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Emater e Embrapa firmam parceria para pesquisas de seleção e clonagem de pequi

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Representantes da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) unidade Cerrados firmaram, nesta sexta-feira (13), a intenção de formalização de um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento de pesquisas com variedades de pequi. O intuito é disponibilizar materiais selecionados e com alto padrão genético no mercado, beneficiando agricultores familiares, extrativistas e todos os envolvidos na cadeia produtiva do fruto em Goiás.

Durante a reunião, foram discutidos os avanços já conquistados até aqui, as estratégias de estruturação dos resultados e o cronograma de execução do plano de trabalho. A pesquisa, coordenada pela pesquisadora da Emater, Elainy Botelho, compreende a seleção e clonagem de plantas que apresentam maior qualidade produtiva, inclusive a variedade sem espinhos. Todas elas estão reunidas na Estação Experimental Nativas do Cerrado, em Goiânia, onde fica o maior banco de germoplasma de pequi do mundo.

A equipe da Embrapa visitou a unidade e também esteve na Estação Experimental de Anápolis, local em que foi instalado, em 2016, o segundo banco de germoplasma de pequi da Emater. O espaço abriga 55 clones de pequi oriundos de plantas do banco de germoplasma em Goiânia e 200 pés-francos, ou seja, árvores provenientes de mudas obtidas a partir do enraizamento direto da estaca produtora, funcionando como um laboratório inédito de validação de cultivares de pequi.

Fomento à parceria

Para o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, o acordo que será formalizado é um marco nas mais de três décadas de parceria entre as duas instituições, que tanto fomentam a pesquisa pública no Estado de Goiás e no Brasil. “Temos uma possibilidade muito maior de vencer os entraves juntos. A pesquisa pública tem padecido no nosso País, e se temos condições de juntar esforços para fortalecê-la, isso é fantástico”, diz. Além disso, a liderança atenta para a determinação do governador Ronaldo Caiado de impulsionar as cadeias produtivas da agricultura familiar, sendo a do pequi uma cadeia “extremamente promissora”. 

O diretor de Pesquisa Agropecuária da instituição, João Asmar Júnior, acrescenta que a cooperação com a Embrapa é fundamental para a produção de pequi com qualidade e sanidade, oferecendo uma oportunidade viável ao agricultor familiar. “A missão da pesquisa da Emater é fazer com que seus resultados levem ao pequeno produtor alternativas para sua sobrevivência. O pequi é uma dessas opções para gerar renda e sustentabilidade entre as famílias rurais”, afirma.

Parceira de décadas da Emater no desenvolvimento da pesquisa agropecuária pública, a Embrapa anda ao lado da agência, tendo participação efetiva em todas as atividades, oferecendo capital intelectual para a execução das ações de propagação da fruteira, de acordo com o pesquisador da entidade, Ailton Pereira, que já trabalha com a seleção e clonagem da espécie ao lado de Elainy Botelho. Segundo os cientistas, os impactos esperados alcançam a esfera ambiental, com a recuperação de áreas degradadas, recomposição de reserva legal e coleta e conservação de germoplasma; socioeconômico, com ampliação da base alimentar da população e geração de emprego e renda; e científico, com aumento do conhecimento a respeito das espécies frutíferas do Cerrado.

“Aqui tem uma história muito bonita, de décadas de trabalho. Você vê culminando em estarmos muito próximos de entregar para a sociedade o produto desses anos todos de pesquisa. Isso emociona a gente”, declara o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Gelape Faleiro.

“Vamos fazer uma força-tarefa para chegar ao objetivo que é ofertar qualidade ao produtor rural. Nossas dificuldades já foram mapeadas e agora vamos somar forças para superá-las. Hoje estamos fazendo um laço indissociável, é um momento muito especial”, inclui o chefe geral da unidade, Sebastião Pedro da Silva. O próximo passo é aprovar junto à instituição o plano de trabalho apresentado durante a reunião, que já foi validado pelos dirigentes da Emater.

Estiveram no encontro o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, o diretor de Pesquisa Agropecuária, João Asmar, a diretora de Gestão Integrada, Maria José Del Peloso, a gerente de Pesquisa Agropecuária, Cláudia Pimenta, a pesquisadora, Elainy Botelho, o gerente da Estação Experimental Nativas do Cerrado, Marcos Alves, o gerente da Estação Experimental de Anápolis, Marcos Coelho, e o pesquisador da mesma estação, Sidney Cunha. Pela Embrapa, o chefe geral, Sebastião Pedro da Silva, o chefe de Transferência de Tecnologia, Fábio Faleiro, e o pesquisador, Ailton Pereira.

