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Campanha alerta para prevenção contra o câncer de pele

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“O DF tem alto índice ultravioleta durante quase todo o ano, o que favorece o surgimento da doença na população mais suscetível. Daí a importância da proteção solar e do autoexame, e do acompanhamento regular em pessoas com mais propensão para câncer de pele”Ana Carolina Igreja, médica e Referência Técnica Distrital (RTD) em dermatologia

Aproximadamente 27% dos tumores malignos detectados na população brasileira originam-se do câncer de pele. São cerca de 180 mil novos casos da doença por ano, com incidência maior que os cânceres de próstata e mama, por exemplo. Os números do Instituto Nacional do Câncer (Inca) servem de alerta para a campanha Dezembro Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) a fim de reforçar a importância de medidas de prevenção.

Com o slogan “Adicione mais fator de proteção ao seu verão”, a campanha destaca que, além das medidas sanitárias contra a covid-19, é necessário também cuidar da própria pele. Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h, adicionar à rotina o uso de filtro solar e utilizar acessórios como chapéus, bonés, sombrinhas e guarda-sóis são cuidados que todos devem ter.

A escolha do mês para a campanha é por conta das férias e do verão, em que há maior ocupação das praias e de espaços como parques, lagos e orlas. Celebridades como Tony Ramos, Kelly Key, Karol Conká, Eliane Cantanhêde, Tom Bueno, Claudia Liz e Carmo Dalla Vecchia vão participar das ações de conscientização, com mensagens sobre a prevenção do câncer de pele.

Arte: Divulgação/Secretaria de Saúde

“Apesar de ter gente que pensa o contrário, as pessoas de pele negra e de pele morena também devem tomar cuidado”, adverte a rapper Karol Conká na campanha. “Pele bronzeada é sinal de beleza para muita gente. No entanto, quem se expõe ao sol sem cuidados pode colocar em risco a saúde”, completa a atriz Claudia Liz.

Cuidado também no inverno

Além do verão, a população do Distrito Federal deve ter atenção no inverno, estação caracterizada pela alta incidência solar. “O DF tem alto índice ultravioleta durante quase todo o ano, o que favorece o surgimento da doença na população mais suscetível. Daí a importância da proteção solar e do autoexame, e do acompanhamento regular em pessoas com mais propensão para câncer de pele”, alerta a médica Ana Carolina Igreja, Referência Técnica Distrital (RTD) em dermatologia.

Ela recomenda procurar uma unidade básica de saúde (UBS) caso a pessoa encontre na pele lesões de surgimento recente, com sangramento fácil em pequenos traumas (como em momentos de secar com uma toalha), machucados que não cicatrizam ou lesões pigmentadas de bordas não regulares.

Na UBS, um médico poderá avaliar a lesão e encaminhar o paciente em caso de necessidade. “A Secretaria de Saúde dispõe de ambulatórios com médico especialista (dermatologista), além de disponibilizar a realização de biópsia de pele e remoção cirúrgica das lesões”, completa a médica.

Entenda a doença

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas. Os mais comuns são denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma.

Ambos apresentam altos percentuais de cura, se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente na população, em cerca de 70% dos casos. As lesões são elevadas, peroladas, brilhantes ou escurecidas, crescem lentamente e sangram com facilidade. O carcinoma espinocelular é o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença e é caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Pode causar dor e produzir sangramentos.

Já o melanoma, apesar de corresponder a apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave deles, pois em quadros avançados pode provocar metástases, que é o espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano, e levar à morte. Esse tipo é geralmente constituído de pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato gradativamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao seu surgimento. Nesse grupo, estão os que têm a pele, cabelos e olhos claros; aqueles com histórico familiar dessa doença; os portadores de múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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