Nacional

ES e MG querem novo acordo por danos após rompimento de barragem

Publicado

em


Cinco anos e seis meses após assinarem, junto com a União, um acordo bilionário com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, os governos do Espírito Santo e de Minas Gerais tentam renegociar os termos do compromisso que as empresas assumiram para reparar parte dos danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido no subdistrito de Bento Rodrigues, na cidade de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. Dezenove pessoas morreram e toneladas de rejeitos tóxicos atingiram a bacia do Rio Doce, chegando à costa capixaba. 

Inicialmente, o Termo de Ajustamento de Conduta previa que as empresas investissem em torno de R$ 20 bilhões em ações de recuperação ambiental e socioeconômica. Contudo, o texto homologado pela Justiça Federal em maio de 2016 terminou por não especificar valores, referindo-se apenas à obrigação da Samarco, Vale e BHP Billiton restabelecerem integralmente as condições ambientais e socioeconômicas. O Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, ingressou com uma ação civil pública contra as empresas em que avalia que os danos chegam à casa dos US$ 42 bi – cerca de R$ 226 bi pelo câmbio da manhã desta quarta-feira (29).

O acordo também estabeleceu que a Samarco criasse uma entidade, a Fundação Renova, encarregada de executar os programas ambientais e socioeconômicos. Desde então, todo o dinheiro destinado às ações de saúde, educação pública, turismo, lazer e infraestrutura executadas para compensar os estragos causados às 39 cidades (35 mineiras e quatro capixabas) afetadas na calha do Rio Doce é depositado em um fundo controlado pela própria Justiça Federal, à qual cabe atestar a viabilidade técnica e orçamentária das obras e projetos.

Alegando buscar um “acordo mais justo”, os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, vêm reivindicando uma repactuação do Termo de Ajustamento de Conduta. A principal reivindicação dos dois governadores, que contam com apoio de prefeitos da região atingida, é que o dinheiro destinado às obras de melhorias seja repassado diretamente aos cofres públicos estaduais. O argumento é que, assim, o processo será menos burocrático e mais rápido.

“Após seis anos do desastre, Minas e Espírito Santo ainda assistem, com muita lentidão, os resultados esperados. Por isso, os dois estados unirão esforços para que haja mais agilidade”, declarou Zema, no dia 12 de agosto, quando se reuniu com Casagrande, em Vitória, para discutir as mudanças que os dois governadores julgam necessárias. Na ocasião, Casagrande ressaltou que os governadores querem que o processo de compensação e reparação seja menos burocrático. “Estamos unidos para fazer a defesa de uma nova repactuação para que se tenha mais agilidade para recuperar a Bacia do Rio Doce, indenizar as pessoas que sofreram e para que possamos ter um legado após esse desastre”.

Na semana passada, representantes das mineradoras e dos governos do Espírito Santo e de Minas Gerais se reuniram, na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, para uma primeira rodada presencial de discussão sobre a possibilidade de repactuação do Termo de Ajustamento de Conduta – iniciativa que conta com o apoio manifesto do CNJ. Também participaram da conversa servidores da Advocacia-Geral da União (AGU), da Defensoria Pública da União (DPU) e dos ministérios públicos da União (MPU) e dos estados (MP-MG e MP-ES), além de membros do Fórum de Prefeitos.

Uma nova rodada de negociação acontece hoje (29) e amanhã (30), em Belo Horizonte. Segundo a assessoria da secretaria mineira de Planejamento e Gestão (Seplag), participarão do encontro representantes dos governos estaduais e federal, do CNJ, do Ministério Público, da Defensoria Pública e das empresas Samarco, Vale e BHP Billiton.

Aprimoramento e Simplificação

Ao fim da reunião da semana passada, o CNJ divulgou uma nota em que se limitou a informar que as conversas dos últimos dias 22 e 23 tiveram o “objetivo de dar prosseguimento às negociações de repactuação”, visando ao “aprimoramento dos programas” e a “simplificação de sua execução”.

“Foram discutidos mecanismos para produzir maior efetividade na execução das ações de reparação [e] iniciadas conversas sobre melhorias necessárias nos programas de proteção social”, informou o conselho.

Também em nota, o governo mineiro acrescentou que a primeira rodada de negociação se pautou por aspectos e propostas já defendidas na chamada Carta Conjunta de Princípios (ou de Premissas), que as partes divulgaram em junho deste ano. Entre outras coisas, o documento estabelece que as negociações para uma “possível repactuação” não devem paralisar, suspender ou causar qualquer descontinuidade nos projetos já em curso.

