Distrito Federal

Cervo-do-Pantanal, ameaçado de extinção, chega ao zoo

Publicado

em


Dudu pode vir a ser pai, contribuindo para a preservação da sua espécie | Fotos: Ivan Mattos/Zoológico de Brasília

Ele mede 1,2 m e pesa 35 kg, aproximadamente. Apesar de parecer grande, trata-se de um filhote de cervo-do-Pantanal, que chegou órfão à Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB). Muito mais do que um indivíduo para aumentar a lista de animais do Zoo de Brasília, Dudu, como é carinhosamente chamado pela equipe, representa um grande passo rumo à conservação da sua espécie, considerada ameaçada de extinção. Ele chegou ao Zoo em fevereiro por recomendação do programa de conservação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) e, atualmente, recebe todos os cuidados neonatais no hospital veterinário do zoo para que se desenvolva bem e saudável.

Estima-se que existam aproximadamente 25 mil cervos-do-Pantanal no Brasil e dois mil na Argentina, de acordo com ICMBio e UICN

O cervo-do-Pantanal é considerado o maior cervídeo da América do Sul, podendo atingir a marca de 1,9 m de comprimento e altura, quando adulto. Dudu foi encontrado com apenas dois meses de vida em uma fazenda na cidade de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, e foi acolhido por moradores da região. Trata-se de um território que sofre forte pressão do desmatamento devido ao crescimento da agricultura e da pecuária, cenário comum nas principais áreas remanescentes em que a espécie ainda existe. A fragmentação de habitat, em consequência do desmatamento, assim como a transmissão de doenças trazidas pelo gado doméstico, está entre as principais ameaças à população de cervos-do-Pantanal, o que a torna uma espécie ameaçada de extinção pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

A tendência populacional do cervo-do-Pantanal a nível mundial é de declínio, com diminuição maior que 30% nos próximos 15 anos

Diante do cenário cada vez mais preocupante com relação à espécie na natureza, as ações de conservação em cativeiro entre instituições se tornam cada vez mais necessárias. A tendência populacional do cervo-do-Pantanal a nível mundial é de declínio, com diminuição maior que 30% nos próximos 15 anos. Dudu faz parte do programa de conservação da Azab e a expectativa é que, quando atingir a fase adulta, receba a recomendação de pareamento com uma fêmea.

O filhote recebe duas mamadeiras por dia, além de folhas e frutas, explica o supervisor de manejo Gabriel Campanati

“Agora temos no Zoológico de Brasília mais uma espécie contemplada pelo Acordo de Cooperação Técnica da Azab e do ICMBio. Isso significa que nossa instituição está contribuindo cada vez mais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção. O Dudu é um fundador, com genética nova e, sendo um macho, ele pode vir a ser pai de diversos filhotes que poderão ser reintroduzidos na natureza ou ainda dar continuidade ao programa de conservação em cativeiro”, explica o supervisor de manejo Gabriel Campanati.

Equipe do zoo viajou mais de mil quilômetros para resgatar o animal

A equipe do Zoológico de Brasília, em conjunto com os órgãos ambientais, se deslocou por mais de mil quilômetros para resgatar Dudu, que atualmente conta com todos os cuidados dos médicos veterinários. Por ainda ser um filhote, são ofertadas duas mamadeiras por dia, além de alimentos sólidos, como folhas e frutas. Com o planejamento alimentar proposto pela equipe de nutrição do Zoológico de Brasília, Dudu se desenvolve bem, com ganho de 1 a 2 kg por semana. Enquanto cresce, a equipe técnica está projetando um novo recinto para que o público o conheça melhor.

Cervo-do-Pantanal
Estima-se que existam aproximadamente 25 mil cervos-do-Pantanal no Brasil e dois mil na Argentina, de acordo com ICMBio e UICN. Não se sabe quantos ainda existem no Paraguai e Peru, mas presume-se que a população não é grande. A espécie é considerada extinta no Uruguai desde 1958.

Assim como o nome diz, é um animal que gosta de regiões alagadas. Sua área de ocorrência original era do norte da Argentina até a fronteira do Cerrado com a Amazônia, quase sempre associado a brejos, beiras de rio, pântanos e outros tipos de habitats alagados, mas hoje, devido a pressões humanas, está quase que exclusivamente limitado ao Pantanal mato-grossense.

*Com informações do Zoológico de Brasília

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

Publicados

em


No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA