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Escolas do Grupo Especial do Rio iniciam finais para sambas de 2023

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As finais para as escolhas dos sambas enredo que as escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro levarão para o Sambódromo na Marquês de Sapucaí em 2023 começam hoje (7), às 22h, e seguirão até o dia 23.

Segundo o calendário da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), a primeira entre as 12 agremiações da chamada elite do carnaval carioca a escolher o samba enredo será a Paraíso do Tuiuti e, depois, a Mocidade Independente de Padre Miguel. Ainda neste fim semana, a Mangueira escolhe o samba amanhã e a Vila Isabel no domingo (9).

O carnaval em 2023 será nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro.

Para o diretor de marketing da Liesa, Gabriel David, a definição das datas vai permitir que o público acompanhe as finais em dias diferentes. “Isso possibilita que os sambistas possam estar em todas as quadras das escolas de samba do grupo especial. Isso já era um desejo antigo e a gente conseguiu concretizar esse ano, pela primeira vez na história do carnaval. Vai ser muito importante não só para garantir que todas as quadras estarão lotadas, mas também para mostrar a relevância do carnaval, para que mais pessoas possam conhecer como funciona as escolhas e essas grandes festas que as escolas preparam em suas quadras”, disse em entrevista à Agência Brasil.

“A gente está esperando 12 noites muito especiais nas quadras das escolas, o que está começando hoje, sexta-feira, na quadra da Paraíso do Tuiuti, e vamos encerrar no dia 23 na quadra da Mocidade. Serão 12 dias muito importantes e de grande festividade” afirmou David.

Acrescentou que quem ainda não conhece uma final de samba vai gostar muito e quem já conhece terá oportunidade de viver momentos incríveis, levando em consideração que, no ano passado, por causa da pandemia da covid-19, não houve as finais nas quadras.

“As últimas finais foram em 2019 preparando para o carnaval de 2020, então, já são três anos sem finais nas quadras. Com certeza vai ser um encontro memorável e muito importante para o carnaval”, avaliou.

Dias diferentes

Na opinião do cantor Zé Paulo Sierra, intérprete da Viradouro desde 2014, embora a intenção tenha sido de reservar dias diferentes das finais, ainda assim, haverá coincidência de datas de escolas que ainda tiverem de fazer semifinais antes da escolha do samba vencedor.

“É uma boa ideia, mas precisa ser melhor apurada para que as coisas funcionem melhor. Acho válido, mas é sempre bom ter um olhar crítico para melhorar sempre. A gente precisa estar em constante evolução”, observou.

Zé Paulo já teve a emoção de ser a voz que animou uma escola vencedora. No carnaval de 2020, ele defendeu o enredo Viradouro de Alma Lavada, que resultou no campeonato daquele ano. O intérprete gosta de participar das eliminatórias para a escolha do samba vencedor.

“Já é um ensaio para mim, que vou apresentar na avenida. Já tenho três sambas na cabeça. Um desses três vai ser o escolhido e a gente vai tratando cada um com o carinho que merece. Me sinto muito feliz, confiante e preparado, principalmente porque sei do tamanho da responsabilidade e o quanto significa para um compositor de samba enredo”, opinou.

“Prepare o seu coração porque vem aí um grande carnaval em 2023, não só com a volta dos desfiles na  data do calendário oficial, mas também com a missão de estar encerrando o maior espetáculo da Terra. A Viradouro, com certeza com Rosa Maria Egipcíaca, vai fazer um grande desfile e se candidatar mais uma vez ao título do carnaval carioca”, concluiu, destacando o nome da homenageada pela escola, que, segundo o enredo, é autora do mais antigo livro escrito por uma mulher negra no Brasil.

Calendário das finais

7 de outubro: Paraíso do Tuiuti
8 de outubro: Estação Primeira de Mangueira
9 de outubro: Vila Isabel
11 de outubro: Salgueiro
14 de outubro: Portela
15 de outubro: Império Serrano
16 de outubro: Viradouro
17 de outubro: Imperatriz Leopoldinense
20 de outubro: Beija-Flor de Nilópolis
21 de outubro: Grande Rio
22 de outubro: Unidos da Tijuca
23 de outubro: Mocidade Independente de Padre Miguel

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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