Distrito Federal

Cultura homenageia Aruc com entrega de ‘totem-monumento’

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Fincado no alto do muro branco e azul da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc), o gavião, símbolo da entidade, segue em eterna prontidão. A mais tradicional agremiação do samba do Distrito Federal é signo de lutas.

Desde que foi criada em 21 de outubro de 1961, cumpre a jornada de resistência que pode ser traduzida pelas gerações de percussionistas que batem as mãos firmes sobre os seus tambores. O som anuncia que o coletivo nascido e criado no Cruzeiro Velho é um dos representantes mais altivos e aguerridos da diversidade cultural de Brasília.

Nesta terça-feira (25), esse batuque ecoou com orgulho. Os passistas, porta-bandeira, mestre-sala e rainhas vestiram-se com as melhores roupas (algumas feitas com a premiação da Lei Aldir Blanc no DF) como se fossem desfilar alinhados na avenida.

A homenagem foi recebida como uma rede de proteção em um momento de insegurança jurídica da posse do terreno da entidade | Foto: Divulgação / Secec

“Representa o esforço de todos, neste momento triste da pandemia, em resgatar o samba no DF, que chegou aqui junto com os construtores de Brasília” Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa

Em torno da entrada da sede, festejavam a inauguração do “totem-monumento”, que anuncia à comunidade e aos visitantes que a Aruc é Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal.

“O significado desse totem vai além de monumento que reconhece a Aruc como Patrimônio Imaterial do Distrito Federal. Representa o esforço de todos, neste momento triste da pandemia, em resgatar o samba no DF, que chegou aqui junto com os construtores de Brasília. O poeta avisa “não deixe o samba morrer/não deixe o samba acabar” e, ouvindo a força dessa bateria, ficamos emocionados porque, neste momento delicado de 450 mil mortes no Brasil, a vida parece ser maior que toda a tristeza”, contou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

Rede de proteção

A chegada da homenagem ao Cruzeiro coincide com um momento de insegurança jurídica da Aruc com a posse do terreno. Emocionado, o presidente da entidade, Rafael Fernandes, acolheu o totem-monumento como se fosse uma rede de proteção. “Sei que temos a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF como uma aliada nessa luta. Isso reconforta nossa comunidade”, destacou.

Representando o Conselho Regional de Cultura, a atriz, influencer, locutora e atual presidenta do CRC, Sheila Campos, ressaltou o reconhecimento físico do totem-monumento como o reforço ao pertencimento e à valorização da cultura como identidade, territorialidade, formação e alma da comunidade.

“A Aruc desempenha esse papel há décadas nesse território. Do Cruzeiro, jamais poderá sair. São gerações de moradores e de moradoras que usufruem e se fortalecem juntos com a Aruc”.

“Aqui, os candangos matavam a saudade do Rio de Janeiro por meio do samba ao mesmo tempo que criavam os primeiros traços culturais desse caldeirão de sons chamado Brasília” Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural

Legado

O secretário-executivo da Secec, Carlos Alberto Jr., e a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural (SDDC), Sol Montes, também participaram da cerimônia e, junto ao secretário, Bartolomeu Rodrigues, foram convidados a conhecer o museu da Aruc, que reúne dezenas de troféus, fotografias, miniaturas de fantasias e outros documentos.

“A Aruc é uma comunidade valorosa que move sonhos e vidas durante todo o ano. Esse legado se junta ao samba bom que nos orgulha e a faz ser esse incontestável patrimônio imaterial”, ressaltou Carlos.

“Esse espaço é um símbolo de resistência no meio da cidade. Aqui, os candangos matavam a saudade do Rio de Janeiro por meio do samba ao mesmo tempo que criavam os primeiros traços culturais desse caldeirão de sons chamado Brasília”, completou Sol Montes.

A Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc) foi reconhecida como Patrimônio Imaterial do DF pelo Decreto nº 30.132/2009.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Fonte: Governo DF

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Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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