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Covid-19: aplicativo da Fiocruz em Libras já está disponível

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Já está disponível nas plataformas de aplicativo dos sistemas IOS e Android o aplicativo FioLibras, que disponibiliza informações sobre covid-19 em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Lançada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a ferramenta objetiva facilitar o acesso à comunicação de pessoas surdas. O aplicativo está disponível nas lojas IOS e PlayStore.

O conteúdo foi elaborado com base em pesquisa realizada com pessoas surdas, por meio de questionários online, em que relataram suas principais dúvidas e necessidades de informação sobre a covid-19. A partir dos  dados, foram criados vídeos informativos sobre vacinas, tratamentos, grupos de risco, formas de transmissão, prevenção, diagnóstico, testagem e saúde mental. É possível, inclusive, ter informações sobre fake news (notícias falsas) referentes à doença e sobre recentes pesquisas científicas.

Sondagem

Foram consultadas 128 pessoas surdas entre outubro e novembro de 2020. Os resultados mostraram a necessidade de ferramentas de acessibilidade. A coordenadora do projeto e do Centro de Informação e Tecnologia em Saúde (CTIC) do Icict, Luciana Danielli, informou que 76,6% das pessoas participantes da pesquisa nasceram surdas ou perderam a audição antes de desenvolverem a fala. Mais de 61% disseram ter conhecimento avançado de Libras, enquanto apenas 23,4% disseram conhecer a língua portuguesa profundamente.

A maioria dos que responderam (58,6%) utiliza as redes sociais como principal meio de informação sobre a covid-19, embora 40,2% considerem “difícil” ou “muito difícil” entender as informações divulgadas nestes espaços. Além disso, mais de 60% afirmaram encontrar muitas palavras desconhecidas nas informações, o que dificultava o entendimento sobre a doença.

Diante desta situação, o projeto desenvolveu um glossário com mais de 80 verbetes no contexto da covid-19, baseados em materiais da Rede CoVida, iniciativa do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz), e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para Luciana, a comunicação e a informação são direitos humanos fundamentais para o direito humano à saúde. “Além disso, fazem parte das políticas públicas de saúde e têm centralidade no Sistema Único de Saúde (SUS). É fundamental fornecer acesso à informação na área da saúde, adequada à realidade da sociedade e em acordo com a pluralidade da população. A implementação de medidas de acessibilidade é urgente nos processos de comunicação em saúde e garante o direito à informação de pessoas com deficiência”, disse Luciana.

Vídeos

Fazem parte do aplicativo 53 vídeos inéditos em Libras, produzidos pelo projeto a partir do conteúdo da seção de perguntas e respostas sobre covid-19 do Portal Fiocruz. Mais de 200 vídeos com medidas de acessibilidade foram indexados da base Multimídias da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Além disso, foram traduzidos para Libras artigos científicos sobre covid-19 disponíveis no Repositório Institucional da Fiocruz (Arca), em parceria com o projeto Portal Biociências em Sinais, do Curso de Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Coube ao ‘designer’ Marcelo Cunha Rabello, trabalhador do Multimeios/Icict, vinculado ao projeto Empregabilidade da Pessoa Surda da Fiocruz, fazer a identidade visual do aplicativo.

O aplicativo FioLibras foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade do Icict e financiado pelo programa Inova Covid-19 – Respostas Rápidas. O grupo atua desde 2015, colaborando para fortalecer a construção de práticas acessíveis na comunicação e informação em saúde e desenvolvendo uma série de ações de formação, como seminários, cursos e publicações, entre elas o Guia de Acessibilidade e Inclusão para Profissionais de Comunicação, e o curso Acessibilidade e os princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Educação

Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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