“A rodada de discussões [da semana passada] foi um avanço, mas ainda há muitos desafios pela frente, em especial definir mecanismos para acelerar os projetos hoje em execução pela Fundação Renova. Esses detalhes ainda não foram definidos e a nossa principal preocupação é a definição desses mecanismos para agilizar esse processo”, declarou o secretário adjunto de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luís Otávio de Assis, coordenador do Comitê Gestor Pró-Rio Doce, na nota.

Secretário-executivo do Fórum de Prefeitos do Rio Doce, o ex-prefeito de Mariana Duarte Júnior esteve em Brasília na semana passada e se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com quem conversou sobre a situação das cidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. Para Júnior, a negociação para uma eventual repactuação do Termo de Ajustamento deve garantir espaço também aos representantes das cidades atingidas.

“Quando foi assinado o primeiro acordo, houve uma grande injustiça. E é por isso que as coisas não caminharam bem. Os municípios não foram parte do acordo, não foram ouvidos”, disse Júnior durante a audiência com Pacheco. “Nossa primeira solicitação é que os municípios possam estar representados para que possamos demonstrar o que esperamos e o que entendemos ser de importância para os municípios atingidos.”

Representantes de grupos de pessoas atingidas pelo desastre também reivindicam participação nas negociações. No último dia 10, o CNJ realizou uma primeira audiência pública virtual (https://www.youtube.com/watch?v=MU3Q2Koj3-w&t=1191s) para ouvir as vítimas e conhecer suas prioridades. “Esta é a primeira vez que conseguimos chegar onde deveríamos chegar. Quantos anos estamos lutando para que pudéssemos falar aqui hoje?”, disse a representante da Comissão de Atingidos de Barra Longa (MG), Simone Silva. “Mas quero deixar claro que reunião online não é participação. Esperamos que não conste em nenhum documento que os atingidos tiveram participação [na renegociação] sem que haja uma reunião presencial, principalmente nos nossos territórios. Também queremos garantir que o já acordado seja garantido. Não adianta fazer novos acordos sem garantir [o cumprimento] do que já foi acordado. Muitos dos direitos que conquistamos continuam só no papel. ”

Por e-mail, a Fundação Renova informou que não integra o grupo que discute a repactuação do acordo de 2016. A entidade reafirmou seu compromisso com a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão e garantiu que, até agosto deste ano, já tinha investido cerca de R$ 15,57 bilhões em ações de recuperação e compensação, além de ter pago R$ 5,71 bi em indenizações e auxílios financeiros emergenciais a mais de 336 mil pessoas.

A Samarco acrescentou que, até o momento, só participou da discussão de um cronograma das negociações para repactuação do Termo de Ajustamento de Conduta, não tendo debatido aspectos financeiros. Reafirmando seu compromisso com as comunidades atingidas, a empresa afirmou que a Carta Conjunta de Princípios, de junho deste ano, “norteia o aprimoramento dos acordos já celebrados”, de maneira a permitir a integral e definitiva reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook

Nacional

“É um compromisso nosso deixar o Rio Grande do Sul como era antes da chuva”, diz Lula em reunião ministerial

Publicados

em

Junto com 38 ministros, presidente faz balanço do que já foi realizado para mitigar os danos causados pela chuva no estado e define próximos passos

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou reunião extraordinária com todos os 38 ministros e ministras nesta segunda-feira, 13 de maio, para discutir as medidas adotadas pelo Governo Federal em resposta às fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul.

“Teremos mais um anúncio para as concessões de benefícios das pessoas físicas, depois o que nós vamos continuar fazendo, recuperação de estrada, questão de energia, telecomunicações, saúde, educação, portos, aeroportos, é uma infinidade de problemas que a gente vai ter que cuidar e que não é uma coisa de curto prazo, é uma coisa de médio, eu diria até quase longo prazo”, iniciou Lula.

Mais cedo nesta segunda-feira, o Governo Federal anunciou a suspensão por três anos da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo para a reconstrução do estado. Além disso, R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida serão perdoados. “Recuperar aquele estado vai ser difícil, mas é um compromisso nosso de deixar o Rio Grande do Sul como era antes da chuva”, sublinhou o presidente.

As medidas agora apresentadas somam-se aos R$ 50,9 bilhões que haviam sido destinados — entre antecipação de programas sociais e liberação de crédito para o RS — e aos R$ 12,1 bilhões liberados por Medida Provisória para diversos órgãos federais executarem ações necessárias no atendimento aos municípios.

