Distrito Federal
Espaço Renato Russo retoma Vitrine Virtual
A segunda edição da Vitrine Virtual Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), na 508 Sul, abre as inscrições para artistas do DF interessados em divulgar seus trabalhos no Instagram do equipamento, gerido da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com republicações em outros perfis da pasta. Podem concorrer obras de artes visuais, cênicas, música, performance, contos curtos, poesia, HQs e slam (recitação de poemas), entre outros formatos.
“Recebi muitas mensagens preciosas que todo artista gostaria de receber, uma forma de ‘cachê afetivo’ para continuarmos a fazer o que fazemos” Marcos David, ator
No ano passado, a iniciativa superou as expectativas. Os 18 trabalhos selecionados alcançaram quase 76 mil pessoas, foram curtidos por mais de 6 mil, receberam mais de 200 comentários e foram compartilhados mais de mil vezes.
Os trabalhos podem ser enviados até 17 de abril, pelo e-mail [email protected]. Somente serão aceitas peças originais, de conteúdo autoral, em formatos cujos detalhes serão divulgados no perfil do Espaço Cultural Renato Russo no Instagram. O resultado, com os trabalhos escolhidos pela Secec, será divulgado às 17h de 26 de abril. A escolha será feita pela equipe do ECRR, que entrará em contato por e-mail com os selecionados para fechar o cronograma de apresentações.
Sucesso na mídia
Antes da pandemia, o artista Marcos David, de Ceilândia, circulava por semáforos nas ruas de sua cidade, com incursões por outros locais do DF – a Praça do Relógio, em Taguatinga, e pontos em Samambaia e no Plano Piloto –, com a performance Poesia de Maleta. Entusiasta do projeto da Secec, ele foi o recordista de visualizações no Instagram do ECRR (50.272).
“Foi uma iniciativa espetacular, literalmente”, conta Marcos, que é bacharel em interpretação teatral pela Universidade de Brasília (UnB). “Depois da veiculação do meu trabalho, cerca de 100 pessoas começaram a seguir meu perfil [@gillacenico]. Recebi muitas mensagens preciosas que todo artista gostaria de receber, uma forma de ‘cachê afetivo’ para continuarmos a fazer o que fazemos.”
“A Vitrine cumpriu o papel de movimentar, anunciar e expor o artista brasiliense, em um período delicado em que todos precisavam de algo para ver” Verônica Saiki, produtora de curtas
O artista, que tirou de sua poética maleta mensagens como “Mais amor, por favor”, compara a reação dos transeuntes da capital federal, na espontaneidade que costumam manifestar, com a das crianças: “O público leigo é mais aberto e sensível que aqueles que frequentam teatro. São muito sinceros e afetuosos em suas manifestações”.
Projeto contínuo
O gerente do Espaço Cultural 508 Sul, Renato de Oliveira Santos, explica que a decisão de fazer da Vitrine Virtual Artística do ECRR uma ação continuada foi fruto do grande alcance da primeira edição.
“É importante que, na atual conjuntura, os artistas continuem em destaque na cena cultural do DF, tanto para divulgação dos seus trabalhos quanto pelo acalento para as pessoas nesse momento difícil pelo qual estamos vivendo”, opina o gestor, formado em administração de empresas com pós-graduação em gestão estratégica de pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Outra artista que se destacou na primeira edição da Vitrine foi Verônica Saiki. Seus curtas de animação celebrando os 60 anos da capital federal – Pedacinhos de Brasília 1 e Pedacinhos de Brasília 2 – chegaram perto de 2 mil visualizações. Verônica tem trabalhos concorrendo ao Prêmio Ludopedia 2020, competição voltada para jogos de tabuleiro do Brasil. O jogo que criou, Sanduíche, está entre os cinco finalistas na categoria Design Nacional Infantil. A votação vai até o final do mês, e ela acredita que a Vitrine ajudou a dar mais visibilidade ao seu esforço dentro da economia criativa.
“As curtidas e interações na postagem me trouxeram alegria também, algo que foi além do monetário”, conta. “A Vitrine cumpriu o papel de movimentar, anunciar e expor o artista brasiliense, em um período delicado em que todos precisavam de algo para ver, principalmente algo alegre. A Vitrine é de grande valia para todos.”
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Distrito Federal
Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental
No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.
No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.
Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.
Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.
“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental
A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.
O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.
*Com informações do Brasília Ambiental
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