Compromisso com o agricultor familiar

Segundo a cientista Elainy Botelho, coordenadora do banco de germoplasma de pequi em Goiânia, a procura por plantas originárias do Cerrado tem crescido nos últimos anos em decorrência das exigências legais para readequação ambiental das propriedades e da possibilidade de complementação de renda. O empenho da Emater é atender essa demanda, com produção e disponibilização de mudas que obedeçam a critérios específicos quanto à produtividade, resistência a pragas e doenças, espessura e coloração da polpa.

Essas são características primordiais para agricultores familiares e coletadores que dependem do fruto para a sobrevivência. A avaliação é um dos pilares do trabalho desenvolvido nas unidades de armazenamento de germoplasma, que também viabilizam outras análises que têm sido desempenhadas pela Emater, como a investigação da quebra de dormência de sementes de pequi, posição de semeadura da espécie e adubação adequada para mudas em tubetes e em sacos plásticos.

Goiás hoje encontra-se na terceira colocação entre os Estados com maior volume de produção de pequi do País. A Radiografia do Agro, publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), aponta que a safra de 2019 foi de mais de duas mil toneladas, com valor da produção na extração vegetal estimada em R$ 3 milhões. O Estado conta com 433 estabelecimentos agropecuários produtores espalhados em 56 municípios e um mercado consumidor que adquiriu mais de seis mil toneladas de pequi naquele período.

Fonte: Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária

Fonte: Governo GO

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Mais de 20 mil profissionais ligados ao Governo Federal atuam diretamente no auxílio ao Rio Grande do Sul

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Confira a atualização deste domingo (12/5) das ações voltadas para o estado e os 447 municípios afetados por efeitos das chuvas

A retomada das chuvas fortes e a queda da temperatura se tornaram ingredientes adicionais ao desafio ao trabalho de salvamento, à retomada de serviços e ao início da reconstrução do Rio Grande do Sul. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres está operando em alerta máximo. Em algumas cidades, como Canoas, a ordem por motivos de segurança foi para evacuar casas e habitações em alguns dos bairros.

BALANÇO – Segundo a atualização das 19h deste domingo da Defesa Civil, 447 municípios estão afetados pelos efeitos das chuvas. São 81,2 mil pessoas em abrigos, 538 mil pessoas desalojadas e 2,1 milhões de pessoas afetadas. O número de mortes chegou a 143, com 125 registros de desaparecidos. O trabalho integrado das Forças de Segurança federal, estadual, municipal e de voluntários resultou em 76,3 mil salvamentos de pessoas e 10,5 mil animais.

Sabemos que as mulheres e as meninas sofrem desproporcionalmente as violências e violações em períodos de crise climática” Cida Gonçalves, ministra das Mulheres

Atualmente, mais de 20 mil profissionais ligados ao Governo Federal estão presencialmente no estado, em dezenas de frentes. Além do salvamento de pessoas e animais, os profissionais atuam no restabelecimento de energia e de telecomunicações, na recuperação de estradas e estruturas, no acolhimento e a estruturação de abrigos para desalojados, no atendimento em saúde e na garantia da segurança de instalações.

A logística para os atendimentos diretos conta com mais de cinco mil equipamentos, entre viaturas, embarcações, equipamentos de engenharia, hospitais de campanha, caminhões, tratores, escavadeiras, aeronaves, helicópteros, geradores e navios. Uma ação que envolve Forças Armadas, servidores conectados ao Ministério da Justiça (Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Força Nacional) e Defesa Civil, entre outros.

PROTOCOLO – Neste domingo, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, esteve no estado com uma comitiva para dialogar com autoridades e movimentos sociais a urgência de um protocolo de emergência para crises climáticas que tenha atenção especial às necessidades de mulheres. “Sabemos que as mulheres e as meninas sofrem desproporcionalmente as violências e violações em períodos de crise climática”, reforçou Cida Gonçalves em reunião com o governador Eduardo Leite, em Porto Alegre, numa referência especial àquelas que estão vivendo em abrigos nesse momento.

