Nacional

Capital paulista terá trilha de 170 km ligando parques da zona sul

Publicado

em

A capital paulista terá uma trilha de aproximadamente 170 quilômetros (km), interligando unidades de conservação municipais e outras áreas protegidas da zona sul. O projeto Interparques inclui parques naturais municipais, parques estaduais, represas, reservas particulares e áreas próximas a terras indígenas na região do Polo de Ecoturismo de Parelheiros, Marsilac e Ilha do Bororé, ainda pouco conhecida e visitada. 

“Nosso intuito é sensibilizar as pessoas para a existência desses parques e para conservação, porque eles possuem fragmentos muito significativos de Mata Atlântica do município de São Paulo, mapeados em 2017 pelo Plano Municipal de Mata Atlântica. Temos ali uma concentração de 70% da vegetação nativa do município”, ressaltou Anita Martins, diretora de Gestão de Unidades de Conservação (DGUC) da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, órgão que encabeça a iniciativa.

O projeto, que está em fase de planejamento, envolve também a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Trabalho e Turismo, a Secretaria Municipal de Esportes, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito, a Secretaria Municipal de Subprefeituras, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a SPTuris. 

Trilha

Foram feitos estudos que determinaram uma rota de orientação que ainda não é definitiva. Ela foi feita a partir da indicação de moradores, turistas e ciclistas, além de levantamentos pelo Google Earth e pesquisa de campo. 

“A ideia é que a rota possa ser feita tanto de bicicleta como a pé. É uma trilha de longa distância nos moldes do que é internacionalmente conhecido, tanto nos Estados Unidos como na Europa e aqui no Brasil”, aponta Anita. Ela cita trilhas do interior de São Paulo, como a que liga municípios a Aparecida e percursos na Serra da Mantiqueira.

A proposta é que comece na Balsa da Ilha do Bororé – Grajaú, passando pelos Parques Naturais Municipais Bororé, Varginha, Itaim e Jaceguava, em seguida pelo Parque Estadual Várzeas do Embu-Guaçu, Parque Cratera de Colônia, Parque Estadual da Serra do Mar Curucutu e, por fim, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Curucutu, retornando para onde começou.

De acordo com a secretaria, a implementação do trajeto é complexa, pois exige estudos ambientais, treinamentos de funcionários e capacitação de comerciantes, licitações, sinalização, entre outros aspectos. A ideia é que o percurso seja entregue gradualmente. Anita destaca, por exemplo, ações em parceria com a secretaria de Transportes, tendo em vista as sinalizações que serão necessárias na via. 

“Existe uma série de aparatos que têm que ser implementados, desde placas de redução de velocidade até as lombadas, para que a gente não tenha acidentes, porque as pessoas vão compartilhar essas vias com veículos”, explicou a diretora. A expectativa é começar um primeiro trecho de 14 km neste ano. “Você acessa um lugar muito peculiar com características paisagísticas muito interessantes, muito prazeroso. É muito interessante. Você nem acredita que está ainda São Paulo”, descreve.

Os levantamentos iniciais estão sendo feitos por grupos técnicos formados para tratar das diversas estruturas de apoio necessárias, como comércio, capacitação de pessoal, acesso viário, construção e manutenção, sinalização/comunicação e mobilização/gestão compartilhada.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook

Nacional

“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

Publicados

em

Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA