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Dados de Brasília surpreendem segmento internacional do turismo náutico

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Números sobre Brasília e o Lago Paranoá surpreenderam os participantes na abertura da 6ª edição do Congresso Internacional Náutica, nesta quarta-feira (3), em São Paulo. O evento contou com a presença de prefeitos, secretários e agentes de todas as regiões do Brasil para discutir temas como a despoluição, estratégias e tendências do turismo nacional das águas e o cenário de retomada econômica pós-pandemia e apontou o Lago Paranoá como um dos principais destinos do segmento no Brasil.

Lago Paranoá é reconhecido em evento náutico, em São Paulo, como um dos principais destinos do segmento no Brasil | Fotos: Divulgação/Secretaria de Turismo

A secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, marcou presença no primeiro dia de debates e projetou a capital federal como uma das principais tendências para o turismo náutico do país. “A presença de Brasília no SP Boat Show 2021 e no 6° Congresso Internacional Náutica – Investimentos no Turismo das Águas comprova que hoje somos a melhor cidade do país para o desenvolvimento do turismo náutico”, afirmou a secretária.

“Temos o maior lago artificial urbano da América Latina com 80 km de perímetro e 38 metros de profundidade máxima e com boas condições de navegabilidade durante os 12 meses do ano. Além disso, a infraestrutura que temos às margens do Lago Paranoá – 38 clubes, 18 marinas, 28 bares e restaurantes e 9 hotéis – e a segurança jurídica que permeia a relação do governo com a iniciativa privada nos colocam numa posição muito vantajosa em termos de competitividade nacional”, acrescentou Vanessa Mendonça. “Assim, a capital do país está pronta para receber todos os investimentos e empresas do setor náutico.”

“Hoje somos a melhor cidade do país para o desenvolvimento do turismo náutico”, disse a secretária Vanessa Mendonça

O evento é organizado pelo Grupo Náutica, com o objetivo de aprofundar questões do segmento náutico do país. Nesta edição, gestores públicos e representantes do segmento do Distrito Federal, São Paulo, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco apresentarão, até o final do evento, previsto para esta quinta-feira (4), projetos bem-sucedidos dessas regiões. Pela primeira vez em todas as edições do Congresso Internacional Náutica, um secretário de estado do Turismo do DF participa das discussões sobre o tema, propondo soluções relevantes para diversos pilares da sociedade, por meio de melhores práticas do turismo das águas.

“Além de ser a capital do país, o centro de tomadas de decisões importantes para o Brasil, Brasília já desponta com um grande potencial para o turismo náutico brasileiro. Com a presença da secretária de turismo do Distrito Federal no São Paulo Boat Show, trocaremos expertises para desenvolver ainda mais o setor na capital do Brasil”, comenta Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica e idealizador do São Paulo Boat Show.

Destino náutico

Brasília está entre as cinco principais cidades brasileiras com maior visitação náutica, segundo levantamento do Ministério do Turismo (Mtur) feito em abril deste ano. As razões são diversas. O Lago Paranoá tem a maior extensão de espelho d’água urbano do país e, por suas características, não tem perda volumétrica em nenhuma época do ano, o que garante navegabilidade em todas as estações.

“Brasília desponta como o grande destino náutico do país, porque oferece quesitos muito importantes para o turista: segurança, condição de navegabilidade o ano todo e infraestrutura”João Carlos Bertolucci, presidente da Associação Náutica, Esportiva e do Turismo de Brasília

Corroborando a informação, segundo o comandante da Capitania Fluvial de Brasília, capitão Rômulo Bahia, existem atualmente 55.090 embarcações inscritas. Esse ranking coloca o DF na quarta posição de maior frota náutica do Brasil.

Segundo o presidente da Associação Náutica, Esportiva e do Turismo de Brasília (Asbranaut), João Carlos Bertolucci, o Lago Paranoá tem basicamente dois segmentos náuticos: lazer e pesca. “Brasília desponta como o grande destino náutico do país, porque oferece quesitos muito importantes para o turista: segurança, condição de navegabilidade o ano todo e infraestrutura”, afirmou.

Há um movimento recente de descoberta do turismo náutico, no Lago Paranoá, por fazendeiros, industriais e empresários com alto poder aquisitivo dos estados de Goiás e Minas Gerais (com residência entre 400 e 500 km de Brasília). Segundo dados da Asbranaut, são turistas que estão descobrindo a sua boa navegabilidade, seja para lazer ou pesca esportiva, e identificando-a como a melhor da região durante todo o ano.

Um dado relevante da Capitania Fluvial de Brasília é que existem mais de 67 mil pessoas habilitadas a conduzirem embarcações no DF. Desse total, 65.578 são arrais amadoras (habilitados a conduzir embarcação de esporte e recreio, exceto moto aquática, na navegação interior) e somente em 2021 foram emitidas 2.181 novas habilitações amadoras.

Brasília é a cidade com maior renda domiciliar per capita do Brasil, com R$ 2.685,00, segundo dados do IBGE. Já a Codeplan aponta que há 65 mil moradores na região da orla do Lago Paranoá, cuja renda mensal é de R$8.200,00. Esses dados mostram a capacidade de absorção de investimentos no segmento náutico. Na outra ponta, existe uma expectativa de faturamento do setor náutico no Brasil no montante de R$840 milhões para este ano. Esse número é 10,3% maior que o ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar) e Mtur.

SP Boat Show

O 6º Congresso Internacional Náutica – Investimentos no Turismo das Águas antecede a abertura oficial do São Paulo Boat Show, o mais importante salão náutico da América Latina, que vai acontecer de 4 a 9 de novembro no São Paulo Expo.

Da compra ao compartilhamento de barcos, o Boat Show pretende oferecer todas as possibilidades e opções para quem quer navegar neste universo. Como uma das principais iniciativas de fomento ao setor náutico brasileiro, o evento espera movimentar, em 2021, cerca de R$ 220 milhões.

*Com informações da Secretaria de Turismo

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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