O protocolo de emergência também foi pauta na reunião da ministra das Mulheres com cerca de 20 representantes de órgãos públicos e de movimentos sociais em Porto Alegre. Na ocasião, houve um diálogo sobre as propostas para o texto, que deverá trazer diretrizes e linhas de atuação que incluam, para além da garantia da segurança, aspectos como a recomposição da renda e da autonomia econômica das mulheres no processo de reconstrução do estado.

A ministra Cida Gonçalves (Mulheres) teve reunião com o governador Eduardo Leite neste domingo para articular atendimento especial às meninas e mulheres em abrigos. Foto: Min. Mulheres

CONFIRA OUTRAS ATUALIZAÇÕES DESTE DOMINGO DO TRABALHO DO GOVERNO FEDERAL

LIGUE 180 – Desde sábado, 11/5, o Ligue 180 está com um fluxo específico para receber denúncias de violência contra mulheres no Rio Grande do Sul, que serão encaminhadas ao Centro de Combate à Violência Doméstica do Ministério Público do estado. O serviço também fornece informações sobre abrigos exclusivos para mulheres e crianças – criados após relatos de abusos feitos ao Ministério das Mulheres na última terça-feira (7). As informações serão atualizadas de forma permanente com a equipe de atendimento. Na ligação pelo telefone, a opção para falar sobre o Rio Grande do Sul é a tecla 7.

CRÉDITO DE R$ 12 BILHÕES – Medida Provisória publicada em 11 de maio abriu crédito extraordinário de R$ 12,1 bilhões para que diversos órgãos federais mantenham as ações necessárias no atendimento aos municípios. Estão contempladas reposição de medicamentos perdidos nas enchentes, garantia de atendimento nos postos de saúde e hospitais, reconstrução de infraestrutura rodoviária, ações de Defesa Civil e atendimentos emergenciais executados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.

EDUCAÇÃO – Um dos desdobramentos da MP com 12 bilhões em crédito é na educação. O MEC vai repassar R$ 72 milhões em crédito extraordinário para alimentação, limpeza e reforma das escolas afetadas pelas enchentes, sendo informou o ministro Camilo Santana.

SAÚDE – Na saúde, o desdobramento é a liberação de mais R$ 861 milhões para apoio e assistência. O recurso servirá para reposição de medicamentos perdidos nas enchentes, garantia do atendimento nos postos de saúde e hospitais e para as atividades de saúde digital.

VACINAS E INSULINA – Além dos kits emergência enviados pelo Ministério da Saúde, uma série de insumos e medicamentos de rotina e uso contínuo estão sendo repostos de forma imediata, como vacinas e insulina. Somente na semana passada, o estado recebeu 30 mil frascos de insulina, 287 mil canetas e 1,8 milhão de agulhas de aplicação. Nesta segunda (13), está prevista a chegada a Porto Alegre de mais 43 mil frascos, 330 mil canetas e 1 milhão de agulhas.

HOSPITAIS – O Ministério da Saúde terá mais três hospitais de campanha no Rio Grande do Sul, que se somam aos outros dois já instalados. Dois serão montados em Porto Alegre e uma unidade será destinada ao município de São Leopoldo (RS), a 40 quilômetros da capital gaúcha. Os insumos e suprimentos para as unidades, como medicamentos, serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias Estadual e Municipais de Saúde.

 

Profissionais da Saúde no acolhimento a desabrigados. Foto: Min. Saúde / Divulgação

ASSISTÊNCIA – O Governo Federal realizou, neste domingo, missões de atendimento em saúde com três equipes volantes em municípios do Rio Grande do Sul. As cidades foram escolhidas de acordo com a gravidade da emergência provocada pelas enchentes dos últimos dias. Cada equipe possui quatro profissionais: aeromédicos, médicos e enfermeiros volantes. O trabalho foi concentrado em abrigos que estão acolhendo as pessoas que perderam a moradia. Os profissionais se deslocaram por terra e ar. Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Maria, São Sebastião do Caí, Guaíba, Charqueadas e São Jerônimo receberam as equipes para atendimentos médicos, psicossociais, entre outros.

COMBUSTÍVEIS – Uma ação coordenada entre a ANP e o Procon avalia os preços de gás de cozinha no estado para evitar especulação. A força-tarefa conseguiu garantir 100% do atendimento de gás natural para indústrias, hospitais e grandes comércios atendidos pela Sulgas. Com a abertura de rotas assistenciais, há um melhor escoamento de produtos, em especial o GLP e o oléo combusível a partir da REFAP. Seguem mantidas as flexibilizações temporárias da mistura de biodiesel ao óleo diesel e do etanol à gasolina para os municípios de Canoas, Esteio, Rio Grande e Santa Maria.

