com idade avançada ainda não retornaram ao IFF, explicou Regina.

Doações

O Projeto Novos Caminhos recebe doações de fraldas descartáveis, leite em pó, material de higiene pessoal, “porque às vezes muitas mães têm de internar os filhos e vêm despreparadas, sem nada”, material de higiene da criança. São aceitas também roupas e material de artesanato. Regina comentou que outro tipo de doação é feita pelas “madrinhas” que “adotam” um afilhado e têm responsabilidade mensal com doações fixas de fraldas, leite em pó, sondas. “Ajudam famílias cujas crianças especiais já estão em casa. É um programa de amadrinhamento”, classificou Regina.

Quem quiser doar para o projeto pode entregar os produtos na recepção do IFF, na Avenida Rui Barbosa, 716, Flamengo, zona sul do Rio, de segunda à sexta-feira, das 8h às 16h, mencionando que é para o Novos Caminhos. Pode entrar ainda em contato com a equipe do projeto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 21-25541769.

As crianças consideradas com necessidades especiais de saúde são denominadas “crianes”. Essas necessidades podem incluir o uso de medicação específica e contínua, equipamentos de auxílio à respiração, alimentação não oral, entre outras.

Tempo de luto

A coordenadora do projeto até 2019, Laura Santos, atualmente voluntária, disse que, ao nascer uma criança especial, todo o universo conhecido da mãe se modifica. “Percebemos que na primeira descoberta das limitações da criança, essa mãe vê todo o seu mundo conhecido desmoronar”. Acrescentou que o nascimento do filho sonhado e idealizado, após o primeiro diagnóstico, se transforma em tempo de luto. “Esse é o momento em que a mãe precisa conviver com a nova realidade”. O momento de frustração se agrava para as mães porque, muitas vezes, vem acompanhado pela perda do companheiro, disse Laura.

A realidade hospitalar, até então desconhecida, passa a fazer parte da rotina dessas mães. O Projeto Novos caminhos busca acolher essas mulheres, mostrando que são capazes de realizar coisas belas e novas. “Enquanto bordamos um pano, costuramos a vida e vamos fechando as feridas. Um café quente aquece o coração. Boas palavras mudam toda uma visão. Para tudo na vida há um recomeço, um novo caminho. Cuidar de quem cuida, essa é a nossa missão”, destacou Laura.

Comercialização

Regina Almeida acrescentou que, após a conclusão dos cursos, as mães têm a oportunidade de serem inseridas no programa “Iniciativa ao Trabalho”, podendo receber uma bolsa de incentivo, como resultado da parceria entre o Projeto Novos Caminhos e o Amigos do Figueira, que apoia a comercialização dos produtos. A renda é revertida para as famílias das artesãs e para a continuidade e implementação de novos cursos. O projeto também aceita encomendas de trabalhos manuais.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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