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Escolas de dança e de música abrem processo seletivo em São Paulo

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A São Paulo Escola de Dança – Centro de Formação em Artes Coreográficas está com inscrições abertas para os cursos regulares de Dança e Performance, Coreografia (direção, dramaturgia, coreografia e sonoplastia), Figurino da Dança, Multimídia para Dança, Produção e Gestão Cultural, Técnicas da Cena (cenotecnia, luz, som e palco) e Técnicas da Dança (clássica, moderna e contemporânea). As inscrições vão até o dia 30 de novembro e podem ser feitas pelo site por qualquer interessado com idade acima de 16 anos.

Os cursos são modulares, com duração de 2 anos, totalizando 1,6 mil horas. As aulas do período matutino acontecem de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 12h, e sábados, das 8h às 12h. As do período vespertino são de segunda-feira a sexta-feira, das 13h30h às 17h30h, e sábados, das 8h às 12h. Todas as vagas são gratuitas. O início das aulas será em fevereiro de 2023, na sede da escola no 3º andar do Complexo Júlio Prestes, no centro de São Paulo.

Os cursos capacitam os estudantes de forma técnica e artística para que possam ocupar diferentes posições na cadeia produtiva da dança. Metade das vagas é destinada a pessoas de baixa renda ou situação de vulnerabilidade social ou relacional; 20% são voltadas a pessoas negras ou de origem indígena.

Para estimular a permanência dos alunos nos cursos, a escola oferecerá 75 bolsas de estudo no valor de R$ 2.860 às pessoas aprovadas para o primeiro semestre de 2023. O valor deverá ser solicitado por meio de um processo de seleção.

Segundo a diretora Artística e Educacional da escola, Inês Bogéa, a abertura desse processo seletivo é uma etapa importante para a São Paulo Escola de Dança. Desde o início do ano, a escola já tem 170 estudantes matriculados nas primeiras turmas dos cursos regulares; 80 matriculados nos cursos de Iniciação à Dança e mais de 300 estudantes nos cursos de Extensão Cultural.

“Em 2023 esperamos receber em torno de 500 estudantes diariamente em nossa sede, para pensarmos e construirmos juntos uma dança. A São Paulo Escola de Dança é um projeto comprometido em dar voz e espaço para a reflexão, aprendizado e troca de saberes entendendo a diversidade de corpos e estéticas como premissas da formação e profissionalização”, disse Inês.

Mais detalhes sobre os cursos podem ser consultados no site da escola.

Música

A Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim também está com inscrições abertas para mais de 300 vagas dos cursos gratuitos de formação e especialização musical. Os cadastros podem ser preenchidos até o dia 22 de novembro. Os cursos são de prática de canto e instrumentos variados como piano, violino, violão, guitarra, harpa, flauta, contrabaixo, saxofone, trompete, bateria, acordeão, entre outros. As aulas acontecem presencialmente e tem previsão de início em 13 de fevereiro, na sede da escola, no bairro da Luz, em São Paulo.

Os cursos de formação são divididos em três ciclos, tendo cada um os seguintes limites de idade: até 13 anos para o 1º ciclo; até 16 anos para o 2º ciclo; e até 21 anos para o 3º ciclo. Já os cursos de especialização correspondem ao 4º ciclo. Nessa modalidade são oferecidos cursos de especialização em música instrumental, música antiga, composição e regência coral e não há limite de idade para o ingresso.

Nesse processo seletivo também estão abertas as inscrições para ingresso de bolsistas nos grupos artísticos: Banda Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Theatro São Pedro e Orquestra Jovem Tom Jobim, com limite de idade até 25 anos, e Academia de Ópera do Theatro São Pedro e Coral Jovem do Estado destinados a jovens com idade até 28 anos.

As inscrições devem ser feitas pelo site da Emesp Tom Jobim.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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