Saúde

Covid-19: Campinas impõe toque de recolher e fechamento de comércio

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Com taxas de ocupação em colapso, a cidade de Campinas, no interior paulista, inicia hoje (21) um toque de recolher e fechamento de atividades no período noturno para tentar conter o aumento de casos de covid-19. As medidas, que foram publicadas no Diário Oficial da prefeitura municipal e valem até o dia 30 de junho.

Com isso, serviços, comércios e demais atividades são proibidas de funcionar entre 19h e 5h da madrugada, inclusive padarias e supermercados. Até este horário, todas as atividades permitidas na fase de transição do Plano São Paulo podem funcionar, desde que respeitem o limite de 40% na capacidade de atendimento. 

A prefeitura de Campinas estabeleceu, ainda, um toque de recolher de pessoas e de veículos entre 19h01 e 4h59 da manhã. Bares continuam proibidos de funcionar nesse período, podendo atender apenas por delivery (entrega) e retirada.

Também está proibido o consumo de bebidas alcoólicas em vias e espaços públicos e nas dependências de postos de combustíveis entre 19h e 5h. A multa é de R$ 1.515,44 para quem for flagrado descumprindo a regra e de R$ 3.030,88 para o estabelecimento onde essa infração ocorrer.

“Estamos conduzindo o enfrentamento da pandemia com o maior equilíbrio possível. As medidas restritivas prejudicam setores importantes da cidade, mas todos estão vendo a fila de pacientes esperando internação. Os indicadores de monitoramento da pandemia acenderam o alerta e, por isso, estamos adotando as medidas focando nos horários e nos exageros das atividades que mais contaminam. Nosso esforço é para salvar vidas e para ampliar a vacinação. Precisamos da compreensão da população”, disse o prefeito Dário Saadi.

Até a última sexta-feira (18), quando o último boletim epidemiológico foi divulgado, Campinas tinha uma taxa média de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) em torno de 94%. Mas considerando-se apenas as UTIs públicas, tanto municipal quanto estadual, a ocupação média era ainda maior – em torno de 99% – com uma fila de 32 pacientes adultos aguardando vaga de internação por síndrome respiratória aguda grave.

Aglomeração zero

No último fim de semana, a prefeitura de Campinas iniciou a Operação Aglomeração Zero, que visa evitar e dispersar a  aglomerações na cidade.

“A nossa prioridade é intensificar a fiscalização de aglomerações, sejam elas em vias públicas e também perto de bares e postos de combustíveis, que é onde está ocorrendo a transmissão. Precisamos da colaboração da população, principalmente dos mais jovens, que tenham consciência e não se aglomerem nestes locais, principalmente com o uso de bebida alcoólica”, disse o prefeito.

Somente entre a noite de sábado (19) e a madrugada de domingo (20), as equipes de fiscalização da prefeitura dispersaram 2.261 pessoas que estavam em bares e festas na cidade, desrespeitando as regras que impõem distanciamento social e uso de máscara. Três estabelecimentos foram fechados.

Também foi autuado e multado o organizador de uma festa clandestina com 150 pessoas, que ocorria em uma chácara no Jardim Novo Sol, no Distrito de Ouro Verde. O organizador foi multado em R$ 18.943,00.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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