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Chuva continua castigando Santa Catarina e estados do Sudeste

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A Defesa Civil de Santa Catarina informou que dez municípios registraram ocorrências em decorrência da chuva que atinge o estado. De acordo com relatório divulgado no fim da manhã de hoje (21), os municípios são Tigrinhos, Pomerode, Luiz Alves, São José do Cerrito, Jaraguá do Sul, Ilhota, Itapema, Porto Belo, Penha e Camboriú.

Além disso, as cidades de Navegantes, Barra do Sul, Balneário Camboriú, emitiram decretos de Situação de Emergência. O relatório informa também que o estado tem 43 desabrigados, sendo 33 em Camboriú e 10 em Barra Velha; e 22 desalojados, sendo 20 em Camboriú e dois em Barra Velha.

Equipes do governo estadual permanecem mobilizadas no atendimento às ocorrências causadas pelos temporais que voltaram a atingir Santa Catarina nesta semana. A Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade acompanha as condições das estradas estaduais, em parceria com a Defesa Civil e Polícia Militar Rodoviária (PMRv). No quilômetro 3,3 da SC-401 o tráfego está sendo feito em meia pista, por causa do risco de deslizamento de rochas.

Chuvas em Santa Catarina Chuvas em Santa Catarina

Santa Catarina sofre com inundações decorrentes das chuvas – REUTERS/Anderson Coelho/Direitos reservados

O município de Balneário Piçarra continua integrado ao Sistema da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e precisa de atenção em consequência dos prejuízos em seus sistemas de abastecimento.

“Em função das chuvas, a captação e a estação de tratamento de água permanecem alagadas, com redução do fornecimento de água especialmente para os bairros Morretes e Nossa Senhora da Conceição. A Companhia mantém o pedido de uso econômico em todas as regiões da cidade, para que o abastecimento possa ser mantido com manobras operacionais até regularização do sistema”.

Previsão

O risco de deslizamentos ainda existe como resultado dos temporais dos últimos dias, mas para hoje e amanhã (22) a previsão do tempo aponta para o enfraquecimento das chuvas. Nas áreas litorâneas e no Vale do Itajaí ainda devem ocorrer chuvas rápidas intercaladas com períodos de melhoria.

Já dos Planaltos ao Oeste do estado, o sol aparece entre nuvens. As temperaturas previstas para amanhã variam de 15 graus Celsius (°C) a 21°C no litoral e de 11°C a 16°C nas demais áreas. No Grande Oeste as máximas podem variar de 27°C a 32°C e de 23°C a 26°C nas demais regiões.

Espírito Santo

Nas últimas 24 horas, os cinco municípios que registraram os maiores acumulados de chuva, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), foram Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina com 50 milímetros (mm), Ibatiba (48 mm), Brejetuba (47 mm) e Alegre (46 mm).

De acordo com a Secretaria da Saúde do Espírito Santo, equipes estaduais e municipais estão realizando reparos aos danos provocados pela chuva nas vias de acesso ao Hospital Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, e criando soluções de rotas alternativas.

“Isso facilitará o acesso dos profissionais ao hospital. O atendimento segue redimensionado para que seja garantido o atendimento das urgências e emergências”, completou a pasta. As cirurgias na unidade devem ser retomadas na segunda-feira (26).

O hospital assegurou que todas as cirurgias desmarcadas serão reagendadas e os pacientes serão avisados por meio das respectivas secretarias municipais de Saúde. A Sesa-ES informou ainda que não há registros de problemas nos serviços de saúde de âmbito estadual, em outras localidades no Norte do Estado.

Minas Gerais

Nesta quarta-feira, 96 municípios estão em estado de emergência em Minas Gerais. Ontem eram 91 cidades. O boletim do período chuvoso 2022/2023 atualizado hoje indica o registro de oito mortes, número que não se alterou em relação à véspera. O estado tem 1.257 desabrigados e 4.469 desalojados. Esses totais representam aumento se comparado com ontem, quando eram 1.244 desabrigados e 4.434 desalojados.

Ontem, com o grande volume de chuva e possibilidade de alagamento em Presidente Juscelino, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil retirou preventivamente seis famílias (17 pessoas) de suas residências. Três delas estão em casas de parentes e as outras três em um abrigo provisório no Centro de Eventos. Com isso, são 11 desabrigados e seis desalojados no município.

