Economia

Dívida Pública sobe 0,05% em janeiro e mantém-se em R$ 5,6 tri

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O aumento recente dos juros compensou o alto volume de vencimentos de títulos prefixados, fazendo a Dívida Pública Federal (DPF) ficar estável em janeiro. Segundo números divulgados hoje (23) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,614 trilhões em dezembro para R$ 5,616 trilhões no mês passado, alta de apenas 0,05%.

O Tesouro prevê que a DPF continuará a subir. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim do mês passado, o estoque da DPF deve encerrar 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 0,33%, passando de R$ 5,349 trilhões em dezembro para R$ 5,367 trilhões em janeiro. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 24,35 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis prefixados (com juros definidos com antecedência).

O resgate líquido foi compensado pela apropriação de R$ 42,19 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) subindo desde agosto do ano passado, a apropriação de juros aumenta.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 118,96 bilhões em títulos da DPMFi, com alta em relação a dezembro, quando as emissões tinham somado R$ 76,21 bilhões. No entanto, os resgates somaram R$ 143,3 bilhões, quase a totalidade em títulos prefixados, que costumam vencer no primeiro mês de cada trimestre.

A queda do dólar também contribuiu para diminuir o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 5,77%, passando de R$ 267,41 bilhões em dezembro para R$ 266,3 bilhões em janeiro. Os principais fatores foram a queda de 4% do dólar no mês passado e o vencimento de R$ 5,74 bilhões em títulos que estavam circulando no mercado internacional.

Colchão

Depois de três meses seguidos de alta, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) caiu em janeiro. Essa reserva passou de R$ 1,186 trilhão em dezembro para R$ 1,132 trilhão no mês passado.

Atualmente, o colchão cobre quase um ano de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,334 trilhão em títulos federais.

Composição

O alto volume de vencimentos de títulos prefixados e a alta emissão de títulos vinculados à taxa Selic mudaram a composição da DPF. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu de 36,83% para 38,43%. O PAF prevê que o indicador feche 2022 entre 38% e 42%. Esse tipo de papel voltou a atrair o interesse dos compradores por causa das recentes altas da Selic.

Afetada pelo alto volume de vencimentos no primeiro mês de cada trimestre, a fatia de títulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) caiu de 28,9% para 26,89%. O PAF prevê que a parcela da Dívida Pública Federal corrigida por esse indicador terminará o ano entre 24% e 28%.

O Tesouro tem lançado menos papéis prefixados, por causa da turbulência no mercado financeiro nos últimos meses. Esses títulos têm demanda maior em momento de estabilidade econômica.

A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF subiu, passando de 29,3% para 29,95%. Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública passou de 4,96% para 4,72%. Os dois tipos de indexadores estão dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2022, entre 27% e 31% para os papéis vinculados à inflação e entre 3% e 7% para o câmbio.

Detentores

As instituições financeiras seguem como principais detentores da Dívida Pública Federal interna, com 28,8% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,3%, e os fundos de pensão, com 21,8%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

A participação dos não residentes (estrangeiros) ficou estável, caindo levemente de 10,6% em dezembro para 10,5% em janeiro. Os demais grupos somam 14,6% de participação, segundo os dados apurados no mês.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

Edição: Valéria Aguiar

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Economia

Sorteio da Nota Fiscal Goiana premia moradores de 34 municípios

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Ao todo foram 158 ganhadores em abril. Prêmio máximo de R$ 50 mil foi sorteado para uma moradora de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Economia, realizou na manhã desta quinta-feira (25/04), o sorteio mensal da Nota Fiscal Goiana (NFG) com premiações que somam R$ 200 mil. O maior prêmio, de R$ 50 mil, saiu para a moradora da capital, Catarina Amato Ferreira. A relação de todos os ganhadores já está disponível para consulta no site do programa.

O coordenador da Nota Fiscal Goiana, Leonardo Vieira de Paula, revela que a ganhadora do prêmio máximo concorreu com 16 bilhetes, em um universo de quase 3,7 milhões gerados para essa edição, de número 88. Foram consideradas as notas fiscais com CPF das compras do mês de março no varejo goiano.

Outros 157 inscritos tiveram seus bilhetes sorteados e vão ganhar os demais prêmios: três de R$ 10 mil; quatro de R$ 5 mil; 50 de R$ 1 mil e 100 de R$ 500,00 cada. Os nomes dos ganhadores já estão divulgados no site do programa https://goias.gov.br/nfgoiana, que também deve ser acessado para solicitar o pagamento do dinheiro.

Do total, 80 residem em Goiânia, 15 em Aparecida de Goiânia, nove em Anápolis, cinco em Trindade e cinco em Rio Verde. Moradores de outras 28 cidades goianas e dois do Distrito Federal também foram sorteados. A premiação foi acompanhada por vários servidores da Economia e pelo superintendente de Informações Fiscais, Luciano Pessoa.

Dia das Mães
Quem não foi sorteado neste sorteio pode continuar pedindo o CPF na nota para concorrer à edição de maio, prevista para o final do mês. “O Dia das Mães é uma das datas em que o comércio está mais aquecido. Então, é uma excelente oportunidade para os participantes no programa aumentarem suas chances de ganhar. A compra pode ser de qualquer valor, não existe valor mínimo, basta ter o CPF na nota para concorrer. Ao somar R$ 100 em compras, o inscrito ganha um bilhete”, detalha Leonardo.

Quem ainda não é inscrito, terá a oportunidade de participar do sorteio de maio desde que se inscreva, pelo site, e peça o CPF na nota em todos os estabelecimentos do varejo goiano. A NFG também concede desconto de até 10% no valor do IPVA do participante, além de beneficiar os times de futebol da primeira divisão do campeonato goiano.

Fotos: Secretaria da Economia / Secretaria da Economia – Governo de Goiás

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