Saúde
Covid-19: ministério viabiliza vacinação contínua para indígenas
O Brasil poderá ter uma campanha de vacinação permanente contra a covid-19 para povos indígenas. A afirmação foi feita pelo secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva.
De acordo com o secretário, o sistema de distribuição e aplicação de vacinas para populações indígenas que vivem em aldeias é capaz de absorver uma futura demanda por vacinações constantes contra a covid-19, assim como já acontece com outras doenças.
“O Brasil tem um sistema muito sofisticado de vacinação. Não houve nenhum sobressalto nisso. Houve aprimoramentos. Uma crise como essa, por exemplo, traz oportunidades de melhoria”, informou.
Segundo o secretário, a pandemia foi uma oportunidade para ampliar os subsistemas de saúde em áreas remotas. Entre as melhorias, estão o armazenamento e a logística de distribuição de vacinas que precisam ser resfriadas e guardadas em câmaras especiais.
“Fazemos uma busca ativa. Estamos sempre nos adaptando. Se ela [a covid-19] ficar parecida com a influenza, por exemplo, a vacinação vai continuar. A vacinação contra a influenza tem todo ano, é contínua. Se for necessário para o novo coronavírus, seguiremos o mesmo caminho”, disse Robson Santos Silva, que atribuiu o sucesso da imunização ao apoio de lideranças indígenas e às Forças Armadas.
Saúde indígena
Sobre a cobertura de saúde para outras doenças, Silva afirmou que há reformulações e adaptações constantes à crescente população de indígenas brasileiros. Segundo dados do Ministério da Saúde, a população indígena passou de 650 mil para cerca de 755 mil indivíduos nos últimos cinco anos.
Índices como a expectativa de vida dos indígenas também aumentaram, informou. Com isso, doenças que antes eram incomuns passaram a ser mais observadas nas comunidades.
“A população indígena está aumentando e envelhecendo. Há doenças que não eram comuns, como diabetes e problemas cardíacos. Quando temos essas situações de média e alta complexidade, precisamos de ajuda estadual e federal. Estamos nos reinventando para atender melhor essa população”, acrescentou.
Edição: Graça Adjuto
Saúde
Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes
Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças
Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.
A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.
Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.
A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.
Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.
Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
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