Política

Deputados de oposição discursam contra a criação de contribuição a ser paga pelo setor do agronegócio

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Durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária híbrida desta quarta-feira, 16, seis deputados que integram o bloco de oposição ao Governo no Legislativo goiano manifestaram opinião contrária à proposição que pretende instituir a cobrança de uma contribuição sobre a produção agropecuária em Goiás. O projeto de lei é de autoria da Governadoria do Estado e está protocolado na Casa sob o nº 10803/22. A matéria recebeu parecer favorável do relator, deputado Wilde Cambão (PSD), na Comissão Mista, onde se encontra, atualmente, sob pedidos de vista.

Ao inaugurar o Pequeno Expediente, o deputado Paulo Trabalho (PL) hipotecou apoio aos produtores rurais que ocupavam as galerias do plenário para protestar contra a proposta do Executivo goiano. O parlamentar, responsável pela mobilização, prevê que o novo imposto vai impactar em mais de 8% o faturamento líquido do produtor rural. Na perspectiva de Paulo Trabalho, “o agro, que não parou durante a pandemia e que sustenta esse País há décadas”, não pode ser retribuído, de forma negativa, com a criação de uma nova taxa.

O deputado acrescentou que existe uma ideia errada de que o agronegócio não paga impostos. “O produtor paga ICMS na compra de máquinas e insumos agrícolas, para o transporte de sua produção, entre outros. E não é pouca coisa! São vários impostos embutidos na nota fiscal”, frisou, lembrando que o governador Ronaldo Caiado (UB) prometeu em campanha não sacrificar a categoria.

Outro parlamentar a tratar do assunto foi Gustavo Sebba (PSDB), que voltou a se posicionar de forma contrária à criação da contribuição, assim como fez na semana passada. O deputado, que também é produtor rural e um dos autores dos pedidos de vista que a matéria teve na Comissão Mista, argumentou que o projeto deveria ter sido discutido com o setor produtivo, antes do envio ao Legislativo.

Gustavo Sebba disse que o argumento de perda de recursos para a criação da contribuição, segundo ele, não se justifica. O deputado apresentou dados da arrecadação estadual que, de acordo com o demonstrado por ele, não indicaria perda de receita. “Não falta dinheiro ao estado. O agro não deve pagar essa conta que não é dele”, finalizou.

O deputado Major Araújo (PL) também usou a tribuna para, segundo ele, rejeitar o projeto de lei assinado pelo governador. Ao comentar o assunto, o parlamentar enfatizou que o estado de Goiás e toda a sua história são resultado do trabalho do agronegócio. “Os produtores devem receber fomento, apoio e infraestrutura digna para escoar a sua produção”, disse.

Quarto a tratar do assunto, o deputado Delegado Humberto Teófilo (Patriota), de igual forma aos que o antecederam, disse ser contrário ao projeto de lei que visa criar o fundo de investimento em infraestrutura. Teófilo alega que não houve impacto de ICMS na redução dos combustíveis. “O Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando e determinou uma comissão de negociação com representantes do estado e da União para dialogar sobre as compensações. Isso quer dizer que o estado vai receber compensações pela perda de arrecadação”, justificou.

Ao concordar com os seus colegas, o deputado Helio de Sousa (PSDB) também externou o seu sentimento e a sua solidariedade aos produtores rurais que protestavam nas galerias do plenário Iris Rezende contra a criação de nova taxa sobre a produção agropecuária. O decano da Casa de Leis disse que que se o Brasil é um país independente e com balança comercial positiva é graças ao agronegócio. Para o deputado, o chefe do Palácio das Esmeraldas exagerou na dose e vai prejudicar o maior segmento econômico de Goiás. 

Discussão de Matérias

A possibilidade de criação da contribuição foi alvo de debates também durante a discussão de matérias, na Ordem do Dia. Na ocasião, o deputado Sérgio Bravo (PSB) se manifestou a favor do agronegócio e contra a proposta de taxação da categoria. Bravo diz ser contrário à matéria por entender que a arrecadação do Estado não caiu e por achar injusta essa taxação ao setor que, na perspectiva dele, foi o que mais contribui com a economia goiana. “Eu sou contra esse projeto e sou favorável ao agro”, disse.

Assim como Bravo, o deputado Delegado Eduardo Prado (PL) manifestou voto contrário ao projeto. ” O governador disse que jamais cobraria o agro. Agora, depois de reeleito, faz o contrário. Em outro trecho, Prado pede ao atual Governo que tenha gratidão por quem o ajudou. “O governador coloca um imposto travestido de contribuição para aqueles que sempre o ajudaram desde a base política”, finalizou.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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