Também nesta terça-feira, depois de uma noite de chuvas intensas em Jampruca e o transbordamento do rio, que provocou vários pontos de alagamento e resultou em danos materiais, duas pessoas ficaram desabrigadas e 29 desalojadas.

As chuvas que mantém o estado de atenção em parte de Minas Gerais As chuvas que mantém o estado de atenção em parte de Minas Gerais

Chuvas mantém estado de atenção em parte de Minas Gerais – Defesa Civil Municipal de Sabará. 

Previsão

Para hoje, a previsão é de tempo instável em todas as regiões do estado. Há chances de chuva forte e volumosa, principalmente, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Rio Doce, Vale do Aço, Centro e Noroeste mineiro. “Um novo episódio de Zona de Convergência do Atlântico Sul pode se configurar nas próximas 48 horas e atingir boa parte de Minas Gerais”, concluiu o boletim.

Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro e o Corpo de Bombeiros Militar do estado monitoram a incidência de chuvas. Os integrantes da pasta permanecem em contato com as prefeituras, orientando e prestando apoio quando as ocorrências ultrapassam a capacidade de resposta dos municípios.

Hoje as equipes acompanham, no local, a situação das cidades de Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Macaé e Casimiro de Abreu, onde houve alagamentos provocados pelo volume excessivo de chuvas. “Os técnicos auxiliam as defesas civis municipais na avaliação dos prejuízos e na adoção de medidas para garantir a volta à normalidade, o mais rápido possível”.

Nas últimas 24 horas, os bombeiros atenderam mais de 60 ocorrências relacionadas às chuvas em todo o estado, incluindo cortes de árvores, deslizamentos, inundações e salvamentos de pessoas ilhadas. Segundo a secretaria, não há registro de vítimas fatais.

O acompanhamento do Cemaden-RJ indica que o cenário meteorológico atual é de núcleos de chuva fraca a moderada em todo o estado.

Norte Fluminense

O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, o subsecretário de Estado de Cidades, Bruno Vale Ferreira, e o secretário de Defesa Civil Municipal, Alcemir Pascoutto, acompanharam hoje o início dos trabalhos de recomposição do dique da Avenida XV de Novembro, que caiu na última segunda-feira (19) em função de temporais.

A equipe técnica de engenheiros da Prefeitura de Campos e do governo estadual vai fazer os trabalhos de topografia e sondagem do solo, para a realização de um estudo de definição do tipo de equipamento e técnica que deve ser realizada para a reconstrução da área. “O estudo preliminar de contenção deve ser feito em cinco dias e a previsão é de que as obras sejam concluídas em até seis meses”, informou a prefeitura.

Um guindaste foi usado para a retirar um carro que foi arrastado com a queda do dique das margens do Rio Paraíba do Sul. Três bombeiros e dois mergulhadores auxiliaram na remoção. Após a retirada do veículo, começou o trabalho de topografia, sondagem e de laboratório para identificar a situação do solo e buscar solução técnica para o problema atípico. “Esse dique existe há mais de 58 anos e nunca tivemos nenhum tipo de problema”, disse o prefeito.

Por causa do transbordamento do Rio Mocotó, 17 famílias estão isoladas na região do Imbé, na cachoeira de Mocotó. Em Ponta Grossa, a Lagoa Feia transbordou e quatro famílias foram para casa de parentes. “A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social monitora a situação e presta assistência à população atingida”, revelou a prefeitura.

Macaé

A Prefeitura de Macaé continua com os trabalhos de recuperação da Rua Abílio Corrêa Borges, no Morro de São Jorge, onde ontem, por conta das fortes chuvas, ocorreu deslizamento de terra e uma cratera se abriu.

Hoje começaram os serviços de preparação da base para o início da pavimentação amanhã (22). “As ações fazem parte do cronograma de obras de drenagem, manilhamento e recomposição do pavimento. O objetivo do governo municipal é restabelecer o acesso total da via”, afirmou.

Capital

No município do Rio, segundo o serviço da prefeitura Alerta Rio, o tempo segue instável nesta quarta-feira, devido à atuação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul no estado. Ao longo do dia a previsão é de chuva fraca a moderada e céu variando entre nublado e encoberto. As temperaturas seguem estáveis em relação ao dia anterior, com mínima de 19°C e máxima de 24°C.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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