Política

Cortejo fúnebre de Iris Rezende passou em frente à Assembleia Legislativa, onde o político foi presidente por dois anos

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Após desembarcar no hangar do Governo de Goiás, no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, o corpo do ex-deputado estadual, ex-prefeito de Goiânia e ex-governador de Goiás, Iris Rezende, seguiu numa viatura do Corpo de Bombeiros por um roteiro com destino ao Palácio das Esmeraldas, onde aconteceu o velório.

Em cortejo fúnebre, o caixão do político percorreu as principais ruas da Capital, dentre elasa Alameda dos Buritis. Na via está localizada a Assembleia Legislativa de Goiás, onde Iris exerceu o mandato de deputado estadual pelo PSD, entre os anos de 1963 a 1965, sendo, inclusive, presidente do Parlamento por um biênio.

Minutos antes da passagem do cortejo, diversas pessoas já aguardavam no local, para prestar suas homenagens de despedida. Dentre elas, moradores e trabalhadores da região e servidores públicos da Casa de Leis. “A passagem do cortejo com o corpo de Iris Rezende pelo Legislativo goiano representa muito para todos nós, sobretudo, porque ele já ocupou as cadeiras deste Parlamento, construindo aqui uma grande e exemplar história de trabalho e honrosa atuação em prol de todo o nosso estado. É o nosso último adeus a ele, que tanto fez por Goiás como governador, senador, prefeito e também como deputado”, destacou o presidente da Casa, deputado Lissauer Vieira (PSB).

Residente nas proximidades da Alego, a funcionária pública Maria Aparecida Roriz, de 63 anos, não escondeu a emoção durante a passagem do cortejo. Com sentimento de gratidão, ela descreveu Iris Rezende como uma pessoa humilde e humana. “Meu primeiro emprego foi ele que me deu”, relembrou. “Ele é demais. É humano. Não tenho palavras. O que eu já chorei hoje… Não existe um político igual a ele e nunca vai existir. Ele tem humanidade, carisma e humildade”, pontuou.

O servidor público Odael Souza, de 41, saiu do trabalho, no Procon Municipal, e também aguardava pela cerimônia. De acordo com ele, veio prestar uma última homenagem a um grande líder do estado de Goiás e, principalmente, da cidade de Goiânia. “Não podíamos deixar de prestar essa última homenagem a ele”, ponderou, com a ressalva de que Iris se tratava de “um homem totalmente voltado para a sociedade, como um todo”.

A profissional da área da Educação, Darci Lobato de Aguiar, presenciou, bem de perto, a passagem do cortejo em frente a Alego. Ela afirmou ter acompanhado a trajetória de mais de 60 anos do político, que deixa um grande legado. “Foi um grande político para Goiânia, Goiás e para o Brasil. Ele fez muito, principalmente para os pobres, para as classes menos privilegiadas. E é isso o que eu admiro: a humildade dele”, disse. 

Segundo Lobato, esta foi uma forma de se despedir de alguém que tanto contribuiu para o município. “Essa foi a minha última homenagem, porque lá é muito cheio e, devido à covid-19, não tenho coragem de ir. Mas o sentimento é de tristeza, mesmo, e gratidão por tudo o que ele fez. Eu acho que nunca teve um político em Goiás com o prestígio, com a garra, com a coragem e determinação que ele teve. Fica a gratidão e a saudade”, destacou.

Iris Rezende faleceu na madrugada desta terça-feira, 9, aos 87 anos, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde estava internado em tratamento de recuperação de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). No dia 6 de agosto, o político precisou ser submetido a uma cirurgia, para conter uma hemorragia no cérebro, no Hospital Neurológico de Goiânia. No dia 31 do mesmo mês, foi transferido para a unidade hospitalar da capital paulista, a pedido da família.

Em dezembro do ano passado, o Legislativo de Goiás promoveu sessão extraordinária especial em homenagem aos 62 anos de vida pública de Iris Rezende, que experimentava seu último mês à frente da Prefeitura de Goiânia. A condecoração foi uma forma de agradecer ao homenageado pela sua valorosa contribuição para o progresso de Goiás e, em especial, de Goiânia, e teve espaço no plenário Getulino Artiaga, ainda com restrições da pandemia de covid-19.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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