SAQUE CALAMIDADE – Os trabalhadores de mais 12 municípios do Rio Grande do Sul já podem solicitar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00 por conta vinculada, limitado ao saldo da conta. A liberação pode ser solicitada à CAIXA por meio do Aplicativo FGTS. Os novos municípios incluídos são: Bom Retiro do Sul, Esteio, Guaíba, Jaguari, Nova Palma, Nova Santa Rita, Portão, Rolante, São Sebastião do Caí, Sobradinho, Taquara e Triunfo. O Saque-Calamidade pode ser realizado pelos trabalhadores residentes nas áreas afetadas indicadas pela Defesa Civil dos municípios reconhecidos pelo Governo Federal. Na sexta, outras dez cidades, incluindo a capital Porto Alegre, já haviam entrado na lista (https://caixanoticias.caixa.gov.br/noticia/39655/caixa-disponibiliza-saque-calamidade-para-dez-municipios-do-rio-grande-do-sul). Com o reconhecimento do estado de calamidade pública ou situação de emergência, o município apresenta à CAIXA a lista com os endereços das áreas afetadas pelo desastre, para habilitação ao saque pelos trabalhadores que tiveram suas moradias atingidas.

FORÇAS ARMADAS – O trabalho realizado pelos militares de Exército, Marinha e Aeronáutica já resultou no resgate de 66 mil pessoas e de oito mil animais domésticos. Neste domingo, o destaque foi o uso de uma aeronave para transportar 300 quilos de mantimentos de Lajeado para Muçum, e o uso de outra aeronave para levar equipes de psicólogas para fazer um atendimento voltado para a saúde mental na cidade de Encantado. Outros destaques foram uma evacuação aeromédica de um idoso com câncer de Arroio do Meio para Lajeado, o transporte de material para atender famílias em áreas isoladas no município de Coqueiro e o transporte logístico na cidade de Guaíba.

COMUNICAÇÕES – A Telebras enviou mais 14 maletas com antenas de internet via satélite. Outras oito chegarão ao Rio Grande do Sul nos próximos dias. A estatal também pretende instalar 390 antenas de pontos fixos de internet via satélite, em locais onde há energia elétrica.

ENERGIA – Neste domingo, mais 31 mil clientes tiveram a energia restabelecida no estado. As equipes do Ministério de Minas e Energia e das distribuidoras retomaram a eletricidade de Colinas, município com 2,4 mil habitantes. Capitão, município próximo a Lajeado, também recebeu trabalhos para manutenção e restabelecimento da energia elétrica neste domingo. Ao todo, são quatro mil profissionais das equipes do ministério e das distribuidoras de energia atuando no estado. Ao todo, 269 mil clientes continuam sem energia, a ampla maioria por questões de segurança (em muitos pontos, a rede elétrica está submersa e/ou na área de atuação das forças de salvamento).

 

Quatro mil profissionais atuam diretamente no restabelecimento de energia no estado. Foto/ MME / Divulgação

COFINANCIAMENTO PARA DESABRIGADOS – É um recurso direto para a assistência social de estados e municípios em situação de calamidade. O Governo Federal repassa R$ 20 mil a cada grupo de 50 pessoas desabrigadas e acolhidas pelo poder público. Para ter acesso, o gestor da assistência social deve solicitar o cofinanciamento pelo e-mail: [email protected]. Os recursos podem ser usados para comprar alimentos, água, colchões, roupa de cama, cobertores, roupas, produtos de higiene e limpeza e para estruturar o acolhimento (lonas, tendas, madeirite). O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome tem sete técnicos in loco para ajudar os municípios a solicitar o serviço. Até agora, 49 municípios receberam recursos. Confira o Modelo do requerimento simplificado

MALHA AÉREA – A população gaúcha passou a contar com até 116 voos semanais a partir de uma malha emergencial criada em articulação com o Governo Federal. São 88 no Rio Grande do Sul e 28 em Santa Catarina. Os voos serão operados em oito aeroportos, além da base aérea de Canoas, que foi aberta para receber voos comerciais. Dos 12 aeroportos existentes do Rio Grande do Sul, seis terminais farão parte do plano. Serão 53 voos semanais operados em Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana. Além disso, os aeroportos de Florianópolis/SC, Chapecó/SC e Jaguaruna/SC também farão parte do plano para apoio à população.

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