De acordo com Lula, o planeta vive tempos difíceis porque “a questão climática é mais séria do que muita gente tenta acreditar que é”. O presidente ainda pontuou: “o mundo está passando por um processo de transformação que somente nós, seres humanos, seríamos capazes de controlar se tivermos capacidade, competência, sabedoria para nos comportarmos de acordo com aquilo que a ciência nos ensina”.

O presidente reforçou o compromisso do Brasil em colaborar para frear o aumento da temperatura global. “Não podemos deixar o planeta Terra ter um aquecimento acima de 1,5ºC. Isso é um compromisso. Para isso, nós temos que cuidar da energia, nós temos que cuidar da floresta, temos que cuidar da água”, acrescentou.

BALANÇO — Segundo a atualização da Defesa Civil, às 19h desta segunda-feira, 450 municípios estão afetados pelos efeitos das chuvas. São 77,4 mil pessoas em abrigos, 538 mil pessoas desalojadas e 2,12 milhões de pessoas afetadas. O número de mortes chegou a 147, com 127 registros de desaparecidos. O trabalho integrado das Forças de Segurança federal, estadual, municipal e de voluntários resultou em 76,4 mil salvamentos de pessoas e 10,8 mil animais.

Durante a terça e quarta-feira não são esperadas precipitações expressivas no estado (a precipitação estará localizada entre Santa Catarina e Paraná), mas devem continuar as baixas temperaturas. Entre quinta-feira (16) e sexta-feira (17) estão previstas novas precipitações na porção norte do Rio Grande do Sul, em princípio, com volumes inferiores aos registrados no último final de semana, mas ainda significativos. Após isso, as precipitações devem novamente diminuir (ou cessar), até os primeiros dias da próxima semana, quando, novamente, existe chance de chuva, ainda a ser confirmada.

PLANOS APROVADOS — O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) avaliou e aprovou 194 planos de trabalho para resposta, restabelecimento e reconstrução das localidades afetadas pelas fortes chuvas no estado. Com efeito, R$ 157 milhões serão repassados pelo Governo Federal para as ações de Defesa Civil. Outros 93 planos de trabalho estão em análise, somando mais R$ 72,9 milhões solicitados pelos municípios.

SATÉLITE — A Polícia Federal oferece acesso gratuito a imagens de satélite de alta resolução para regiões em estado de calamidade no Rio Grande do Sul. A ideia é auxiliar órgãos públicos na resposta a desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra. A ação ocorre por meio do Programa Brasil Mais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Todos os municípios gaúchos podem solicitar acesso, mas os que decretaram calamidade terão prioridade. Os órgãos estaduais também podem solicitar adesão. Para solicitar o acesso, os órgãos públicos devem enviar e-mail do gabinete da maior autoridade da instituição, por exemplo, do prefeito ou do gabinete do prefeito. O e-mail deve ser enviado para o endereço eletrônico . Na mensagem, é necessário fornecer informações básicas, como nome, sigla e endereço da instituição; nome, cargo e e-mail da autoridade e dos pontos focais e a lista de usuários para acesso.

FRONTEIRAS — A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem se somado aos esforços para facilitar os fluxos de pessoas e de bens de origem e destino para o Rio Grande do Sul. A interlocução com os países fronteiriços tem permitido atuar imediatamente na adequação de regras aplicáveis ao transporte de cargas e de passageiros. Como resultado, a entrada no país de veículos com donativos recebe tratamento prioritário. Além disso, a Argentina suspendeu a exigência de licença especial para veículos zero quilômetro e o Uruguai flexibilizou pontos de ingresso e saída de seu território.

VOOS COMERCIAIS — Os primeiros voos extras da malha aérea emergencial para o Rio Grande do Sul começaram a chegar no interior do estado. Desde sábado, Gol, Latam e Azul operam com voos para Passo Fundo, Santo ngelo e Caxias do Sul. Nesta segunda, os voos seguiram para Passo Fundo, Santa Maria, Uruguaiana e Caxias. A malha aérea faz parte do plano de 116 voos semanais nesta primeira fase do plano de aviação emergencial na região, sendo 88 no Rio Grande do Sul e 28 em Santa Catarina. A definição foi resultado de uma força-tarefa que reúne Ministério de Portos e Aeroportos, Anac, ABR, Infraero, Abear e companhias aéreas. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, segue interditado por tempo indeterminado.

