Economia

CNI: redução de tarifa do Mercosul deve ser acompanhada de reformas

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A redução em 10% da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para 87% dos produtos de fora do bloco incentiva a integração da economia brasileira, mas precisa vir acompanhada de medidas que reduzam o Custo Brasil e aumentem a competitividade do país. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defendeu ações complementares para estimular as exportações nacionais.

“Para produzir os resultados esperados em termos de aumento da produtividade da indústria e de aumento do emprego e renda para a sociedade brasileira, a redução de tarifas deve vir acompanhada pela intensificação das medidas para redução do Custo Brasil e de uma agenda específica voltada ao aumento da competitividade das exportações brasileiras”, afirmou em nota o superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, Renato da Fonseca.

A CNI considerou “surpreendente” a decisão do governo brasileiro de reduzir unilateralmente as tarifas de importação, sem o aval dos demais países do bloco. Para a entidade, a diminuição sem um acordo com os sócios do Mercosul só se justifica em situações urgentes.

Segundo a CNI, a abertura da economia deve ser feita, prioritariamente, por meio de acordos de livre-comércio e deve ser acompanhada por instrumentos adequados de defesa do comércio justo, em condições isonômicas. A entidade também pede transparência e previsibilidade na hora de reduzir tarifas, para que tanto as empresas como o governo façam os ajustes necessários.

A entidade sugeriu quatro eixos para melhorar a competitividade da indústria brasileira que deveriam acompanhar a redução tarifária de produtos importados. O primeiro é a redução do Custo Brasil, por meio de uma ampla reforma tributária e da ampliação da oferta de energia no país.

O segundo eixo é a promoção das exportações e a internacionalização das empresas brasileiras, por meio da correção de distorções na legislação e na tributação, principalmente de multinacionais e do alinhamento com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O terceiro ponto sugerido pela CNI refere-se à promoção de acordos comerciais, com prioridade para a ratificação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O Brasil deveria avançar no acordo entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), fechar acordos com países da América Latina e economias como Canadá, Reino Unido e norte da África e iniciar diálogos com os Estados Unidos.

A última reivindicação da CNI é o estímulo do comércio justo, com a abertura de um grupo de diálogo entre o setor público e a indústria para fortalecer o combate às importações desleais e ilegais.

Edição: Maria Claudia

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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