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Empreendedores rurais vão à 3ª etapa do Start BSB

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Yara Ballarini é mestre em Ecologia e mora em núcleo rural do Lago Norte / / Foto: Divulgação/Emater-DF

A inovação brotou no campo do Distrito Federal. Dois moradores de áreas rurais que participaram do programa de empreendedorismo e sucessão rural Filhos deste Solo, da Emater-DF, tiveram seus projetos de novos produtos selecionados para a terceira fase do programa de incentivo a negócios inovadores Start BSB.

Ambos têm curso superior com formação acadêmica ligada a atividades econômicas rurais. São eles: Yara Ballarini, 30 anos, que inscreveu seu projeto de produção de cogumelos comestíveis e medicinais; e Sérgio da Costa Júnior, 33 anos, que está investindo no projeto de adubação orgânica peletizada ou capsulada. Ambos residem em núcleos rurais. 

Promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), com apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e operado pela Fundação Certi, o programa Sart BSB  teve cerca de 200 projetos aprovados nesta fase. Desse total, 194 são provenientes do Distrito Federal, 5 são do estado de Goiás; e um é Minas Gerais. 

Ao final do programa, até 50 projetos serão contemplados. Cada ganhará até R$ 70 mil em subvenção econômica, até R$ 42 mil em bolsa de apoio a P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e outros benefícios oferecidos por parceiros do programa. Ainda, durante seis meses, os escolhidos passarão por um processo de acompanhamento com suporte e capacitação para transformar suas ideias em empreendimentos de sucesso.

Protagonismo rural

Temos acompanhado os escolhidos em todas as etapas e, para a próxima fase, vamos apoiá-los na construção do Projeto de FomentoAdriana Dutra, coordenadora do programa Filhos deste Sol

A coordenadora do Filhos deste Solo, Adriana Dutra, explicou que, no primeiro momento, o papel da Emater-DF, enquanto incentivadora do empreendedorismo no campo, foi levar o Start BSB ao conhecimento dos participantes, com o objetivo de incentivar o protagonismo do  empreendedor rural.

“Feito isso, e encorajando-os a participar do processo seletivo, passou-se à leitura minuciosa do edital a fim de avaliar, conjuntamente, as características de cada empreendimento, bem como reconhecer as fortalezas que os sustentam. Temos acompanhado os selecionados em todas as etapas e, para a próxima fase, vamos apoiá-los na construção do projeto de fomento”, ressaltou a coordenadora.

Próximos passos

Com a vaga garantida para a última fase de seleção do Star BSB, as equipes  deverão elaborar e submeter até o dia 24 de fevereiro um projeto de fomento, com apresentação detalhada do orçamento e do planejamento de execução. Assim, como nas demais fases do Start BSB, os aprovados terão acesso à capacitação on-line e a um workshop presencial que auxiliará na elaboração de um projeto objetivo e de acordo com as regras do edital.

Conheça um pouco mais sobre os projetos selecionados:

Adubação orgânica capsulada

Adubação orgânica capsulada foi elaborada em parceria por Sérgio da Costa Júnior, estudante de Agronomia na UnB e morador da área rural da Fercal Oeste / Foto: Divulgação/Emater-DF

Sérgio da Costa Júnior é agroecólogo e estudante de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB). Elaborada em parceria com outros estudantes, a proposta visa a elaboração de adubos orgânicos em formulação que atenda a necessidade nutricional das plantas e se adapte ao maquinário agrícola por meio da capsulação (processo que transforma ou envolve os produtos em cápsula) ou peletização (transformação de biomassa em blocos compactos com diversas dimensões). 

Morador da Colônia Agrícola Catingueiro, área rural da Fercal Oeste, Costa Júnior afirma que, por meio da técnica de peletização, é possível reduzir o volume dos adubos orgânicos. Um de seus sonhos é se tornar um multiplicador de conhecimentos agroecológicos. Caso seu projeto chegue à final, ele pretende criar uma empresa para elaboração e comercialização do adubo.

Cogumelos comestíveis

Bióloga com mestrado em Ecologia, Yara Ballarini apresentou no Start BSB o projeto Caliandra Cogumelos. Moradora no Núcleo Rural Córrego do Urubu, região do Lago Norte, seu negócio está situado em propriedade com vegetação nativa preservada e certificado de produção orgânica pela OPAC Cerrado, entidade certificadora ligada ao Sindicato dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal (Sindiorgânico). Yara utiliza energia solar em sua produção e destina seus resíduos para reciclagem.

No local, a pós-graduada produz cogumelos comestíveis e medicinais orgânicos a partir da técnica chinesa Jun Cao, que utiliza rejeitos da agricultura, a exemplo de capim e serragem, para a produção de alimentos com alto valor nutricional e baixo custo.

O Programa

O Programa Start BSB visa contribuir para o estabelecimento de ponte entre academia e mercado no Distrito Federal, tendo em vista que muitas ideias são provenientes de pesquisadores da universidade, tanto de cursos de graduação como de pós-graduação. 

Além disso, o programa tem como objetivo impulsionar o empreendedorismo inovador e acelerar o desenvolvimento do ecossistema de inovação do DF e entorno possibilitando o desenvolvimento e o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias.

* Com informações da Emater-DF

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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