CRÉDITO RURAL — Os municípios do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes, alagamentos, enxurradas, deslizamentos ou inundações estão autorizados a renegociar operações de crédito rural. A decisão foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional, em sessão extraordinária em 10 de maio. A Resolução CMN Nº 5.132, que autoriza a renegociação, foi publicada nesta segunda-feira, 13 de maio, no Diário Oficial da União. A norma vale para parcelas de empreendimentos em municípios com decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública no período de 30 de abril a 20 de maio de 2024. Segundo a Resolução, as instituições financeiras estão autorizadas a prorrogar de forma automática para 15 de agosto de 2024 o vencimento de parcelas de crédito rural com vencimento de 1º de maio de 2024 a 14 de agosto de 2024.

1,6 MIL ATENDIMENTOS — A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) realizou, em uma semana, 1.629 atendimentos às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. As consultas ocorreram entre 5 e 12 de maio, com 1.034 registros apenas no Hospital de Campanha em Canoas. O aumento no número de atendimentos se deve à chegada de mais profissionais e maior estrutura com apoio do Ministério da Saúde. Houve ainda 22 atendimentos psicossociais, 25 remoções aéreas, 548 consultas volantes e 57 encaminhamentos para outras unidades de saúde. Três novos hospitais de campanha serão montados em Porto Alegre, São Leopoldo e em um terceiro município a definir.

SAÚDE MENTAL — O Ministério da Saúde elabora um plano para atendimento de saúde mental no Rio Grande do Sul. O documento, que vai balizar a assistência, terá três eixos: um focado na população; outro nos trabalhadores que estão atuando na tragédia; e o terceiro com diretrizes para os gestores do estado e dos municípios.

IMUNIZAÇÃO — Até quinta-feira (16), o Programa Nacional de Imunização enviará 600 doses de imunoglobulina, 1.140 frascos de soro, 416 mil doses de hepatite A, raiva, pólio e influenza, e 134 mil doses de Covid. Estão previstas para a próxima semana 1,1 milhões de doses de rotina. Além disso, serão doadas 695 caixas de absorventes higiênicos, totalizando 333 mil tiras de absorventes entregues, além de 6.888 pacotes de lenços umedecidos.

DOAÇÃO — A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), está gerenciando ofertas de Estados e organismos internacionais de auxílio humanitário às vítimas das inundações no Rio Grande do Sul. A cidade de Canoas (RS) recebeu, no domingo (12), a primeira parte da doação feita pela ONG norte-americana Samaritan’s Purse, composta por 10 estações de purificação de água com capacidade de 400 mil litros por hora, seus materiais e componentes, e outros bens emergenciais. Os equipamentos fornecem água potável para até 100 mil pessoas. Também no domingo, a Chancelaria de Taiwan divulgou que o Escritório Econômico e Cultural em Taipe (TECO) fez doação de 50 mil dólares americanos ao Rio Grande do Sul, como ajuda humanitária.

MIL HORAS DE VOO — Desde o início das operações de socorro à população atingida pelas fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul já foram realizadas mais de mil horas de voo. A informação foi divulgada durante a 9ª reunião da Sala de Situação, coordenada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta segunda-feira (13). O trabalho das equipes federais no estado segue sob a coordenação do comando militar do Sul. Segundo a totalização desta segunda-feira, as ações realizadas pelos militares de Exército, Marinha e Aeronáutica já resultaram no resgate de 68 mil pessoas e de dez mil animais domésticos.

TURISMO — Uma portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União facilita condições de financiamentos por meio do Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur) a empreendedores turísticos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. As regras do texto, que oficializa um aporte de R$ 100 milhões do Fungetur ao estado, se aplicam a novas operações e àquelas já contratadas, envolvendo medidas como a suspensão, por até seis meses, do pagamento pelo crédito. No caso da realização de obras, o texto amplia de 240 para 246 meses o prazo de amortização, além de elevar de 60 para 66 meses o prazo de carência. Já quanto à aquisição de equipamentos, a amortização foi aumentada de 120 para 126 meses, e a carência, de 48 para 54 meses.

DÍVIDA SUSPENSA – O Governo Federal anunciou nesta segunda-feira a suspensão por três anos da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo para a reconstrução do estado. Além disso, R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida serão perdoados. As medidas estão dispostas em projeto de lei complementar encaminhado ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda nesta segunda-feira, o ministro Jader Filho (Cidades) anunciou medidas de apoio à população gaúcha que paga financiamento de imóveis por meio do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) ou do Pró-Cotista — utilizando recursos provenientes do FGTS. Agora as famílias podem solicitar a suspensão das cobranças à Caixa. O titular da pasta informou que elas podem optar por uma pausa de até seis meses no pagamento dos financiamentos. Para solicitar a suspensão, basta ligar para o número 0800 104 0104.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA