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Campanha Outubro Rosa: Legislativo trabalha por políticas públicas para a prevenção e tratamento do câncer de mama

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A Constituição Federal de 1988 determina, em seu artigo 196, que a saúde é direito de todos e deve ser assegurada pelo Estado por intermédio de políticas públicas. Outubro, em especial, levanta aos olhos uma preocupação específica para mulheres: o câncer de mama. Segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, as mortes por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, sendo aproximadamente 16% do total. Tendo em vista a urgência do tema, o Legislativo goiano tem trabalhado para desenvolver e aprimorar políticas públicas voltadas para o tratamento da doença.

Um exemplo é a propositura de nº 1116/22, de iniciativa do deputado Paulo Cezar (PL). A matéria, aprovada pelo Parlamento e sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB), está em vigor desde o dia 13 de setembro deste ano e altera a Lei nº 20.290, de 20 de setembro de 2018, que trata de políticas de prevenção ao câncer de mama e de incentivo ao Outubro Rosa.

Com a alteração, a lei passou a vigorar, ainda, com os objetivos de sensibilizar a população sobre a importância das prevenções primárias e secundárias do câncer de mama, além de divulgar os direitos assegurados pela Lei Federal nº 11.664, de 29 de abril de 2008, que estabelece o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o texto também instituiu a campanha Outubro Rosa nas escolas. Na justificativa da então matéria, o deputado destacou que as adolescentes bem instruídas sobre o câncer de mama, além da prevenção futura, podem compartilhar o conhecimento com a família, fazendo com que outras mulheres tenham acesso às informações que poderão salvar suas vidas. 

Acesso gratuito

Assinada pelo deputado Paulo Trabalho (PL), a propositura nº 0977/20, também apresenta teor preventivo. O texto, em fase de primeira votação, institui o acesso gratuito ao teste de mapeamento genético em unidades públicas ou conveniadas afim de apurar as chances de desenvolvimento do câncer de mama. Para o parlamentar, que utiliza dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do total de câncer de mamas diagnosticados, estima-se que 10% seja por causas hereditárias. Assim, o deputado explana que a identificação de genes supressores tumorais, como o BRCA1 E BRCA2 (causadores do câncer de mama), muito antes do aparecimento de sintomas, tem sido utilizado para a tomada de decisões clínicas em relação as intervenções preventivas destinadas a reduzir o desenvolvimento da doença.

Ainda de autoria do deputado Paulo Trabalho, a propositura de nº 6429/19, determina a prioridade na realização de exames de mamografias em mulheres de 40 a 70 anos e que possuem histórico familiar da doença. A matéria, que também se encontra em fase de primeira votação, considera que chance de incidência em mulheres nessa faixa etária cresce exponencialmente. Assim, para justificar o projeto, Paulo apontou que a mamografia fem função de detectar a doença ainda nas fases iniciais e a celeridade no diagnóstico é essencial para garantir a efetividade do tratamento. Porém, como as filas para o procedimento podem durar meses, a prioridade é de extrema relevância.

Novo começo

Infelizmente, o câncer de mama ainda é o câncer mais letal entre as mulheres de todas as regiões do Brasil com exceção da região Norte onde o câncer de colo do útero ocupa a primeira posição (segundo relatório do Inca). Esses dados revelam a incidência dos casos. Para 2022, são esperados 66.280 novo casos, ou seja, a cada 100 mil mulheres, cerca de 43 serão diagnosticadas com a doença. Em alguns casos, a única alternativa de tratamento é a mastectomia que consiste em procedimento para a retirada cirúrgica de toda a mama. Um tratamento que, embora efetivo para acabar a neoplasia, deixa sequelas psicológicas e emocionais, mas ainda, físicas, com problemas na cicatrização ou disfunções musculares, que limitam os movimentos dos braços.

Nesse sentido, a propositura de nº 2045/20, de autoria do deputado Cairo Salim (PSD), também visa criar a política estadual “Novo Começo Mulher Mastectomizada”, com os objetivos de apoiar, orientar, reabilitar e reintegrar paciente e ex-pacientes de baixa renda, isto é, que recebam até três salários mínimos, que tenham sido acometidas pelo câncer de mama. A matéria determina que a política terá como diretriz oferecer amparo psicológico, em locais apropriados para realização de reuniões de caráter informativo e esclarecedor. Além de incentivar e estimular a realização de campanhas de doação de perucas, lenços e gorros as pacientes em tratamento de quimioterapia. Por fim, a matéria estabelece a criação de oficias de artesanato, objetivando uma interação mais efetiva entre as mulheres mastectomizadas e proporcionar um momento de troca de experiência entre elas. A matéria se encontra, também, em fase de primeira votação.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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