Política

Eduardo Prado requer alteração em regras de concursos públicos em Goiás

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Aperfeiçoar a disciplina legal referente ao cadastro de reserva e à cláusula de desempenho em concursos públicos estaduais. É o que pretende o deputado Delegado Eduardo Prado (DC), ao apresentar o projeto de lei nº 7916/21, que propõe alterações pontuais nos arts. 10 e 57 da Lei n° 19.587/2017, que estabelece normas gerais para a realização de concursos públicos na Administração Pública estadual.

Prado frisa que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que a previsão de cláusula de desempenho em editais de concurso público, quando fundada em critérios objetivos relacionados ao desempenho meritório do candidato, não fere o princípio da isonomia. “Contudo, entende-se que a Administração Pública, ao prever essas cláusulas, deve agir de acordo com os princípios da eficiência, razoabilidade e proporcionalidade, de modo que os critérios restritivos não impeçam o poder público de formar um cadastro de reserva de tamanho razoável para atender às futuras necessidades da administração, porém não é isso o que tem ocorrido na atual gestão do Governo estadual”, coloca o parlamentar em sua justificativa.

Ele coloca como exemplo, o concurso para o cargo de agente de Segurança Prisional de 3ª Classe de Goiás, o item n° 3.2.1 previu o número de vagas a prover, separadas por região, pela existência ou não de deficiência (ampla concorrência /PcD) e por sexo (masculino/feminino), mas excluiu totalmente, no item n° 3.2.2, a formação de cadastro de reserva aos aprovados além dessas vagas, nos seguintes termos: 3.2.2. “O presente concurso público não se destina ao preenchimento de cadastro de reserva e, portanto, não será mantido cadastro de reserva para posterior aproveitamento de candidatos. Os candidatos posicionados além das vagas indicadas no quadro do subitem 3.2.1 serão considerados eliminados e não terão classificação nenhuma no presente concurso público”.

O deputado diz que é abusiva e limitadora essa cláusula editalícia, porquanto embora a Administração Pública esteja autorizada a estabelecer critérios quantitativos para a formação da lista final de aprovados, nos termos preconizados pelo STF, revela-se manifestamente contrária aos princípios antes mencionados a cláusula que simplesmente dispensa a formação de cadastro de reserva, em prejuízo à eficiência e à continuidade do serviço público. “Em razão daquela cláusula o poder público novamente precisará fazer novo certame em breve, com mais dispêndios desnecessários de recursos públicos, e em prejuízo aos candidatos que obtiveram a nota mínima nos termos do edital.”

Eduardo Prado segue em sua justificativa: “Como o art. 10 da Lei n° 19.587/2017 apenas veda, na redação atual, a realização de concurso público que tenha por objeto, exclusivamente, promover a composição de cadastro de reserva, existe a brecha para que seja feito o contrário, ou seja, concurso exclusivamente para provimento das vagas expressamente previstas no edital, sem formação de qualquer cadastro. Por isso, propõe-se a alteração do mencionado artigo para que a formação do cadastro de reserva seja obrigatória e que nele estejam incluídos, em regra, todos os candidatos que obtiveram a nota mínima exigida nas etapas do certame”.

Salienta ainda que: “Porém, a fim de que a Administração Pública não alegue engessamento trazido pela novel disposição supra, propõe-se também a alteração do art. 57 daquela lei para admitir a previsão de cláusulas restritivas quanto ao número de aprovados no concurso público, desde que seja assegurada a formação de cadastro de reserva de número igual ou superior ao dobro do número de cargos e/ou empregos públicos vagos na estrutura do órgão na data de publicação do edital”.

O parlamentar entende que, com as alterações propostas, em benefícios dos aprovados em concursos públicos e também da própria eficiência administrativa, se estará dando um passo importante na moralização dos concursos públicos em Goiás.

Seguindo em tramitação, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte o projeto foi apensado ao processo 2020001242.

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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